The Butler | Kim Taehyung

O CONTRATO...

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⚠️️ ATENÇÃO ⚠️

🔞 Esse livro contém muitas escritas perturbadoras. Se você (leitor) não gosta de livros que falam sobre o abuso infantil, vingança, investigações abusivas detalhadas, e entre outros eu recomendo que não leia!

Proibido para menores de 16 anos!!
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"Que perfeição!"

"Esse com toda certeza vai vender por um preço ótimo!"

"Olha essa pele macia..."

Barulho de faca sendo afiada

—— NÃO P-POR FAVOR! ME SOLTA! -Digo me debatendo já cansado daquilo tudo.

—— CALE A BOCA! -Ele disse. —— Essa com toda certeza será perfeita!

Gritos de dor! Choro!

Eu desmaiei de dor.

🥀

Um vento gelado sobreveio pelo meu corpo, eu abri meus olhos observando as grades em meu redor e o quarto branco aonde eu estava. Eu e algumas crianças nos encontravamos em uma espécie de canil e todos que estavam do lado de fora podiam nos ver.

Na minha pequena jaula tinha uma criança comigo que eu percebi que já não respondia mais.

Observando o salão vi que todos os adultos se divertiam, eles dançavam felizes com seus vestidos e smoking chiques como se nós fossemos seus animais de estimação.

Eu realmente estou sozinha...

Já faz muito tempo que eu estou aqui. Será que esse será mesmo o meu fim? É assim que eu vou morrer!?

- Nã-o... Aqui não... -Minha voz falha saiu de minha boca.

Eu já nem sei a quanto tempo estou aqui... Ou o porquê de está passando por isso...

- Não posso t-terminar assim... -Tento me levantar mas a dor é imensa.

Não aguento mais essa dor...

Minha barriga estava doendo muito e meu corpo fraco não conseguia fazer muito esforço por mais que eu tentasse. Mas como  se fosse o meu último dia eu me segurei na grade tentando me levantar e comecei a chorar.

- P-Por favor... Me tirem daqui...

"Cale a boca!"

Todos os dias eram a mesma coisa. O tempo não se passa quando você está em um pesadelo.
Eu já sei que ninguém virar, mas isso não me faz desistir de querer sair daqui.

Eu quero a minha mãe... O meu pai...

Não... Eu quero sair...

As horas e os minutos vão se passando e eu vejo eles rindo alto.
A raiva dessa humilhação arde pelo meu pequeno corpo.

Se eu sair daqui...

A festa estava rolando até que eu sinto uma leve presença de medo misturado com pavor e com um sentimento incômodo de desconfiança surgindo em meio a tantas pessoas.

Com os meus olhos abertos eu não via ninguém em minha frente, mas senti algo pesar naquele ambiente.

Uma presença única que me dava arrepios...

- Pobre humano... -Aquela voz demoníaca junto a uma risada assustadora disse.- Ah Algum problema contigo?

Eu senti como se o tempo ficasse lento quando ele começou a falar.

- Q-Quem... é você? -Minha voz não saia direito, era como se eu estivesse sendo sufocada com sua presença.

Risada satânica.

- ****** ! -Falou em uma língua irreconhecível por humanos.- Mas em sua língua seria "Demônio". Agora me responda jovem Humano. Por que me chamou?

Eu não o via... Mas sua presença maligna era bem notória, me dava calafrios o medo era bem mais presente nele do que naquele lugar em que eu estava.

- E-Eu... Chamei...? -Digo e senti como se ele estivesse sorrindo.

Não aguentando ficar sentada eu acabei caindo deitada de tanta dor.

Eu olhei para as pessoas que estavam ali na festa e parecia que só eu o ouvia e o sentia.

- Eu quero... Que cumpra meus desejos. -Digo.

"Eu já disse para calar a porra da boca!!!"

Risada satânica.

—— Sabes bem a quem pede esse pedido, Humano? Eu não sou uma fada que faz desejos se tornarem realidade de graça.

Eu fiquei em silêncio

—— E..

Está mesmo disposto a abandonar a luz para caminhar comigo pelas trevas?
Uma vez que tenha rejeitado a fé, é impossível passar pelos portões do paraíso.

- Acha que alguém acreditaria que Deus te enviou?

Risada satânica.

- Então eu vos pergunto novamente. É vosso desejo firmar um contrato?

- V-você vai... levar a minha alma? -Minha voz sai um pouco fraca e a sua risada era como a confirmação do que perguntei.- Eu aceito firmar o contrato.

- Você é um Humano interessante... Temos um acordo! A marca desse acordo será selada em nossos corpos. Tem um lugar específico?

- O-Onde quiser! Só faça... como tenho desejado!

De repente uma sombra preta saiu do chão, a mesma não tinha forma, mas tinha uma presença ainda pior era muito mais assustadora.

A cela foi aberta, com medo eu fechei os olhos e quando abri novamente já estávamos lá fora. E eu conseguia ver a mansão de longe.

- Me diga Humano. O que quer agora?

- Queime-os! -Digo.

- An?

- Ficou surdo? -Digo e percebi que a entidade ficou um pouco aborrecido.- Eu disse... para queimar aquele lugar!

Sem demorar ele foi. Sua velocidade era realmente anormal! Talvez isso tudo seja só uma alucinação de quem está a beira da morte, mas eu estou gostando bastante...!

Do lugar aonde eu estava dava para ouvir alguns gritos vindo da mansão e a chama subindo.

Aquilo tudo era como música para meus ouvidos...

- Pronto!

Sua voz me assustou me fazendo dar um pequeno salto.

- Foi rápido... -Digo e o olho com mais atenção.

Ele realmente não tinha forma, era só uma sombra.

- Humano...

- Por favor me chame pelo meu nome...

- Emy! -Diz ao me interromper.

Não fiquei surpresa por ele saber meu nome.

- Emy, filha desaparecida do falecido artista mais famoso da América Christopher Williams! Seria estranho se eu não te reconhecesse... -Ele diz e eu começo a tossir me causando mais dor.

Quando eu ia cair eu senti alguém me pegar.

E tudo ficou escuro...