Sonhos na escuridão - livro 2 trilogia Na escuridão

Capítulo 2

Como diabos eu ia contar para minha mãe que vampiros existem? E pior que isso que ela tinha tido um relacionamento com um bruxo o que me tornava uma bruxa pelo menos até o dia em que fui transformada em vampira que, aliás, foi semana passada enquanto eu estava enfiada na floresta com meu namorado vampiro ao invés de estar no baile do colégio como uma adolescente normal? Eu estava enlouquecendo pelo menos eu tinha um tempo até que minha mãe chegasse do hospital onde trabalhava como enfermeira

-Você vai fazer um buraco no chão – Adam avisou enquanto eu andava de um lado pro outro na sala, Adam estava sentado no sofá com a mão no rosto

-Não haja como se estivesse de boa você está tão nervoso quanto eu – censurei, Lily achou que três era demais e foi se alimentar na cidade e resolver mais algumas coisas que eu não prestei atenção, fui até o sofá e sentei ao lado dele – acha que estou fazendo o certo? Seja sincero

-Acho que sua mãe já ficou no escuro há muito tempo a 16 anos – lembrou – ela também está ligada a isso está na hora dela ter uma luz

-Você está certo, mas e se for muito pra ela lidar? - Adam riu

-Acho interessante a forma como você quer proteger a sua mãe de tudo, mas pra ter criado alguém tão forte como você ela precisou ser forte também dê um pouco de crédito a ela Kristin não é feita de cristal ela não vai quebrar tão facilmente – disse colocando meu cabelo atrás da orelha antes de se afastar novamente desde que eu fui transformada Adam mal me tocava eu estava dando um tempo, mas não entendia porque ele estava agindo desse jeito mas minha cabeça estava tão cheia com tantas outras coisas e com o que eu tinha acabado de descobrir que eu não tinha forças para confrontá-lo no momento ao invés disso decidi da um tempo para que colocássemos as coisas no lugar.

O dia foi se passando e eu pensava em como contaria pra ela mas nada de bom saia eu não sabia como ter esse tipo de conversa e também não conseguia me concentrar em fazer nada eu não conseguia me distrair Adam em algum momento saiu voltando antes que minha mãe chegasse e Lily disse que viria quando a bomba fosse jogada e tudo que eu consegui fazer foi sentar no sofá encarando a parede:

-Eu não vou conseguir fazer isso! - declarei – é loucura demais

-Já disse que você tem que parar de tratar sua mãe como se ela fosse criança – Adam lembrou

-Ela não é criança, ela é humana – lembrei – eu sempre soube que tinha alguma coisa errado comigo ou, pelo menos, percebi no dia em que eu matei uma garota com um único empurrão minha mãe não tá na minha pele eu nunca contei pra ela que senti uma força dentro de mim empurrando ela – eu nem tinha coragem de dizer o nome dela – pra minha mãe ela é só uma mulher que foi abandonada pelo marido como várias outras e o caso foi só um infeliz acidente do qual eu era inocente – coloquei as mão na cabeça como tentando acalmar meus pensamentos Adam me olhava como se quisesse me passar coragem mas tudo que eu conseguia sentir era frustração e ele pareceu que iria falar algo mas as luzes começaram a piscar e então voltaram ao normal meu celular então começou a tocar antes que eu tivesse qualquer reação olhei para tela antes de atender – ah droga – tentei tranquilizar minha voz ao atender – oi

-Oi querida – a voz da minha mãe veio do outro lado da linha – está em casa?

-Sim – respondi

-Olha eu vou ter que fazer plantão hoje você se vira? - acho que Deus finalmente olhou para mim suspirei de alívio e olhei para Adam – eu sei que hoje foi de repente ouve um acidente, tá me ouvindo?

-Sim – repeti – não se preocupe eu me viro

-Okay eu tenho que ir até amanhã – sorri

-Pode tirar esse sorriso pois você vai ter que contar logo pra ela