Apenas Um Olhar - Joesar

11- Bolos e Conexões

{Leiam as Notas Finais, Por favorzinho :)}
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Cesar Point
•12h20 da tarde - Dia 30/07•

Aqui estou em frente a porta de Joui, me corroendo de vergonha enquanto Arthur me encara rindo baixo.

- Você não consegue nem bater na porta?

- Ele deve me achar doido, Arthur. - esfreguei as mãos no rosto. - Não sei o que me deu pra aceitar vir aqui, vou embora.

Ameacei dar meia volta, mas o baixinho me agarrou pelo braço, abrindo a porta e me puxando sem muita dificuldade pra dentro do apartamento.

- Jouiiiii chegueeei! - Gritou com seu jeito animado e me empurrou pra frente, trancando a porta atrás da gente.

Maldição, maldição.

- Arthur! Oi que bom que... - A voz que vinha do corredor onde imaginei serem os quartos se aproximava, mas parou quando me viu. Ótimo, o cabeça de vento do Arthur não avisou que eu vinha.

- Oi... - Acenei meio sem graça e cruzei os braços. Deus, é cada situação constrangedora que eu me meto.

- Aah, oi Cesar-kun. - Acenou de volta com um sorriso que o fez fechar os olhos pequenos. - Não sabia que vinha, que ótimo, mais gente pra ajudar no bolo. - Parou na minha frente e estendeu a mão, acho que pra um cumprimento, então apenas apertei rápido sem levantar o olhar e logo ele foi abraçar o Arthur.

- Oi meu lindo querido, que saudades. - Tutu o levantava no ar e apartava suas bochechas enquanto ele reclamava da agressividade do mais baixo.

- A gente se viu ontem, Arthur-san. Você vai me deixar sem rosto assim.

- Aí, desculpas, desculpas.

- Tudo bem, a gente já pode começar? - O oriental foi até a cozinha estilo americana e se abaixou abrindo uma gaveta, voltando com aventais azuis claros e tocas de proteção para o cabelo. - Higiene.

- Eu trouxe os morangos. - Arthur tirou de sua mochila uma sacola com caixas de morango e os olhos de Joui brilharam.

- Amo morangos. Você gosta, Cesar-kun? - Seus olhos se direcionaram pra mim e eu mantive os meus nos meus pés. O que foi? Eu sou tímido, mal conheço ele e dou um show sem motivo por mensagem aí depois apareço na casa dele de surpresa, é impossível não ficar desconfortável.

- Gosto, gosto sim. - Sorri fechado.

- Ótimo! Veste isso aqui e vamos ao trabalho! Lavem as mãos...

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Mais uma vez... Por que eu inventei de vir aqui? Acho que foi um delírio momentâneo de coragem.

- Meu deu Cesar, você é muito desastrado! - Arthur tentava fala em meio a risada escandalosa enquanto Joui mantinha as duas mãos cobrindo o próprio rosto, e eu? Eu estava plantado no meio da cozinha, coberto de farinha de trigo.

- COMO EU IA SABER QUE ERA PRA ABRIR DO LADO DE BAIXO? - Gritei frustado e tentando não inalar o pó que já começava a irritar meu nariz. - Deus, o que eu fiz pra merecer tamanho sofrimento?

- Não seja dramático. - O mais baixo entre nós veio até mim finalmente mais tranquilo e pegou com cuidado o saco de papel com o resto que ainda sobrou de farinha, o colocando sob a pia, me passando um pano úmido em seguida.

- Joui, desculpa pela bagunça eu realmente não sabia...

- Tá tudo bem. - Riu enquanto descaradamente me gravava. Quando ele pegou esse celular? - Você tá inteiramente sujo, como isso é possível? - Riu mais e eu revirei os olhos.