Capítulo 1

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Em meio a uma noite turbulenta, Dul e Ucker descobriam toques e sensações inéditas para eles. 

Ele descobriu que adorava o sabor dos lábios dela.

Ela descobriu que adorava a sensação de ser expremida contra o corpo dele. 

Do lado de fora pairava uma brisa fresca, mas dentro da cabana a temperatura subia cada vez mais.

Ucker a abraçou pela cintura e a colocou sentada na mesa de madeira. Dul o envolveu com as pernas e os dois arfaram com o contato. 

Ele a beijou com uma ânsia que não sabia que existia. Fazia tempo que queria estar com ela, sentia-se atraído, afinal, é difícil ficar imune depois de anos de beijos roubados em shows e na TV, mas aquele beijo era diferente de tudo, era real. 

Dul estava tão envolvida que não percebeu quando ele abaixou as alças do vestido que ela usava, mas sentiu o toque quente de sua mão em seu seio e tremeu com o contato.

Eu te machuquei? - Ele perguntou preocupado.

Não. - A voz dela não passava de um sussurro.


Sorriram um para o outro. Ucker voltou a beija-la sem querer perder um segundo, ele tentava controlar a vontade crescente de fazê-la sua com medo de a assustar com sua ânsia. 

Entre beijos molhados e gemidos sussurrados, as roupas de ambos vão se amontoando em montes pelo chão, sobrando somente a roupa de baixo deles.

Ucker decide que é hora de ir para um lugar mais confortável, mas antes que pudesse deita-la no sofá, o som desagradável do toque de um telefone os trazem de volta para a realidade. 

O celular de Dul tocava insistentemente, mas Ucker não estava disposto a soltá-la. 

Não atende. - Sussurrou lhe mordiscando o lóbulo da orelha. 

Eu preciso atender, pode ser urgente. - Dul tentou se soltar de seus braços, mas ele a mantinha cativa com firmeza até que o celular para de tocar. 

Eu também tenho urgência, Dul… - Ele a beija novamente abrindo caminho por seus lábios, buscando desesperadamente o contato com a língua dela que logo está lá o correspondendo. 


Logo o telefone volta a tocar e Dul consegue se desvencilhar dele. - Ucker suspirou derrotado, ele sabia que a noite estava arruinada…

Fala devagar, Anny. - Dul gritou no telefone enquanto Ucker já catava suas roupas pelo chão. - Filho? Filho de quem? - A última frase chamou a atenção de Ucker que se aproximou de Dul e colou a orelha no telefone pra tentar ouvir também, até que Dul colocou no viva voz. 


Anny não falava coisa com coisa. Ela já falava rápido normalmente, quando tentava falar e chorar ao mesmo tempo era uma missão difícil compreende-la. 

Pelo pouco que eles entenderam, alguém teria um filho e não achavam a May em lugar algum. Ucker achava que isso não era motivo suficiente para eles deixarem a privacidade da cabana de lado e acabar com a melhor noite que ele tinha em muito tempo, mas ele sabia que Dul nunca deixaria a amiga sozinha naquele estado. 

Eles se vestiram em silêncio e Ucker a ajudou a fechar o zíper do vestido. - É melhor eu ir na frente, vão estranhar se nos virem chegando juntos. - Disse Dul. 

Não, Dul. Já está de madrugada e não vou deixar você perambular por aí sozinha a essa hora. 

Eu vou pegar um táxi.

Você vai comigo, isso não é discutível. Entramos separados se você quiser, mas você vai comigo. 


Dul estava com uma resposta na ponta da língua. Não era mais criança e ele não tinha direito de querer se impor a ela, mas não queria discutir e tinha pressa de chegar logo no apartamento, Anny parecia estar realmente angustiada. 

Além do mais, sentiu uma pontada de satisfação com a preocupação de Ucker por seu bem estar e na verdade ainda não estava pronta para se despedir dele. 

Quando saíram para o lado de fora, um vento frio os atingiu. Ucker tirou o palitó e o depositou sobre os ombros de Dul que se aconchegou sentindo o perfume dele que estava impregnado ali. Caminharam de mãos dadas e em silêncio até o carro de Ucker. Ele abriu a porta para ela e depois se acomodou no banco do motorista. 

Não queria dar a partida no carro e voltar para casa. Ele temia que aqueles momentos que viveram não se repetissem mais. Conhecia Dul bem o suficiente para saber que ela tentaria fugir do que seja lá o que fosse que estava acontecendo entre os dois, mas ele não ia desistir fácil dela.

Não! - Ele disse firme a assustando e a tirando dos próprios pensamentos. - Eu sei o que você está pensando e NÃO, não foi um erro. - Ele a beijou, queria sentir-se próximo a ela mais um pouco, antes de voltarem para a realidade. 


Dul o abraçou pelo pescoço e se entregou ao beijo, ela mordiscou o lábio inferior dele e suspirou. - Mais cedo ou mais tarde vamos ter que conversar sobre isso, mas agora nossos amigos precisam de nós.

Ucker a beijou mais uma vez e enfiou a cabeça em seu pescoço sentindo o perfume que o enlouquecia. - Que seja mais tarde então. - Sentou-se novamente ao volante e deu a partida no carro. - Agora vamos ver o que esse bando está aprontando dessa vez.

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