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(um capítulo curto, porém, com muitos gatilhos)
Se passavam das 04:00 e eu ainda não consegui obrigar minhas pálpebras a fecharem e finalmente me permitir ter uma noite calma de sono pois a ansiedade se tornou cada vez mais presente em toda minha mente.
Alex dormia profundamente, conseguia sentir o peso de sua respiração em meu pescoço, não conseguia identificar se estava tendo um pesadelo ou um sonho deslumbrante pois seus braços me puxavam contra seu peito cada vez mais.
Millie não saia de minha mente e ter a certeza de que em menos de três horas ela poderia estar em meus braços me causava borboletas no estômago.
Conseguia escutar sua risada de perto, seu cheiro emanava com facilidade em minhas narinas, eu me sentia completa, única coisa que faltava, de verdade, era ela.
Desistindo da possibilidade de uma boa noite de sono, me levanto com cautela e me sento em frente a porta do banheiro, que estava aberta, onde permitia iluminar o quarto de uma forma aconchegante e calma.
Estar aqui, novamente, me trouxe lembranças e um déjà vu tremendo. Conseguia sentir o frio percorrer pelo meu corpo igual aquela noite, o cheiro era o mesmo, até o local.
Sentia como se fosse a alguns instantes atrás, como se estivesse contado a Alex sobre minha gravidez nesta mesma noite, sentia como se Millie ainda estivesse em meu ventre se revirando por conta do frio.
Um suspiro pesado era possível se escutar batendo em todas as paredes do quarto e logo chegando aos meus ouvidos, minha respiração estava pesada e, agora, meu rosto molhado.
Não entendia direito o motivo de tamanha emoção, não sabia de era o frio que estava pois alguns minutos atrás, quando minha pele entrou em contato com o piso de mármore, fez meu corpo por inteiro extremecer.
De uma coisa eu tinha certeza, precisava dormir lá, no mesmo lugar onde me permitir dormir quando resolvi falar a Alex sobre tudo, e no mesmo onde desabei quando sofri meu primeiro aborto, precisava daquele aconchego.
[. . .]
08:00 am, 08:00 am quando descobri quem realmente sequestrou minha filha, quem a manteve longe de mim por todos esses meses, eu perdi cerca de um ano por culpa dessa pessoa, não consigo entender, o que eu fiz para tamanho ódio?
Tudo parecia confuso, tudo parecia louco como Millie sempre esteve tão perto mas ao mesmo tempo tão longe de mim por todos esses meses, foram cerca de 11 meses, 11 longos meses sendo que ela estava sempre aqui.
Os policiais cercavam a imensa mansão e alguns adentraram o local pelos fundos, enquanto eu, apenas segui caminho com Damon ao meu lado.
Ódio transbordava pelos meus olhos e raiva percorria minhas veias no instante que abri aquela porta com cuidado para não fazer muito barulho. Quando entrei na sala, lá estava elx, sentadx com ela em seus braços, uma cena de aterrorizar a todos que a vissem, sem nenhuma excessão.
Millie correu rapidamente até meus braços, estava assustada e com variadas marcas em seu pequeno corpo, que agora, estava sensível.
⎻⎻⎻⎻⎻⎻ Mamãe! ⎻⎻⎻⎻⎻⎻ Chorava a criança no momento que entrou em contato com meu abraço.
Eu estava tão desesperada quanto ela, seu soluço misturado com lágrinhas ecoavam em minha mente.
⎻⎻⎻⎻⎻⎻ Calma minha princesa, vai ficar tudo bem! ⎻⎻⎻⎻⎻⎻ Logo, meu coro se misturava com o seu, não por calma, mas, sim, por tristeza e dor. ⎻⎻⎻⎻⎻⎻ Como pôde fazer isso, Max?! Ela é apenas uma criança!!
Já não conseguia me controlar, meu choro e raiva se misturavam se tornando um. Pego minha filha no colo enquanto entrava em desespero ao tocar cada parte de seu corpo e encontrar um machucado ou escutar um gemido de dor siando dos lábios da mesma. Isso me despedaçou terrivelmente.
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Essa se tornou uma fanfic bem realista, infelizmente. Não consegui trazer o brilho nem a alegria de variadas outras para a vida de vcs, mas, espero que tenham gostado.
Passando para avisar que a continuação vai ser bem melhor que essa, contando a adolescência da nossa pequenina e com mais alguns mimos de Malex, espero que curtam.
Bom, curte, comenta o que achou e compartilhe, isso motiva demais.
