Capítulo 1

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"Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor." — Madre Teresa de Calcutá.


Gustavo Amaral
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— Vocês me convidaram pra jantar e não para falar de "casamento" — digo frustrado.

— Você precisa casar logo, isso que você é não é uma boa imagem para nossa família e nem para empresa. — diz o meu pai.

Solto um suspiro e levanto-me da mesa saindo do restaurante sem nem olhar pra trás. Peço o meu carro ao manobrista e não demora ele o traz, o que me faz agradecer em mente. Subo nela e dou partida pra bem longe, querendo esvaziar a mente com algo que realmente preste e me dê prazer.

Eu sou Gustavo Amaral, tenho 32 anos e sou CEO da maior construtora do país em que resido, no caso Portugal. Na verdade a construtora é do meu, ele aposentou-se e por eu ser o herdeiro único tomei conta de todos os negócios da família. Mas pelo visto isso foi uma sentença de prisão já que tenho que fazer sempre as suas vontades.

Nos últimos anos tenho sido pressionado para me casar, eu sinceramente não tenho vontade nenhuma de ter alguém ao meu lado. Já tentei de várias formas explica-los que não quero me casar e não quero ter filhos, mas pelo visto eles não entendem nada que eu digo... Eu só quero viver a minha vida sem ter que satisfazer os seus desejos.

Depois de quase dez minutos estaciono o meu carro na calçada e pela janela, eu olho a casa do outro lado da rua. As luzes ainda acesas indicam que os proprietários ainda estão acordados, então, espero longos minutos até ver a maior parte das luzes apagarem, mas quando isso acontece, nem todas ficam apagadas, pois há uma que ainda está ligada... À do quarto.

Sorrio com os pensamentos inusitados que me vem em mente e só de imaginar o que me espera naquele lugar me faz apressar o que tenho que fazer. Rapidamente pego os binóculos que sempre ando com ele, saio do carro e antes de atravessar a rua ativo o alarme.

Em silêncio eu pulo a cerca da casa e rastejo no chão até chegar à uns metros de distância da janela que tem as luzes acesas. De onde me encontro já é possível ouvir gemidos abafados e isso só me deixa ainda mais alegre e ansioso para ver e me satisfazer com a cena de duas pessoas se comendo.

Ajusto o binóculos no ângulo certo e vendo o casal gay, que por sinal são grandes fetichistas e ninfomaníacos, me faz ficar duro em um tempo recorde.

Vocês devem estar a perguntar-se, como você sabe disso? Que eles são fetichistas e ninfomaníacos? A minha resposta é simples, eu pesquiso sobre a vida das pessoas que espio, sei das suas rotinas e exatamente quando e como eles fazem as suas "brincadeirinhas" em quatro paredes.

O tempo passando, o casal esquentando com as suas investidas e nada mais justo que o meu amiguinho se alegrar. O meu pau já estava duro feito uma pedra e precisava urgentemente de um alívio.

Não perdendo o foco que é observar, abro o zíper da minha calça jeans e libero o meu pau que já está libertando o líquido pré-gozo e começo a me masturbar na mesma intensidade que o casal à minha frente.

Como sempre tão sigiloso, eu tenho que prender o lábio inferior para não soltar gemidos e dar indícios de quem tem alguém na propriedade alheia. Claro que nem sempre isso dá certo pois já foram muitas vezes que fui flagrado e processado em crimes de invasão de privacidade, mas quem com dinheiro não consegue se livrar da mesma, não é?

Mordo com mais força o meu lábio inferior quando sinto que estou prestes a gozar, aumento o ritmo mas infelizmente eu tive que parar e xingar quando ouço o meu celular tocando.

O Voyeur (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora