🎶 01

298 20 1
                                    

Skyler Henderson
Los Angeles, 1997

Eu estava trancada em meu quarto escrevendo os meus pensamentos no meu diário, caso talvez uma dessas escritas se tornem uma canção para o meu primeiro álbum. Mas os meus pais — que de fato nunca quiseram saber da minha existência e que só me machucam o tempo todo — falaram que eu iria perder o meu tempo na música, já que eu sou uma burra fracassada.

— Hey, Sky! — Ouço uma voz bem familiar da janela vizinha. — O que houve?

Levanto mais um pouco a minha janela e limpo o meu rosto com a minha blusa.

— Oi, Ray. Tá tudo bem, sabe? É só… você sabe.

— Lembre do que falei para você, Sky. Eles não sabem como você é uma garota especial. — Raymond sorriu pra mim. — Quando você conseguir realizar o seu sonho, vão perceber o erro que cometeram e vão correr atrás.

— É, e eu vou mandar eles pro inferno. — Digo e o loiro riu.

— É… eu odeio ver você com essa cara, Sky. Vai dar tudo certo, eu tenho certeza. É só que as coisas tem seu tempo para acontecer. — O mesmo ia continuar falando, mas foi interrompido pelo meu telefone.
— Depois falo contigo, tchau!

— Tchau, Ray. — Aceno e vou até a minha escrivaninha atender o telefone. — Alô?

Bom dia, estou falando com a Sky Henderson?

— Sim, sou eu. Quem fala?

Sou um dos produtores da Jive Records e escutei a sua música. Quero te dizer que essa música que você mandou é incrível, não paro de escutar ela!

— Obrigada, eu acho. — Me sento na janela de novo e vejo no quintal o Raymond brincando com o seu cachorro.

Bem, Sky… eu tive uma reunião com os patentes alto da nossa gravadora e eles ouviram o seu demo. O seu conteúdo pop rock chama atenção, senhorita. Tem como vir para Hollywood conhecer um pouco a equipe?

— Tem como sim. Quando vou poder ir?

Como hoje é quarta, tem como ir na sexta? Espero que não more muito longe.

— Não, é só pegar um ônibus. Então sexta-feira…

Pode chegar a qualquer hora que vou te atender, a propósito me chamo Tyler Peterson. — Afirmou e parecia que estava escrevendo algo no outro lado da linha. — Espero que você goste da nossa proposta na sexta.

— Eu também. Obrigada por me ligar.

Disponha, Sky. Tenha um bom dia.

— Você também. — Desligo o telefone e fico pensando como o Ray vai ficar sabendo.

Desci apressadamente as escadas e saí pela porta dos fundos e chamei o meu melhor amigo.

— Vejo que a sua carinha melhorou. — Ray foi se aproximando e colocou alguns caixotes do seu lado da cerca. — Venha, a mãe acabou de fazer limonada no jeito que você gosta.

— Então tá. — Sorri e subi nos caixotes para ir ao outro lado, já que o nosso cercado é alto para pular. — Você não sabe quem me ligou.

— Hum… uma boyband que conheço muito bem e que você é doida por eles? Principalmente por um que é alto e moreno?

— Queria que fosse eles, mas não. Foi um produtor da mesma gravadora que a deles.

— E o que ele queria?

super(reckless)starOnde histórias criam vida. Descubra agora