Acordo em um quarto de hospital, estou só, penso que devo ter me machucado feio ao cair da maldita árvore mãe.
Uma mulher entra na sala, acho que é uma enfermeira, não, tenho certeza.
-Sou da doutora Alexandra-doutora 1 x Déstria 0- estou acompanhando seu caso.
Bem, ou eu estou seriamente feria ou estou tendo um caso com alguém, mas considero a idéia de ferida mais plausível.
-Então doutora, eu vou sobreviver?-faço cara de drama até olhar para o rosto dela, que está sério.
-Você sofreu um grave acidente minha jovem, não esta em momentos de fazer gracinhas-Acho incrível como eu não sinto nada,minha cabeça está um pouco dolorida, mas é só.
Penso que posso ter perdido uma perna e nem ter notado, mas levanto um pouco elas e vejo que está tudo ok. Faço o mesmo com os braços.
-Olha, eu não sinto nada, acho que já estou boa.
-Você bateu a cabeça com muita força, vamos apenas fazer mais alguns exames, se tudo sair bem, sexta-feira você está liberada.
Sexta-feira. Penso em perguntar para ela que dia é hoje e se dormir por muitos dias, mas deixo de lado, sexta parece perto.
Ela aplica um remédio no soro que estou tomando, dói.
Quase nunca fiquei internada em minha vida, foram umas 3 ou 4 vezes. Todas elas por causa de desafios.
Penso a onde deve estar Marcus e como ele deve estar preocupado, já que tudo foi culpa dele, se ele tivesse inventado um desafio decente talvez ainda estivesse no park beira-mar.
Meus pais devem estar uma fera, meu irmão deve ter tomado posse do meu quarto e meu cachorro...espera, eu nem tenho cachorro.
Eu começo a me sentir sonolenta, talvez seja do remédio.
Sinto algo diferente em mim, algo que nunca senti em nenhum dos acidentes, talvez o choque com da minha cabeça com o solo deve ter me afetado em sanidade mental ou tenha me dado super poderes.
Tento mover um objeto com minha mente.nada.
-Qualquer problema Srta.Marth , pode chamar uma das enfermeiras apertando esse botão.
Ela me mostra o botão, que está na lateral da cama, e sai.
Pouco depois uma enfermeira me traz o almoço, salada de batata e carne de soja, comida de hospital não é minha predileta, mas é melhor que a da minha mãe.
Quando termino ela recolhe a bandeja e sai.
Quando penso que vou ter descanso e dormir, Marcus entra.
-Veio ver a menina que você quase matou?
-Você para, eu não te obriguei a nada, ah, você perdeu tá?
-Sua bunda Marcus, eu subi!
Ele dá uma risada e toca em minha mão.
78%
