Violetta on:
Olhei o relógio e já havia passado das duas horas da manhã, devia ser mais ou menos umas oito horas da noite para o Henry.
As meninas já estavam dormindo, a festa do pijama tinha sido bem divertida, havíamos assistido filmes e jogado alguns jogos de tabuleiro, todas estavam mortas de cansaço.
Colocamos alguns colchões na sala de cinema e dormiriamos lá, assim que percebi que as outras estavam dormindo, me levantei e fui até o cozinha, estava bebendo água quando acenderam a luz, quase morri de susto.Arneide: O que está fazendo acordada à essa hora, senhorita?
Violetta: Perdão, Arneide, te acordei?
Arneide: Não, não, eu já estava acordada, apenas vim conferir se estava tudo certo!
Violetta: Aceita um chá? Estava pensando em esquentar um pouco de água.
Arneide: Aceito sim, querida!Coloquei a água para esquentar na chaleira, preparei as canecas com os sachês e enquanto esperava ficar pronto me juntei à senhora na bancada da cozinha.
Arneide: Falou com o senhor Henry hoje?
Violetta: Não... eu tentei um pouco mais cedo, mas deu caixa postal, ele só mandou mensagem dizendo que estava em uma reunião e que me retornaria mais tarde...
Arneide: Ele volta depois de amanhã, não é tanto tempo!
Violetta: Sim... mas sinto falta dele...
Arneide: Por que não dorme no quarto dele hoje? Tenho certeza que o senhor Henry não se importaria, eles faziam isso quando eram mais novos e sentiam muita falta dos pais.
Violetta: Rsrs, talvez...
Arneide: Acho que nunca tive a chance de te agradecer pelo o que fez pelo Henry!
Violetta: Nos ajudamos mutuamente, na época eu estava muito mal pelo fato de que o Will tinha sido convocado, o Henry me ajudou muito naquela época...
Arneide: Mesmo sempre sendo um menino sorridente, o Henry não compreendia o que as pessoas sentiam ao redor, me lembro claramente de uma vez em que ele havia ganhado um prémio em uma Olimpíada de Ciências, os pais não puderam vir a premiação, então eu e o mordomo fomos, ele sorria, mas era falso, obviamente, perguntei à ele se não estava feliz, e ele me respondeu assim, "feliz? Isso realmente existe? Pensei que era apenas uma forma figurada de explicar o ato de sorrir", ele tinha apenas dez anos, aquilo partiu meu coração...
Violetta: Quando o conheci era um pouco menos, acho que ele entendia que as emoções existiam, apenas não sabia muito bem diferenciar elas, aquela história de que emoções não servem de nada, ele sempre repetia isso, parecia um robô.
Arneide: Foi o que ele aprendia com todos aqueles professores particulares que o pai deles contratava, eu nem conseguia assistir as aulas, me dava calafrios!!A chaleira começou a apitar, então peguei um pano e busquei o recipiente contendo a água fervendo, despejei as devidas quantidades nas canecas, deixei a chaleira em cima da bancada e voltei à me sentar.
Violetta: Acha que ele está bem lá?
Arneide: O Senhor Henry não é mais uma criança, deve estar cercado de secretárias, empresários, gerentes, assessores e todo esse tipo de gente, com uma reunião atrás da outra, deve ser cansativo!
Violetta: Deve mesmo... estive pensando em uma coisa, os pais deles nunca reclamaram quanto a escolha de curso dos três?
Arneide: Ah querida... pense que a senhorita e o Henry estão juntos há três anos, e eles só descobriram agora, imagine quanto ao curso que escolheram, eles não fazem ideia e nem procuram saber.
Violetta: Isso é muito triste...
Arneide: Concordo! Querida, está ficando tarde, melhor ir dormir!
Violetta: Tem razão.
Arneide: O quarto do senhor Henry ainda não foi arrumado, está da forma que ele deixou, será arrumado antes do almoço.
Violetta: Obrigada, Arneide!Deixei minha caneca na pia e subi para o andar dos quartos, abri a porta devagar e após entrar fechei a mesma, a cama parecia ter sido arrumada às pressas, puxei as cobertas e me aninhei lá, seu cheiro ainda estava aqui, fiquei pensando nisso até ouvir meu celular tocar, procurei o aparelho pelas cobertas até que finalmente achei e atendi.
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Tudo sempre volta
Fiksi PenggemarEles são apenas jovens, mas passarão por inúmeros desafios e problemas, cada um mais difícil que o outro. Mas eles não são tão normais quanto parece, como será que esses pequenos gênios e talentos passarão por essas dificuldades? Muitos mistérios...