Caixa de Nekos

Sobre gatos e um homem no meu sofá

Sábado 2:17 a.m

Cruzando uma rua encontravam-se dez jovens, animados e também alterados os dez seguiam um pouco barulhentos demais para aquele horário, o grupo havia saído na noite de sexta para comemorar o aniversário de Tobio — o mais novo entre eles — haviam se encontrado em um restaurante bastante frequentado por eles e aproveitaram o máximo que puderam, afinal não é todo dia que o bebê do grupo faz vinte anos.

Agora eles voltavam do restaurante, andando vagarosamente pela rua, sabiam que estava na hora de cada um seguir seu caminho até suas respectivas casas, mas depois de tanto tempo sem conseguirem marcar algo onde os dez tivessem como comparecer aquele momento se tornava nostálgico, então apenas ficavam enrolando e fazendo bobagens no meio da calçada.

O aniversariante em questão andava um pouco mais para trás do grupo, observando seus amigos que haviam tirado um tempo para comemorar com ele uma data especial, divagava lembrando-se dos dias em que era mais novo e se animava para ir brincar com seus senpais, todos foram sempre muitos próximos e foram muito simpáticos com o pequeno e tímido Tobio cujo tinha treze anos quando conheceu Sugawara que foi quem o apresentou aos outros garotos, depois disso ele, mesmo que sem saber, já estava incluído ao grupo. Coração de amigo sempre cabe mais um.

Ele que estava tão concentrado em suas memórias não pode de evitar dar um pequeno pulo quando sentiu algo felpudo encostar em seu tornozelo, o garoto olhou para baixo observando uma pequena bolinha de pelos laranjas rolar pela calçada, o gatinho parecia atordoado e cambaleava ao que conseguiu se colocar em pé.

— Huh?...

Kenma percebendo a súbita parada do amigo virou-se para conferir se estava tudo bem.

— Kageyama? Que foi? — Seguiu o olhar de Tobio e percebeu o gatinho alaranjado em sua volta, pelo tamanho julgou ser um filhote.

Ele voltou um pouco para trás para poder chegar até o gatinho, que parecia bem assustado pelo trombo repentino. Os outros garotos agora também tinham sua atenção ao pequenino.

Ao lado de Kageyama havia um beco que parecia ter sido de onde o alaranjado havia saído, e do mesmo beco dois outros gatos saíram apressados em direção ao laranja, um cinza e um bicolor preto com amarelo.

— Ah meu deus, eles são tão fofinhos! — Oikawa contemplava os gatos como se fossem a coisa mais linda que já tivesse visto.

— Posso tocar? — Yamaguchi já estava quase em cima do gato cinza.

— A-ah Tadashi e-eu acho melhor não — Asahi disse nervoso que o gato pudesse o morder ou o arranhar, afinal em seu entendimento aqueles eram gatos de rua logo seriam ariscos.

— Eles vieram de lá? — Suga comentou olhando o beco, ele ligou a lanterna do celular e dirigiu-se ao local. Akaashi, Kenma e Tendou foram logo atrás enquanto os outros seis continuaram a babar nos três gatos.

O que eles encontraram foram sete outros gatos, cada um com suas características distintas perambulando entre um amontoado de caixas, quatro se afastaram ao notar os garotos e três deles tomaram uma posição defensiva como se estivessem tentando proteger os outros, dois de pelagem preta e um de uma pelagem marrom escura, o preto de pelos curtos miou e o marrom voltou-se para trás para ficar com os outros quatro, o preto de pelagens longas entretanto apenas rosnou sem deixar-se sair da defensiva.

Akaashi olhou para os agora cinco gatos no fundo, dois descansavam sendo eles um preto e um amarelo que pareciam exaustos, e havia também havia um sentado ao lado dos dois que desfadigavam, ele sendo de uma pelagem aparentemente verde, ele parecia zelar os outros — agora o marrom havia se juntado a ele — contando também com um outro que estava igualmente deitado junto aos outros, porém esse estava acordado, observando o gato melhor pode notar que uma de suas patas estava machucada, o gato bicolor de pelagens brancas e pretas parecia inquieto como se só estivesse parado por causa da pata, ele deveria estar com uma dor intensa ao ter o membro naquele estado, Akaashi como um veterinário não conseguiu não querer cuidar do animalzinho.