O Mundo Pode Ter Desistido Mas Eu Nunca O Farei ; Carl Grimes

Cap. 1

• Maya Lee •

13 junho 2056, Atlanta

Mais uma típica tarde de verão em Atlanta... Fechada no quarto a desenhar enquanto ouvia a televisão ás alturas ligada na sala, um vício que o meu pai tinha de ouvir as notícias ás alturas.

"Fiquem em casa e protejam-se", foi a última frase que ouvi vinda daquela televisão barulhenta que do nada se calou.

"Maya! Vem cá, por favor!" - gritou o meu pai do andar de baixo.

Desci as escadas e a primeira coisa que vi foi o meu pai a arrumar um monte de enlatados, remédios e garrafas de água na mochila.

"Oque estás a fazer ? Onde vais ?" - questionei ao mais velho confusa.

"Onde vamos! Tu vens comigo, temos que sair daqui o mais depressa possível!" - ele fecha mochila.

"Porquê? As notícias dizem para não sairmos de casa pai ..."

"Filha... Escuta bem o que te vou dizer. Chegou o dia, o dia em que temos que lutar mais que tudo pelas nossas vidas pois mais ninguém o fará por nós." - coloca a mão no meu ombro fazendo-me soltar uma lágrima involuntária - " agora, por favor, pega as tuas coisas mais necessárias o mais rápido possível " - Apenas confirmei com a cabeça e subi.

Eu já estava á espera que isto fosse acontecer. Já estava á espera que tivéssemos de ir embora... Bem, para quem ainda está perdido na história eu vou vos explicar. Faz uns 7 meses que um vírus misterioso começou a atacar a população fazendo parte dela começar a elouquecer e a ser violentas ou até mesmo morrer. Nas últimas semanas têm corrido boatos que as pessoas que morreram infectadas estão a voltar á vida, quer dizer, não totalmente elas... Um pouco diferentes, diga-mos assim. Hoje anunciaram nas notícias toda a verdadeira e explicaram tudo o que se passava, o que deixou o mundo em pânico. O meu pai, sendo cientista, já sabia parte do que se passava, por isso é que decidiu não ficar em casa e sim procuram um local seguro, pois sabia que a cidade não ia ser segura por muito tempo.

...

"Para onde vamos?"- coloco a mochila na parte de trás do carro e sento-me no banco do passageiro.

"Lembraste daquele parque de campismo que íamos quando eras pequena?" - confirmo com a cabeça - "vamos para lá. Para já é seguro, depois preocupamo nos em achar outro sítio"

Seguimos caminho, ficando várias vezes presos no trânsito, o que nos levou a conhecer um grupo que ía para o mesmo local que nós