♤ Prólogo ♤

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O silêncio fazia-me sentir sozinha, mas a escuridão fazia-me sentir deixada. Não havia pessoas ou vestígios das mesmas. Estava só.

O meu corpo estava pesado e adormecido. Tentava dar passos, mas era como se estivesse presa. Tentei mover um braço, e apesar de não o ver devido à falta de luz, consegui senti-lo a mover-se.

De um segundo para o outro comecei a ouvir barulho de fundo. Pareciam pessoas a discutir, ou uma multidão furiosa. Uns gritavam, outros choravam e mesmo os que não falavam contribuíam para toda aquela confusão. Tudo era muito estranho, mas por mais que eu quisesse aperceber o que se passava era impossível com aquela escuridão. Pensei estar a dormir, mas quando tentei abrir os olhos foi impossível.

- Os movimentos cardíacos estão a voltar ao normal. – consegui ouvir claramente.

Era o primeiro som que ouvia, no que parecera uma interinidade. De quem estariam a falar? Quem estaria a falar?

Tentei abrir os olhos mais uma vez, e para minha surpresa eles abriram, fechando-se novamente de seguida assim que a enorme luz branca os atingiu.

            - Alison? – uma voz feminina proferiu.

Consegui finalmente abrir os olhos e adapta-los à luz. Estava num quarto de hospital. Pessoas desconhecidas estavam sentadas em cadeiras em volta da minha cama e um senhor de idade, que presumi ser médico, estava sentado na minha cama a olhar para uma máquina, que estava situada ao lado da minha cama, e para mim.

            - Minha Senhora, por favor vá com calma. Ela mal acordou. – disse o senhor de cabelos brancos.

            - Ela é minha filha! E eu estou preocupada com ela. – a senhora sentada perto da janela falou num tom mais alto e rude. – Alison, querida?

A mulher chegou-se perto da minha cama e olhou para mim com ternura.

            - O que aconteceu minha querida? – perguntou.

            - Peço desculpa, mas quem é a senhora?

O rosto da mulher empalideceu. Reco ou lentamente até bater com uma das pernas da trave da ponta da cama. A sua cabeça movia lentamente da esquerda para a direita de um modo de desaprovação.

            - Minha senhora, a menina Alison teve um assidente que lhe atingiu o cérebro, este tipo de coisas já se previam.

            - O que quer dizer com isso? – a senhora perguntou.

            - A sua filha tem caso de Amnésia.

Sem perceber nada olhei em volta do quarto e os meus olhos atingiram e fixaram-se nos de um rapaz moreno e alto. A sua cara era igual à da senhora que estava perto da minha cama.

Um pequeno prólogo :) Espero que gostem.

BlueeFox

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2015 ⏰

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