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Tony ajudou Peter a descer da árvore, foi um pouco complicado até que eles finalmente estivessem no chão, mas foi menos difícil do que subir. As duas pessoas não falavam a língua deles, mas mesmo assim falavam com eles, como se em algum momento eles fossem entender cada palavra. Um dos dois homens, o mais novo, que talvez fosse filho do mais velho que já tinha seus cabelos e barba brancas, se distanciou dos dois. O homem mais novo disse algo que ambos não compreendiam, mas Tony achou que ele queria dizer que iria procurar por mais sobreviventes, porque o homem mais novo parecia procurar por algo conforme se afastava.

Peter estava nas costas de Tony, sua mão boa estava envolvendo o pescoço do Stark de uma maneira que não o fosse sufocar e suas pernas se prendiam na cintura do homem. Mesmo com Peter em suas costas o Stark dava um jeito de o segurar para o garoto não escorregar de suas costas. Tony segurava a parte de trás do joelho do garoto, ele fazia isso com a maior cautela possível para não correr o risco  de tocar no ferimento na coxa de Peter.

Tony sabia que Peter devia estar sofrendo dores, ele sentia o garoto chorar um pouco em seus ombros e ele escutava uma pequena fungada da criança que estava pendurada em suas costas. O Stark também sabia que Peter ainda devia estar sangrando muito, o corte na coxa foi muito grande e profundo para uma simples regata branca parar completamente o sangramento, isso assustava Tony, se o ferimento continuasse sangrando assim o garoto não iria resistir. Tony dava graças a Deus por aquele senhor ter aparecido, mesmo não compreendendo totalmente o que o homem desconhecido dizia, ele tinha uma forte impressão de que os senhor iria os levar para um lugar segura e talvez o que Tony mais estava implorando a Deus... um hospital para cuidar de Peter.

Tony continuava caminhando com Peter em suas costas enquanto ele seguia o senhor para onde quer que fosse. Eles não andavam a muito tempo, mas Tony implorava para chegarem logo onde quer que fosse, Peter precisava de ajuda, e logo. O Stark se sentia mal toda vez que escutava uma pequena fungada do garoto, ele sabia que Peter devia estrar tentando conter o choro, mais provavelmente o ferimento doía muito para conseguir abafar todo o sofrimento. Mas algo estranho acontece enquanto ele estava andando, ele sente o garoto em suas costas se petrificar, ele podia jurar que sentia a mão magra do garoto em seu pescoço ficar fria. Tony não tinha a mínima idéia do que estava acontecendo.

--- Pare --- Peter diz em um murmúrio quase inaudível. Tony quase pensou que ele tinha escutado errado e continuou a andar.

--- Eu disse pare!!--- Peter diz gritando atrás dele, Tony se assustou com o gesto repentino, era a primeira vez que ele ouvia o garoto gritar de irritação, das outras vezes era de dor, o que não parecia ser o caso naquele momento.

Mesmo assustado com a atitude repentina da criança, Tony para de andar. O homem que estava a sua frente também para e olha para os dois de uma maneira confusa, o que Tony compreendia.

--- O que houve, garoto?--- Tony pergunta com certa preocupação. Será que Peter estava se sentindo ainda mais mal?

--- Volte, volte um pouco, por favor.--- Peter diz com uma voz trêmula e que parecia carregada de medo.

Tony não entendia o pedido estranho, mas fez assim mesmo. Tony se virou e voltou alguns passos atrás. Ele sentia a respiração do garoto ficar mais pesada e Tony estava ficando cada vez mais preocupado. Até que ele se depara com uma cena que o fez compreender todas as ultimas atitudes do garoto. E ele notou que Peter estava vendo a mesma cena.

O choro e os soluços altos logo vieram do garoto. Os gritos e prantos eram altos e carregados de dor, eram muito piores do que os gritos de quando Tony foi enfaixar seu ferimento. Tony sentiu seu coração se rasgar em mil pedaços com cada choro, pranto e gritos de fúria e de dor que viam do garoto. Ele se sentil inútil por não conseguir fazer nada para aliviar aquela dor do garoto, ele só conseguia olhar aquela mesma cena horrível que iria assombrar e mudar a vida do garoto para sempre.

Nosso ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora