08. Normas e Cenários

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Desde que eles – Draco e Cassie – firmaram o acordo de um relacionamento falso, na frente de todos, ela não imaginou que isso geraria uma grande comoção.

Annelise, Theodore e Blaise não estavam entendendo absolutamente nada. Sabiam que os dois eram grandes amigos, mas também tinham plena consciência que eles poderiam acabar se matando um dia.

Annelise achou um pouco cômico quando ficou sabendo durante o horário de almoço, isto é, achou cômico depois que o susto passou. Agarrou Cassie pelos braços enquanto ela caminhava em direção ao grande salão. Por alguns segundos Macmillan jurou que poderia ficar surda. A voz esganiçada e perdida de Anne a estavam deixando desnorteada.

- Sempre soube que sua paixonite do primeiro ano nunca havia passado. Seu zero interesse pelos os alunos das escolas do exterior explicam muita coisa! – Falou eufórica, chacoalhando Cassie. – Isso também explica muito também o fato de vocês implicarem muito um com o outro.

Blaise parecia desconfiado, preocupado e contente ao mesmo tempo. Desconfiado porque não conseguiu pegar os sinais de que eles estavam envolvidos antes, preocupado com as futuras brigas que poderiam surgir entre eles, e por último, e não menos importante, feliz pelos amigos. Blaise sempre soube que Draco tinha um interesse a mais em Cassie, justamente por isso nunca entendeu por que ele se envolveu com Pansy.

Nott agiu com leveza e brincadeiras, como sempre. Cassie adorava isso nele, sua capacidade de melhorar o ambiente.

Crabbe e Goyle viram a cena do beijo, assim como Zabini, enquanto voavam no treino de quadribol. Os dois quase caíram de vassoura.

Depois da cena no campo de quadribol, e de ter levado a carta de Cáspio ao corujal, decidiu se trancar na biblioteca para estudar, para tentar esquecer essa grande confusão que havia se metido. Apenas saiu de lá para comer alguma coisa durante o almoço, só não imaginava que tantas pessoas da sonserina teriam olhares curiosos sobre ela.

Os meninos não estavam na mesa, apenas ela e Anne, provavelmente ainda estavam no treino, ou tomando seus respectivos bahos.

Logo retornou à biblioteca e ali ficou por horas. Se distraiu mais vezes que o normal, e não apenas porque sua mente não conseguia se esquecer sobre as últimas horas, mas sim por conta dos cochichos e olhares em sua direção.

Já era quase final do dia, o sol entrava pelas vidraças desenhadas, deixando toda a biblioteca mais colorida e aconchegante. Foi quando Cassie recebeu um pergaminho na biblioteca.

- Isto chegou para senhorita... – Madame Pince não parecia muito contente – Por meio de uma coruja. – Seu rosto que já era embrulhado, conseguiu ficar ainda mais franzido. Ela é uma mulher aparentemente não tão velha, magra e irritadiça que mais parece um urubu subnutrido, tem as faces encovadas, pele de pergaminho e um longo nariz curvo. Seu irmão nunca gostou da mulher, e Cassiopéia sempre se esforçou para ver um outro lado de Madame Pince, mas ela era exatamente tudo que Cáspio havia dito. Madame Pince chegava até mesmo a bater em alguns alunos com seu espanador. E sim, ela andava com um espanador embaixo do braço o dia inteiro. – A senhorita sabe que corujas não são permitidas, certo?

- Desculpe, Madame Pince. – Sorriu sem graça e pegou o pergaminho da mão da mulher.

Macmillan,

Me encontre na arvore entro o lago negro e o campo de quadribol. Precisamos conversar algumas coisas.

Atenciosamente, seu namorado de mentira.

Por algum motivo, ela deu um pulo de susto, e todos a olharam curiosos. Ela guardou rapidamente o papel dentro do bolso de sua bolsa, e pegou todos os materiais que estavam pela mesa, correndo em direção a saída.

Fake dating | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora