Estava Escrito (Brittana)

A Declaração

POV BRITTANY:

Tentei seguir a Santana para que ela me ouvisse, mas ela foi bem mais rápida que eu. Fui o caminho todo enquanto voltávamos para o apartamento, tentando ligar para ela, mas o celular dela só dava desligado, mandei inúmeras mensagens, mas não tive nenhum retorno. Assim que chegamos pensei em deixar as meninas e seguir no táxi até o apartamento dela, mas as meninas me convenceram a dá um tempo para ela. Eu não parava de tentar ligar para ela, a cada instante eu tentava.

Tina: Britt dá um tempo para ela, depois vocês conversam. Deixa as coisas se acalmarem.

Brittany: Eu não consigo Tina. E se ela foi encontrar aquela tal de Madison que se jogou para ela a noite toda.

Quinn: Se ela foi mesmo, agora elas devem tá transando.

Rachel: CALA A BOCA QUINN!

Quinn: Estou brincando gente.

Tina: Não se brinca com isso Quinn, olha o estado da Britt.

Tentei ligar mais uma vez e nada, ainda continua desligado, o choro já se tornava desesperado. As meninas já dormiam pelo sofá e eu continuava andando de um lado para o outro. E foi assim durante o resto da noite, vi o dia amanhecer e muitas coisas passavam pela minha cabeça, será que ela tá com a puta da Madison que se ofereceu para ela a noite toda? Será que ela vai ficar com ela na tentativa de me esquecer? Será que ela nunca mais vai querer me ver? Eu não posso deixar isso acontecer de jeito nenhum, quer saber, eu vou até lá, mas se quando eu chegar lá ela estiver com a vadia, nem quero pensar no que sou capaz de fazer se ela estiver com ela. Mas eu não vou ficar aqui de braços cruzados esperando. Aproveitei que as meninas já dormiam profundamente e sai de ponta de pé rumo ao apartamento de Santana.

Cheguei na porta do apartamento da Santana, toquei a campainha desesperadamente, mas não obteve resposta nenhuma, então comecei a bater na porta ao mesmo tempo que tocava a campainha e nada. Resolvi chamar.

Brittany: Santana abre, por favor, eu sei que você esta ai. Eu preciso conversar com você, preciso te explicar as coisas, você entendeu tudo errado.

Mas o silêncio era a única coisa que eu conseguia ouvir. Comecei a pensar que talvez ela não tivesse ali mesmo e que ela deveria ter ido encontrar a vadia. Meu choro se tornou mais desesperado ainda, encostei minhas costas na porta e deslizei até sentar no chão e chorei inconsolável. Depois de um tempo assim, resolvi voltar para meu apartamento.

Já se passaram quase uma semana e eu não tinha retorno nenhum dela, comecei o curso de direito na faculdade e tentava encontrar ela todos os dias, mas ela parecia ter ficado invisível para mim ou então não estava indo para as aulas. Eu já não comia direito e nem tinha cabeça para mais nada que não fosse tentar arranjar um jeito de falar com ela, foi nesse momento eu tive uma ideia e teria que coloca-la em prática o mais rápido que eu pudesse e sei bem as pessoas que podem me ajudar nisso.

POV SANTANA:

Um tempo depois de chegar ao meu apartamento, estava na companhia de uma garrafa de whisky quase seca, já havia tomado quase toda. Estava sentada de frente para janela da sala e vi o dia clarear aos poucos, quando tomei o último gole que ainda restava em meu copo antes de me recolher até o quarto para dormir, ouvi o som da campainha tocar seguidamente sem parar, imaginei que pudesse ser ela e resolvi não atender, de repente além do som da campainha também ouço batidas na porta de total desespero e agora eu já me questionava se devia abrir, foi quando ouvi a voz dela e então tive a certeza de que era ela mesmo. Minhas lágrimas começam a molhar desesperadamente meu rosto, mas eu não abri a porta, me mantive em silencio, pois eu sabia que se abrisse poderia fraquejar ao olhar nos olhos dela e ela me teria nas mãos novamente e eu não quero ser apenas um segredo para ela. Alguns minutos depois ouvi o silêncio e imaginei que ela tivesse ido. Desabei completamente num choro que traduzia todo meu sofrimento, soluçava feito uma criança e depois de chorar tudo que eu tinha para chorar, acabei adormecendo.