Esᴄᴀᴘᴇ

17 4 42
                                    

-Por favor me deixa acabar logo com isso. -Ela disse tentando engatinhar até onde estava a lâmina.

Sem pensar duas vezes eu puxei ós pés dela, ela ficava se debatendo contra mim, segurei firme seus pés, a puxei pra perto de mim, segurei seus ombros e a levantei. À abracei o mais forte que eu conseguia sem machucá-la, no começo ela tentava se soltar, mas depois apenas me abraçou de volta, chorava como um bebê, segurei forte sua cabeça contra meu peito.
Ali ficamos, no meio do quarto com ela chorando um monte no meu peito, quando ela parou um pouco eu a afastei e sentei com ela na cama.

-Me fala o porque disso? -Eu falei e ela ficou encarando o chão.

-Eu estou cansada sabe? -Ela começou limpando suas lágrimas. -Eu sempre fui uma boa menina, sempre fui bem na escola, consegui até uma bolsa no melhor colégio de Atlanta, mas eu nunca fui o suficiente pros meus pais, meu pai sempre chegava drogado e bêbado em casa, minha mãe mandava eu me esconder em algum lugar, e coitada de mim quando ele me achava. -Eu definitivamente não sabia nada sobre ela. -Minha mãe sempre foi boa comigo, mesmo com o meu pai sendo um monstro, ela cuidava de mim, até que um dia meu pai disse que iria sair e não voltaria mais, segundo ele era pra nos proteger, mas eu sabia que ele só iria fugir, pra minha mãe foi o fim, ela se drogava dia e noite, meu pai as vezes voltava e você já sabe o porque. -Ela parou e me olhou. -Agora aqui estou eu, na casa de um mafioso porque meu pai foi um idiota irresponsável. -Ela disse e eu senti um pouco de pena, mas eu sou Justin Bieber, não vou me deixar abalar por causa de uma garotinha com o passado triste.

-Não precisa dizer nada, só deixa pelo menos eu buscar minhas coisas na minha casa, eu virei pra cá depois. -Eu deixaria ela fazer apenas se eu fosse junto.

-Com uma condição. -Ela me olhou. -Se eu for junto. -Ela revirou os olhos mas concordou com a cabeça. -Mas antes vamos fazer um curativo nesse braço. -Eu disse e ela olhou pro braço todo ensanguentado.

Eu fiz o curativo e descemos as escadas e fomos pro carro. Ela entrou e eu segui caminho pra casa dela, fomos em silêncio. Chegando lá eu e ela subimos pro apartamento dela.

-Esse seu apartamento é minúsculo, você devia me agradecer por te obrigar a fica na minha casa. -Eu disse.

-Pois é mas pelo menos meu apartamento foi conseguido com meu próprio esforço. -Ela falou e eu revirei os olhos.

Fiquei lá esperando ela vir, fiquei cantando uma música aleatória que veio na minha cabeça. Eu paro de cantar com o susto que ela me dá.

-Você canta bem. -Ela disse atrás de mim.

-Que susto filha da mãe. -Disse dando um pulo no sofá. -E obrigado, é o que eu faço quando estou no tédio ou algo assim. Agora vamos logo. -Falei pegando uma mala dela. -Caralho pra que tanta coisa? -Perguntei vendo duas malas grandes.

-Desculpa mas é que eu preciso me vestir sabe. -Ela falou rindo.

-Eu poderia comprar roupas novas pra você. -Falei e ela ficou irritada, sem motivos.

-Não quero nada de você. -Ela falou me fazendo revirar os olhos.

Nós fizemos tudo em silêncio, descemos, colocamos as malas no carro e fomos até minha casa. Chegando lá eu pedi pro segurança levar ela até o quarto que seria dela.


point of view sarah jordan;


Se o Bieber acha que eu vou simplesmente aceitar ser um pagamento das merdas que meu pai fez ele está muito enganado. Eu vou tentar fugir daqui um dia, eu não quero ficar aqui, não mesmo.
Ouvi batidas na porta e falei um "entra".

criminal love | justin bieberOnde histórias criam vida. Descubra agora