Uma cópia... de você

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No quarto Stefani analisava os acontecimentos recentes uma lágrima descia vagarosamente por seu rosto enquanto suas mãos acariciava as costas do pequeno ser que estava sob seu peito.
A porta se abriu e uma figura viril entrou cheio de raiva, Dan não reagiu bem a grávidez por inúmeros motivos um deles era a vida social, desde que anunciou a gravidez as constantes reclamações de Dan aborrecia Stefani, a barriga crescia e a paciência do marido diminuia cada vez que ela deixava de acompanha-lo em eventos. As brigas eram pesadas e por fim o medico pediu repouso absoluto a gestação era de risco e mesmo assim algumas vezes lá estava ele gritando sem se importar com a situação.
Teve uma tregua, um pouco de paz, Ele viajou a trabalho e nesse período as coisas se complicaram e o parto foi adiantado. Dan chegou em casa e familia cercava uma senhora de cabelos loiros e ocúlos que segurava orgulhosa um recém-nascido, sendo ele moreno, a senhora loira só poderia ser avó da esposa. Logo lhe chamou atenção o bebê em seus braços totalmente carequinha, dava pra notar de longe uma leve penugem loira contrastando com uma pele avermelhada.
Ouvia a senhora elogiar a criança dizendo que os olhos eram claros e que seria perfeito quando adulto. Olhando de longe era inacreditavel não tinha um traço dele na criança e isso ja tinha irritado ele.
Dan preferiu sair e ficar na varanda sozinho digerindo tudo e assim que todos foram embora ele foi para o quarto, Stefani começou a falar do filho e mostrar como é lindo sem perceber o desgosto dele ao ver a criança.
- Ele é tão lindo - Ste falou olhando a pequena mãozinha - Tão perfeito.

- Nem tem pai né? - Dan soltou a expressão e Stefani ficou confusa.

- Ele quis dizer que só se parece com a mãe - Fátima respondeu

- Um garoto loiro, de olhos claros, filho de um cara moreno de cabelos pretos e traços fortes - Dan falava e gesticulava

- Não será que é porque "Eu sou loira de olhos claros"? Rebateu Stefani.

- Sim, uma cópia... De você. E quem sabe de outro pai - Dan analisava o rosto dela enquanto gritava aquelas palavras.

Imóvel Stefani não conseguia falar, sentia o rosto queimar

- Quem cala consente? Nada que um DNA não resolva. - Ele falou calmo

- Eu te odeio! Essa é a coisa mais baixa que você pode me dizer - Stefani falou controlando a raiva.

- Vou pedir que venham pegar o material - Disse saindo do quarto

Fatima a empregada ficou imóvel sem entender e sem saber o que fazer, uma hora depois 3 enfermeiros chegaram Dan foi com eles vendo o olhar de suplica da mulher apenas respondeu

- Quem não deve não teme- e saiu

Os enfermeiros colocaram o bebê na cama, a visão que Ste tinha era... Um enfermeiro prendendo o bracinho contra a cama e o outro enfiando uma agulha enorme no frágil bracinho.
O garotinho chorava e a mãe chorava junto de puro desespero, de saber que aquilo não era necessário mas sua palavra não valia de nada.

Mesmo horas depois ela chorava olhando o filho dormir a cabeça estava a mil

- Quando vir o resultado ele vai ficar muito feliz. - Fátima disse e sorriu.

- Quando chegar esse resultado estaremos longe daqui. - Ste olhava um ponto fixo do quarto

- Assim ele vai ter certeza que não é o pai, se você fugir. Não faz isso - A empregada pediu triste

- Foda-se! E se depois do resultado ele quiser continuar pensando que não é... Problema dele vou levar minha cria pra bem longe daqui.

Na prática parecia fácil! Mas assim que soube da fuga Dan ficou irreconhecível, descontrolado não tinha lugar que não procurasse. Isso deixou Stefani sem saída, não poderia continuar viajando quando soube das tentativas dele pra pegar ela foi pra uma ilha com o filho. Ela tinha tudo que precisava até se ver perdida

Um pouco distante um grupo de turistas se divertiam eles Tinham feito um lual e estavam a acampando. Mirella ouviu um barulho e curiosa foi procurar.

- Para Mirella e se forem canibais? - Sua amiga Bia falou fazendo ela rir .

- pode ser só um Bichinho - Mirella respondeu

- Deixa pra lá, vem daqui a pouco iremos embora. - Bia falava de longe vendo ela se afastar.

Mais alguns passos e Mirella abriu uns arbustos vendo uma mulher "linda" por sinal sentada ali.

- Você ta bem? O que faz ai? Precisa de ajuda? - Mirella disparou perguntas

- Eu... Eu.. Sim. Preciso! - Ste se levantou e foi até ela.

- você esta fugindo de alguém? - Mirella foi direta mas mesmo assim se surpreendeu com a resposta

- Sim estou, como pode me ajudar? Eu tô morta de fome - Ste falou sem pausa

Mirella olhava a mulher a vários minutos enquanto falavam tinha uma mochila grande nas costas e um pano envolto no corpo o cabelo quase tão grande quanto o dela e olhos verdes.

- Vem comigo! Não se preocupa tudo vai ficar bem. Me fala... Qual seu nome?

- Stefani e o seu?

- Mirella. Vamos você deve estar com fome

- Muita - Stefani respondeu sincera

No acampamento só estava bianca e Vanessa, assim que se sentou Srefani ouviu os resmungos tão familiares e tirou o Nenê de uma especie de canguru que trazia envolto ao corpo. As três olharam surpresas.

- Meu Deus... É seu?? Que bonitinho parece um boneco, é igualzinho a você, como conseguiu esconder ele ai...

- Cala a boca Mirella. Que monte de perguntas idiotas deixa ela - Falou Bia

Sterella - Meu anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora