Capítulo 3 - Morrer ou devorar

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Marelyn estava em seu quarto deitada na cama, havia acabado de acordar, mas sua mente estava tão ativa quanto em uma prova — que se mal estudou. Por um momento fez para si mesma um sinal de silêncio. Ryan abriu a porta do quarto e ela se assustou, trazendo um semblante de espanto.

— Bom dia... — disse ele e notou a expressão de Marelyn. — Tá tudo bem?

— Eu?... — respondeu ela. — Sim, sim...

— Vamos tomar café, já tá tudo pronto.

Os dois foram para a sala de jantar e sentaram-se à mesa, na primeira garfada de Ryan em sua panqueca a campainha da casa tocou.

— Tá esperando alguém? — disse Marelyn preocupada.

Ryan recuou o garfo que estava prestes a entrar em contato com a sua boca e respondeu:

— Não... Ah, Janette deve ter vindo mais cedo.

Se levantou, largando o pedaço de panqueca na mesa e foi atender. Simon quem o aguardava.

— Posso entrar? — disse ele. — Tá frio aqui fora.

— Não tem jeito, né... — respondeu Ryan e abriu espaço para ele entrar. — Essa hora? Eu tava começando a tomar café.

Simon deu de ombros, entrou e disse:

— Eu só quero resolver as coisas, e que a gente volte a ser o que era antes.

Os dois se sentaram no sofá.

— Mas você entendeu o que eu quis dizer sobre você gostar de um crime ...

— Que talvez nem seja real — interrompeu Simon.

— Agora você acha irreal?

— Eu tenho as minhas dúvidas, no dia da festa eu tava meio que querendo acreditar em qualquer coisa relacionada a terror... — disse Simon e soltou uma risada rápida. — Desculpa por isso. Entendo o seu ponto de vista e respeito.

Ryan suspirou com um leve sorriso e disse: — Eu não te entendo... Sério.

— Então... Paz?

— Claro — disse Ryan, e os dois deram um curto abraço. — Agora eu acho que você que não vai me entender...

— Por quê?

— É que ontem eu pesquisei sobre o Papai Noel do Gorro Preto, e achei uma informação em um fórum...

— Fórum? — interrompeu Simon e riu. — Regra básica pra quando pesquisar qualquer coisa na internet: não acredite em fóruns.

— Enfim... Algumas pessoas tavam discutindo se o caso era verdade ou não, aí apareceram duas pessoas que disseram que o site da história existe e que ficou sabendo disso em um outro fórum, na deepweb, onde tinham pessoas que realmente conseguiram entrar no site e viram o que tinha lá, venda de órgãos.

— O que?! — disse Simon com um leve espanto. — Tá... Não posso fingir, eu também já vi relatos assim quando tava revirando tudo sobre o caso.

— E mesmo assim você gostava... Decepção.

— Eu já expliquei... — disse Simon e um pensamento o surpreendeu. — Mas pera aí, você tá me falando isso por que agora você quem acredita?!

— Não é bem assim...

Simon riu e o interrompeu:

— Então é o que?

— Depois que eu fiquei sabendo sobre o site o caso se torna provável, eu vou tentar entrar nele pela deepweb e descobrir se ele existe ou não.

O Papai Noel do Gorro PretoOnde histórias criam vida. Descubra agora