Capítulo Único.

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Jiang Cheng estava em frente ao portão de sua casa, esperando impacientemente pelo seu namorado que tinha ficado de o ir buscar para jantarem fora seguido de uma sessão de cinema, um programa simples e cliché mas que qualquer casal gostava de fazer, contando que passassem um bom tempo juntos. Obviamente que a iniciativa de fazer qualquer tipo de programa romântico entre eles partia de Lan Xichen, afinal, era sabido por todos que o Jiang não era propriamente o homem mais romântico.

Quando avistou o carro do mais velho parar na sua frente, fechou ainda mais a cara, preparado para reclamar com o outro assim que entrasse no carro. Não que o Lan fosse o tipo de pessoa que se atrasasse para os seus compromissos, na verdade ele nem tinha se atrasado, mas o Jiang era um homem bastante impaciente.

— Pensei que me ia deixar pendurado. Por que demorou tanto? — reclamou assim que entrou no carro, recebendo como resposta uma risada pequena do namorado, algo que o fez semicerrar os olhos e fuzilar o outro. — Está rindo do quê, idiota?

— Do quão adorável você é. — respondeu Xichen, aproximando-se para depositar um beijo rápido nos lábios do seu namorado rabugento.

— Adorável o seu cu. — resmungou o outro, cruzando os braços sobre o peito e desviando o olhar, tentando esconder o pequeno sorriso que tentava formar-se nos seus lábios. — Vamos logo, estou com fome.

— Com certeza, você é que manda. — respondeu o outro, enquanto esboçava um sorriso largo.

— Idiota. — o mais novo rolou os olhos, mas acabou sorrindo pequeno.

Lan Xichen deu partida, iniciando uma conversa banal com o namorado sobre o dia a dia de ambos, procurando saber como tinha sido o dia do mais novo e deixando que o mesmo soltasse todas as suas frustrações, ajudando-o assim a sentir-se mais leve depois de expelir tudo o que tinha guardado dentro de si. Era assim que Jiang Cheng funcionava, ele era um homem pouco paciente e rancoroso, então durante o dia ia guardando dentro de si algumas frustrações que o deixavam exausto e ainda de mais mau humor. Lan Xichen sempre estava lá, ao fim do dia, para o ajudar indiretamente a livrar-se de todo esse peso e mau estar.

— A-Cheng, tenho algo para você.

— Para mim? O quê?

— Está no banco detrás.

Jiang Cheng voltou-se rapidamente para trás, quase parecendo o seu sobrinho de cinco anos quando ficava curioso e animado com alguma coisa. Ao avistar um saco com um pequeno laço preso sobre o banco detrás, uma expressão sorridente adornou o seu rosto esculpido.

— Você comprou um presente para mim?

O mais velho desviou por breves segundos o olhar da estrada para poder fintar o namorado que o olhava surpreso e com uma ligeira animação que o mesmo tentava esconder a todo o custo, algo que fez o Lan sorrir ainda mais largo e acenar positivamente.

— E para quem mais seria se não para você?

— Idiota.

Com o seu típico rolar de olhos, o Jiang voltou a encarar o saco e debruçou-se entre os dois bancos dianteiros para alcançar o pequeno saco. Quando ia pegar o mesmo notou algo de um vermelho chamativo caído no chão, o que o fez desviar toda a atenção do saco para o objeto estranho.

Os seus olhos se arregalaram quando pegou o objeto e a sua reação imediata foi a de jogar o mesmo com força sobre o colo de Xichen, este que exclamou de surpresa e dor quando o objeto acertou com força as suas partes íntimas.

— A-Cheng, o que foi isso?

— O que foi isso? O que foi isso pergunto eu! Quer me explicar que porra é essa, Lan Huan?

O Carro MotelOnde histórias criam vida. Descubra agora