•Retorn My Euphoria• 《Pjm - Jjk》

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Sejam bem-vindos a Return My Euphoria.

Escrito por: Being_Nocturnal

Boa leitura!

A vida cotidiana pode ser tão chata para alguém que já foi tão agitado quanto os bares de Seul, que já foi alguém que esbanjava um grande sorriso nos lábios e dono de uma risada contagiante. Que riam de qualquer coisa que fizesse, principalmente seu pai, seu porto seguro.

Aquele que o ensinou tudo, que ficou horas escutando sobre o menino que gostava. Sim, um menino. Seu pai nem se importou pelo fato de que seu único filho era gay. Ele o acolheu quando todos viraram as costas.

Quando teve sua primeira decepção amorosa e quando beijou pela primeira vez. Foi seu pai quem esteve ali para escutar tudo, para chorar e sorrir. Para dar apoio nos momentos difíceis que a vida colocava em seu caminho e para ser seu porto seguro quando tudo ao seu redor estivesse desabando. Era nos braços de seu pai que se refugiava, era seu abrigo. O lugar mais seguro do mundo.

Porém, hoje ele não tinha mais isso. Seus abraços de bom dia já não tinha mais. Seus beijos de boa noite já não eram mais dados. Já não era mais recebido pelo cheiro de bolo assando no forno toda sexta-feira. Já não o ouvia mais cantarolar alguma música antiga pela casa. Só o vazio estava presente em todos os cômodos e as cores das paredes da casa pareciam ter perdido o brilho. Não havia mais a mesma alegria na residência do, agora apenas, Park.

Era difícil levantar todos os dias e não ter a presença de uma pessoa que ama tanto. Mas a vida não poderia parar, assim como o tempo, a vida continua. Mesmo com tantas perdas não podemos para de viver de modo algum. Para algumas pessoas a perda de um ente querido é superada de um modo até rápido, mas para outras nem tanto.

Já tinha se passado quase um ano desde a morte de seu pai, e Jimin continuava com seu luto, mesmo que fosse interno. Ninguém que entrasse na cafeteria poderia imaginar o quão despedaçado o jovem de olhos encantadoramente azuis poderia estar. Sempre atendia os clientes com um sorriso no rosto, com gentileza, com carinho. Estar mal emocionalmente não poderia interferir em seu trabalho de jeito nenhum.

Em mais um dia comum de sua vida, Jimin encerrava seu expediente na cafeteria. Era o primeiro a chegar e o último a sair. Depois de verificar se tudo estava no lugar e a porta da frente devidamente trancada, Jimin pode então sair pela porta dos fundos, trancando-a em seguida. Os fundos da cafeteria dão acesso a um antigo estacionamento, Jimin passou por ele saindo direto na calçada. A rua não estava tão movimentada, por isso ele andava sem muita pressa pela escuridão da noite das ruas praticamente desertas.

Estava frio, denunciando que o inverno logo chegaria, encolheu-se mais dentro do casaco virando a esquina. Sua casa não ficava muito longe, ela se localizava no final de uma rua sem saída e faltavam apenas duas quadras para chegar.

Seus passos se apressaram assim que dobrou a rua de sua casa, estava cansado demais, só queria um bom banho e sua cama quentinha, mas o universo parecia não colaborar consigo nem um pouquinho. Em uma das casas próximas a sua estava acontecendo uma festa, e pela animação não acabaria tão cedo.

Não era a primeira vez que isso acontecia, até pensou em reclamar com o dono da festa sobre o volume das músicas, mas não adiantaria nada pois se os outros não reclamaram por que sua reclamação seria ouvida?

Apenas revirou os olhos quando passou em frente a casa e foi para sua própria.

Cansado e com fome.

Esse era o estado de Park Jimin. Nem um bom banho pode lhe despertar, se bem que não era isso que ele queria. De cabelos úmidos, calça moletom e pantufas rosa nos pés, Jimin foi em direção a cozinha preparar algo que matasse sua fome. Um lámen seria o suficiente pois a preguiça de fazer uma janta completa tomava conta de seu corpo, então seria só isso mesmo.