Mínimos detalhes

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Jeon Ana | pov

Eu não consigo acreditar que isso está acontecendo, ela estava tão bem, ela sorriu para mim o dia inteiro, ela estava tão doce...

Antes mesmo que eu percebesse já estou em lágrimas de novo. O Tae acabou de ir buscar água para mim, então eu estou praticamente sozinha nesse corredor frio.

Estamos no hospital.

De onde estou é possível ouvir todo o escândalo que a mãe da Mina está fazendo, apontando na cara do médico e dizendo que ele é um inútil por não ter salvado a vida da sua única filha que ela, hipoteticamente, diz que ama(va).

Me encolhi novamente na cadeira em que estou sentada e abraço minhas pernas tentando me autoconsolar, mas eu não acho que vai ser possível.

Os meninos entenderam que eu prefiro ficar só com o Tae e que, mesmo eles querendo me consolar, agora para mim era melhor ficar apenas com ele, e no máximo com minha mãe.

Eu estou me sentindo fria por dentro.

Como ela conseguiu ser egoísta e me deixar aqui, sem ela? Penso, mesmo sabendo que se ela descidiu ir é por que ela precisava, e que não foi algo fácil.

Mas...

Limpo mais uma lágrima que caiu pelo meu rosto, e tento respirar direito, mas cada vez mais eu me sinto sufocada.

Eu só quero ela aqui, minha irmãzinha, ela é(era) tão importante.

- Aqui amor.- disse Tae sentando do meu lado, me estendendo o copo com água e também rodeando seu braço em meu ombro, me abraçando de lado.

- Obrigada.- sussurro tentando estender minha mão sem soltar minhas pernas, eu não consigo soltar elas, eu tô me sentindo tão mal, e Tae percebendo isso levou o copo até minha boca, virando ele devagar, e eu me obriguei a beber toda a água.

- Você não está com frio?- perguntou vendo meus braços arrepiados.

- O frio não está incomodando tanto.- falo deitando minha cabeça em seu ombro, e o mesmo começou a acariciar meus fios bagunçados, enquanto mais lágrimas caem sem minha permissão- Aish.- reclamei baixinho.

- Ei, não tem problema chorar amor, vem aqui.- disse abrindo seus braços, me convidando a ficar no seu aconchego quentinho.

Não tem como negar.

Me levanto lentamente da cadeira, e me espreguiço um pouco, já estamos aqui no hospital a um bom tempo, limpo meu rosto novamente, e logo me sento no colo dele, apoiando meus pés na cadeira onde eu estava sentada antes.

Me sinto uma criança de colo fazendo isso, mas não importa, por que ele está comigo.

Depois que Mina foi trazida ao hospital, Tae, Kai, Beomgyu e eu ficamos um tempo na escola tentando compreender que perdemos ela, até que ligaram para minha mãe e para os pais da Mina, que nos trouxeram até aqui, contra vontade, mas trouxeram.

Tae me envolveu em seu braço direito com um abraço, me deixando segura de que eu não iria cair se eu ficasse com o corpo mole, e com sua mão livre ele me cobriu com seu terno, que estava na cadeira do lado direito dele.

From Tears to Smiles | Kang TaehyunOnde histórias criam vida. Descubra agora