Traição Materna

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Primeiro, vamos falar sobre a minha pessoa, Bianca: a época que eu vivo, no caso, no ano em que tudo ocorreu, minha vida aqui em minha cidade... Emfim, tudo do básico para poder me conhecer.
Eu sou Bianca, tenho 17 anos e vou construir uma ONG para ser veterinária, sendo acrobata como hobbie, é algo realmente legal de se fazer que eu sonho faz um bom tempo. Eu sempre me imaginei no palco, com meus cachorros curados fazendo movimentos acrobáticos incríveis.
Hoje é dia 16/04/2502. Vivo em uma cidade que foi nomeada como Garão City, dentro de uma pequena ilha que surgiu uns anos atrás (sendo mais exata em 2453) após um acontecimento histórico do planeta Terra:Uma parte do chão do Brasil rachou, separando-se dele e formando uma nova ilha, a Ilha de Vincentin, consequentemente criando outros Estados, Bairros e Cidades. A Ilha de Vincentin anda muito movimentada no verão, pois turistas de diversos países vem aqui todo feriado.
A Minha cidade é a única do mundo que preserva a natureza, consequentemente menos atualizada, pois as coisas menos tecnologicas consumem menos energia. Ou seja, habitamos uma cidade onde é obrigatório que as pessoas ainda usem carros com quatro rodas ou apenas rodas e umas coisas em formato de uma mini-tábua fina com uma tela no meio de se passar o dedo, chamadas celulares (aliás, são pessoas MUITO desatualizadas). Nas outras cidades LITERALMENTE não há natureza, o que faz com que todos tenham que usar um tipo de adesivo dentro do nariz que permite respirar normalmente. Este adesivo é como uma parelho de respiração, com um tubinho que se encaixa no nariz e só então tem um adesivo com componentes descobertos em 2053 (aquiminotrufeto, estoricafetina e nifrotelefacina) que fazem a pessoa respirar como se estivesse num ambiente purificado com várias arvores. Com o prefeito sabendo dessa situação quando a cidade era nova ainda, ele começou a tomar umas precauções (na minha opnião, doentias) pra preservar a natureza. A nossa cidade GIGANTESCA tem uma rua com mercado, academia e escola. Ao lado, sete ruas com casas simples e pequenas. A minha casa é um sobrado rosa com 4 janelas e uma vista ao mato com árvores sadias e mudas regadas.
Mas agora, vamos falar sobre o dia de hoje, o dia que mudou minha vida.
Eu acordei com a mesma cara de "peixe-morto" que tenho quando acordo muito de manhã cedo e fui a minha aula. Mas antes, tentei relembrar o meu sonho de hoje.

_______SONHO ON___________

Eu estava em um deserto, me sentia sozinha, não acompanhada. A tempestade de areia fazia com que a mesma se esparramasse em meus olhos, fazendo-os arder. O sol era quente, com uma ardência muito forte e eu estava sem água. Eu estava caminhando pelo deserto puro, sem cactos, fazia uma hora sem nem uma pessoa pra conversar e sem nada para eu tentar me hidratar.
Depois de horas, horas e horas e eu estava caminhando sem sucesso de achar algo para descansar, pois acredito que se eu deitasse seria automaticamente enterrada pela tempestade de areia, e se sentasse, teria meus olhos repletos de areia por ela, e fechar os olhos por um longo período de tempo me dá muito medo por conta de um trauma de infância. Na hora, me lembrei do trauma:

" "boa noite." Dizia o psicopata para mim, enquanto eu estou batendo desesperadamente na porta com a esperança dele novamente abrir para então dormir com o psicopata na cama de casal, que me dá más lembranças. Parecia uma tortura, me trancar para eu ficar cerca de 1 hora batendo na porta desesperadamente. Patético. Afinal, eu tinha apenas quase 3 anos e isso ainda me afeta, ainda sinto a mesma sensação no escuro."

Quando eu me reconectei para "mundo real" e olhei para frente, avistei minha tia, Leandra, minha vó, Marisa e minha mãe, Priscilla. Ambas estavam sorrindo com óculos escuros, e eu, era a única com meus óculos de grau. Eu conseguia sentir a felicidade delas por encontrar-me no rosto, Pareciam preocupadas com o meu desaparecimento no deserto. Andamos pelo deserto por 10 minutos e então encontramos algo além de areia: um prédio destruído, parecia mais um lugar estranhamente familiar, que te dá arrepios e você sente que já passou por ali antes. O prédio era amarelo desbotado com muito mofo e vinhas, também tinha buracos que estragaram toda a parede, outros apenas mostram os tijolos com algumas barras de ferro.
         Subimos pedaços de paredes no chão para chegar a um elevador e chegar ao último andar, onde tinha uma sacada. Todas olhamos para baixo. Os óculos cairam de nossas cabeças e tivemos que descer para poder pega-los de volta.
       -Puta que pariu, Bianca!-disse minha mãe, Priscilla. O meu óculos era o únivo que havia quebrado.
      -Calma!-Disse minha tia.-Eu posso usar o meu para fazer um óculos novo para ela, a lente é dupla!

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⏰ Última atualização: Apr 11, 2022 ⏰

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A Menina a Prova de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora