Primeiro capítulo.

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Sasuke andava de um lado para o outro com a pequena Sarada em seus braços. Sua filha chorava sem parar, deixando-o aflito.

— Itachi, eu não sei mais o que fazer! — dizia para o irmão mais velho, o qual estava tentando ajudar a fazer sua sobrinha parar de derramar lágrimas. — Já faz dois dias que ela está assim...

— Sasuke... — Itachi ergueu as mãos, pedindo-a, e pegou a bebê nos braços. — Vai descansar que irei passear com ela.

— Sarada precisa do pai dela — disse, relutando, sem querer entregar a pequena criança.

Itachi respirou fundo.

— E você precisa descansar! — o mais velho pegou a bebê dos braços de seu irmão, deixando o outro Uchiha com uma cara emburrada. — Suas olheiras e sua canseira denunciam o quanto você está exausto, otouto.

Sasuke se deu por vencido e decidiu ir para seu quarto e tomar um banho, para enfim relaxar e poder tirar uma soneca na qual ele necessitava. O trabalho estava esgotando suas forças e se sentia um péssimo pai por não saber lidar com Sarada.

Já na sala, Itachi pegava seus pertences e os de Sarada para irem passear, o que o tio babão amava fazer. Cuidar da filha de seu irmão nunca foi ruim, mesmo com toda o berreiro que fazia, Sarada continuava sendo seu anjinho que ele queria por em um potinho e proteger das maldades do mundo.

Os dois saíram de casa com a pequena num carrinho preto e vermelho, agora brincando com seu sapinho de pelúcia. Havia deixado de chorar, provavelmente tinha se esgotado.

Durante a caminhada, Itachi ligou para seu namorado, Deidara, e o chamou para o local onde passaria a tarde com a sobrinha. O loiro sempre o ajudava com a bebê e a fazia rir com bobagens e cócegas. Passar a tarde com dois de seus três bens mais preciosos era o que mais queria.

Chegaram na pequena praça ali pertinho a passos lentos de Itachi porque volta e meia parava no meio da calçada para fazer a sobrinha rir. Sentou-se num banco que estava na sombra de uma árvore, onde estendeu um pano no chão e deixou a pequena Uchiha ali, brincando com seus brinquedos e uma vez ou outra o mais velho se juntava a ela. Minutos depois tinha o namorado ao seu lado, o beijando e dando atenção à bebê.

Em certo ponto, quando já estava pronto para tirar uma soneca e começado a ficar preocupado por ficar longe da filha, Sasuke decidiu ligar para o irmão, o qual deixou Sarada brincando enquanto atendia a ligação e ficava de olho pois Deidara havia ido comprar sorvete. Sasuke não conseguiria dormir, não quando Sarada não estava por perto.

No momento em que Itachi deu as costas à pequena para responder o questionário de estado da sobrinha, a citada começou a engatinhar para longe de seus brinquedos e, consequentemente, longe do tio babão que falava com o pai mais babão ainda. 

Inocentemente, Sarada foi lentamente para um pequeno arbusto de magnólias, onde se encantou com as mesmas, porém, como era um arbusto grande e o oposto do tamanho da bebê, Sarada ficava escondida atrás das folhagens.

Um pouco mais afastado, enquanto a pequena brincava com as flores, os tios se desesperavam, deixando um Sasuke do outro lado da linha mais louco ainda.

— Como você pôde perdê-la? — Sasuke perguntava incrédulo, se enfiando na primeira roupa que apareceu em sua frente para poder ir até a praça e achar sua filha.

— Ela estava brincando aqui enquanto eu falava com você e Deidara ia comprar um sorvete... — Itachi se sentia culpada pelo sumiço da sobrinha e Deidara sentia-se do mesmo jeito, já que ambos tinham sido desatentos. — Vou avisar os guardas do parque para iniciarem uma busca por ela...

O BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora