O silêncio fazia-me sentir sozinha, mas a escuridão fazia-me sentir deixada. Não havia pessoas ou vestígios das mesmas. Estava só.
O meu corpo estava pesado e adormecido. Tentava dar passos, mas era como se estivesse presa. Tentei mover um braço, e apesar de não o ver devido à falta de luz, consegui senti-lo a mover-se.
De um segundo para o outro comecei a ouvir barulho de fundo. Pareciam pessoas a discutir, ou uma multidão furiosa. Uns gritavam, outros choravam e mesmo os que não falavam contribuíam para toda aquela confusão. Tudo era muito estranho, mas por mais que eu quisesse aperceber o que se passava era impossível com aquela escuridão. Pensei estar a dormir, mas quando tentei abrir os olhos foi impossível.
- Os movimentos cardíacos estão a voltar ao normal. – consegui ouvir claramente.
Era o primeiro som que ouvia, no que parecera uma interinidade. De quem estariam a falar? Quem estaria a falar?
Tentei abrir os olhos mais uma vez, e para minha surpresa eles abriram, fechando-se novamente de seguida assim que a enorme luz branca os atingiu.
- Alison? – uma voz feminina proferiu.
Consegui finalmente abrir os olhos e adapta-los à luz. Estava num quarto de hospital. Pessoas desconhecidas estavam sentadas em cadeiras em volta da minha cama e um senhor de idade, que presumi ser médico, estava sentado na minha cama a olhar para uma máquina, que estava situada ao lado da minha cama, e para mim.
- Minha Senhora, por favor vá com calma. Ela mal acordou. – disse o senhor de cabelos brancos.
- Ela é minha filha! E eu estou preocupada com ela. – a senhora sentada perto da janela falou num tom mais alto e rude. – Alison, querida?
A mulher chegou-se perto da minha cama e olhou para mim com ternura.
- O que aconteceu minha querida? – perguntou.
- Peço desculpa, mas quem é a senhora?
O rosto da mulher empalideceu. Reco ou lentamente até bater com uma das pernas da trave da ponta da cama. A sua cabeça movia lentamente da esquerda para a direita de um modo de desaprovação.
- Minha senhora, a menina Alison teve um assidente que lhe atingiu o cérebro, este tipo de coisas já se previam.
- O que quer dizer com isso? – a senhora perguntou.
- A sua filha tem caso de Amnésia.
Sem perceber nada olhei em volta do quarto e os meus olhos atingiram e fixaram-se nos de um rapaz moreno e alto. A sua cara era igual à da senhora que estava perto da minha cama.
Um pequeno prólogo :) Espero que gostem.
BlueeFox
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Amnesia || c.h
Teen Fiction"Se o que tivemos era real, desculpa. Mas eu não me lembro."