Capítulo 2

1.3K 227 34
                                    


Quando Jiang Cheng acordou, ele estava num local escuro, que ele não fazia ideia onde era. Depois de olhar em volta e não reconhecer nada de seus arredores, ele começou a entrar em pânico. Quem o teria trago ali? Onde era esse lugar?

Ele se levantou do banco de pedra que estava e começou a tatear as paredes, procurando uma forma de sair dali. Ou pelo menos chegar a um lugar com mais iluminação. Assim que saiu da câmara mais escura onde estava, ele reparou que a caverna que estava era possivelmente bem grande. Jiang Cheng continuou apalpando as paredes até ver a entrada da caverna, mas assim que ia se aproximar, ele viu alguém entrar ali.

— Ah, finalmente está acordado. — ele ouviu o outro dizer. Sua cauda longa e branco-prateado no ventre com azul-petróleo no dorso e suas nadadeiras ventrais quase transparentes que pareciam asas, seu rosto que tanto parecia o do irmão, ele tinha certeza que aquele era Lan Xichen.

— Onde eu estou? — Jiang Cheng perguntou.

— Está na minha caverna. — Lan Xichen disse. — Desculpe pelo golpe na cabeça, provavelmente está doendo. Eu não estou acostumado com visitas...

— Desculpe eu, por ter me aproximado de sua caverna. — Jiang Cheng falou, corando. — Eu fui avisado a não me aproximar e mesmo assim, eu não pude evitar...

— Bem... Se está melhor agora, é melhor ir logo embora... Devem estar preocupados com você. — Lan Xichen falou.

— Wei Wuxian deve estar babando em seu ovo e nem deve ter reparado que passou algum tempo desde que saí... — Jiang Cheng riu, mas sem muito humor.

— Então você é o irmão de Wei Wuxian? — Lan Xichen perguntou.

— Sim, meu nome é Jiang Cheng. — ele falou, fazendo uma leve reverência.

— Sou Lan Xichen. É um prazer conhecê-lo, apesar das circunstâncias. Desculpe de novo pelo golpe...

— Não se preocupe. — Jiang Cheng falou. — Já está escuro lá fora? — ele perguntou ao ver a lâmpada de algas bioluminescentes na mão do outro.

— É quase noite. — Lan Xichen explicou, levantando um pouco a lanterna, que tinha um brilho azul intenso muito característico.

Ao fazer esse movimento, entretanto, ele iluminou a câmara atrás de si, e Jiang Cheng voltou a ver o brilho do ovo perolado naquela pequena câmara, do outro lado de onde estava. Ele olhou, reconhecimento em seus olhos, e Lan Xichen fechou a cara imediatamente, abaixando a lanterna e apontando para fora da caverna.

— Fora! — ele falou primeiro, e então, como se reparasse em sua falta de modos, completou. — Seu irmão deve estar preocupado.

Jiang Cheng não se atreveu a dizer mais nada, e saiu o mais silenciosamente possível de dentro da caverna. Ele foi imediatamente para a caverna de Wei Wuxian e Lan Wangji. Assim que chegou, Wei Wuxian veio em cima dele.

— Onde você estava? Você está bem? Eu já estava quase chamando os outros para começar uma busca... Você sabe quanto tempo passou fora...? — Wei Wuxian falou, abraçando e apalpando Jiang Cheng para ter certeza de que ele estava bem.

— Eu estou bem, saia de cima de mim! — Jiang Cheng reclamou. — Uma pessoa não pode nadar por aí por algumas horas em paz...

— Afinal, onde estava? — Wei Wuxian perguntou. — Eu olhei pelo recife mas não o encontrei, e por um momento, cheguei a achar que tinha ido embora sem nos avisar.

—Eu disse, estava nadando por aí... — Jiang Cheng tentou desconversar.

— Não faça mais isso, eu não sei se meu coração frágil aguenta outro susto assim... — Wei Wuxian falou com uma mão no peito, daquela forma dramática que ele frequentemente agia. — Nós já comemos o jantar, você comeu algo?

Uma Pérola na Imensidão AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora