BILLY, DA FAZENDA

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É o início das férias de verão, os alunos todos da faculdade P.P.F aproveitam esse novo tempo para relaxarem do meio acadêmico, muitos se enfornando em casa, outros indo para festas com pessoas suadas, e alguns indo para a natureza, durante todo o ano Ruan combinou com seu amigo Paulo de ambos irem para um acampamento, mas Paulo insistiu que queria levar Bruno e os outros que andam com ele, só por serem o grupo descolado da faculdade, mesmo hesitante, Ruan permitiu.

É chegado o dia da viagem, Ruan passa na casa de Bruno com o carro de sua mãe, nunca que aquele trambolho gigante de oito lugares foi tão útil.

-Vamo galera – Diz o Paulo indo até o portão

-Leva minhas coisas Paulo? – Stephany fala sorridente

-Já leva as nossas também – Bruno anda até o carro para abrir o porta-malas

-Claro – Paulo leva lentamente as bagagens, apenas algumas mochilas e umas tendas para dormir

-Você é um amor – Clara sorri pra ele enquanto entra no carro

-Tem como ir na frente campeão? – Gustavo fala

-Sim, tanto faz – Paulo fica no banco da frente, os outro quatro se sentam no banco de trás

-Nossa esse carro fede a gente velha – Stephany fala

-Não gostou vai a pé – Ruan olha pra ela pelo retrovisor. – Já estou dando a gasolina de graça, da próxima aluguem um micro-ônibus

-Relaxa Ruan, foi só uma piada – Paulo ri. – E aqui tem o mesmo cheiro da sua mãe

-É, que estresse todo é esse, estamos de férias – Stephany faz rosto de deboche

Ruan liga o carro e parte, os cinco passaram a viagem inteira conversando, mas Ruan mal notou quem estava falando ou do que estavam rindo tanto, Ruan apenas queria aproveitar as paisagens ao longo das estradas, o local de acampamento fica a duas horas da cidade, grande parte do caminho é por meio da mata, um local realmente afastado da humanidade, mas como ainda é cedo, vão chegar lá de dia ainda. Após cerca de uma hora e meia seguindo uma estrada reta sem nenhum movimento de carro, eles finalmente chegam à Serra do Afogado, que é conhecida por sua alta inclinação e sua extensão, o carro tem muita dificuldade pra subir. O carro se estremece, estrala e faz diversos outros barulhos e estranhos, teve forças o suficiente para chegar ao topo, onde finalmente desistiu de resistir e parou de vez.

-Não, não, não – Ruan fala enquanto continuar a virar chave da ignição, sem resposta

-Sabia que essa lata velha não ia longe – Gustavo ri

-Estamos próximos, só precisava descer agora e pronto – Ruan comenta

-Só a gente empurrar, é uma descida mesmo, não precisamos acelerar, só frear – Paulo sugere

-Isso me parece uma ideia muito estúpida – Ruan revira os olhos

-Qual é, meu pai costumava a descer essa serra com o carro desligado também para economizar gasolina – Paulo comenta

-Eu vou ligar pra algum rebocador – Ruan pega o celular e logo nota que está sem sinal. – Como que a gente num lugar tão alto está sem sinal?

-Sua operadora deve ser a Soam, é uma porcaria – Clara comenta

-Então liguem vocês – Ruan fala estressado

-Eu não trouxe meu celular, quero me conectar com a natureza – Stephany comenta

-Nem eu – Bruno complementa

-Minha operadora é Soam também – Paulo fala

-Deixa eu adivinhar, o seu está descarregado – Ruan fala olhando pro Gustavo e Clara

Apoteose de MortaisOnde histórias criam vida. Descubra agora