A caçada

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Era uma noite fria, iluminada pela lua e silênciosa. Os animais estavam quietos, como se tentassem se esconder e não serem notados. De repente, o silêncio é quebrado por sons de tiros de uma espingarda e logo em seguida, um som de correria pela grama. Um homem, aparentemente um caçador, corria desesperado em meio as árvores. Sua expressão facial era de horror, olhava para trás a todo momento como se estivesse fugindo de algo. Era um homem que aparentava ter seus quarenta anos, barba longa e dentes já não tão vistosos como outrora. O homem corria e carregava seu rifle, logo depois parava com o rifle já preparado e começava a olhar à sua volta. Tudo era nítido, a lua cheia iluminava tudo com clareza. Porém, nada era visto além de árvores e névoa. Logo, algo passava correndo por entre as árvores e o velho caçador, agora claramente sendo caçado, disparava na direção do vulto. Ele era um bom atirador mas o pavor e a rapidez do vulto não o favoreceram. Logo, ele o via novamente e arriscava o segundo tiro. Ao errar novamente, o homem volta à fuga, enquanto enfiava a mão no bolso e retirava seus últimos dois projéteis para carregar seu rifle. Ele ouvia um rosnado e o som daquilo correndo atrás e as vezes ao lado dele, o deixando louco. Aquilo estava brincando com ele antes de dar cabo de vez. Então, o homem carregava sua arma com a primeira munição. Ao tentar por a segunda, deixava cair por estar correndo e então ele se via com um único tiro no seu rifle. Novamente ele estava parado, com o rifle preparado e com seja lá o que fosse aquilo, o rodeando pelas árvores. Então, tudo ficava calmo, o vulto sumia, era como se tivesse desistido, ele não via mais nada. Ainda em alerta, o experiente caçador mantinha a atenção e logo algo se movia bem na sua frente e ele atirava sem pensar duas vezes. O velho homem, via que havia conseguido atingir algo e, lentamente, se aproximava para ver se aquilo realmente havia morrido. Ele chagava perto e via um lobo enorme do tamanho de cavalo jovem, porém, com um aspecto bestial. Ele era magro e com poucos pêlos na parte de trás do corpo e mais pêlos na frente. Tinha um focinho longo e sua cabeça era grande e larga, lembrando um urso, de tão grande. Logo o homem colocava a mão na boca em um gesto de puro susto e caia sentado para trás, se arrastando para longe daquilo. Aquele animal gemia de dor e não conseguia se mexer. Logo, o homem completamente sem ação foi surpreendido por um rosnado atrás dele e ao se virar, sua única visão foi uma mandíbula aberta que o agarrou pelo queixo e dilacerou seu maxilar. O homem, em instinto de sobreviver, se levantou sem a parte de baixo da boca e tentou correr. Ele corria tentando parar o sangue que descia, mas alguns poucos passos depois, desmaiou. Um uivo ecoava pela floresta,  outro daquele monstro havia aparecido e esse era negro como a noite e seus olhos amarelos vivos, eram as únicas coisas que se eram possíveis ver  brilhando no escuro.

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