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Eu juro que não sei como me sentir, confusa, magoada, triste, desesperada ou aborrecida. Estou uma confusão de sentimentos.
Meu namorado, agora ex, terminou comigo justo na véspera de Natal, justo no dia da nossa viagem para o Canadá onde eu iria conhecer sua cidade natal e sua família. Ia ser nossa primeira viagem juntos e eu estava louca para conhecer o país.
Logan simplesmente chegou em casa — eu já estava com as malas prontas e com um sorriso enorme no rosto — e rompeu nosso relacionamento como se nunca tivesse se importado com nós dois. Justificou que não me amava mais e foi embora sem olhar para trás.
Eu não sabia o que sentir na hora que ele me deixou, meu coração errou as batidas e fiquei apenas tentando digerir o que ele tinha dito. Nos primeiros cinco minutos pensei que fosse alguma brincadeirinha dele, mas Logan nunca foi de brincar. Quando se passaram dez minutos achei que ele se arrependeria e a qualquer momento iria bater na minha porta e pedir para voltar. Depois de meia hora as lágrimas tomaram conta do meu rosto e os soluços ecoaram pelo apartamento quando minha ficha finalmente caiu.
Eu sempre fui uma namorada disposta a ceder tudo para pelo menos receber um pouco, ele sempre foi ocupado — na escola, em casa, na faculdade, com o time de basquete, com o projeto de ciências, mas nunca comigo — e eu nunca quis parecer a namorada chata implorando por atenção.
Estávamos juntos há quatro anos, começamos a namorar no último ano do colégio e eu sempre fui apaixonada por ele. A única pergunta que se passava pela minha cabeça era: como o amor pode acabar de uma hora para outra?
Bom, o amor dele. Porque o meu ainda existe.
Desisti de viajar com a minha família para conseguir viajar com ele e agora estou sozinha no meu apartamento, completamente desolada. Pelo menos já parei de chorar.
Eu adoro o Natal, mas depois desse episódio horrível acho que não vou mais me lembrar da data com um quentinho no coração e sim com um aperto.
Senti meus olhos começarem a lacrimejar, mas eu não iria mais chorar por ele. Respirei fundo e comecei a desfazer as malas, não vou conseguir uma passagem para outro lugar em cima da hora, então vou ficar por aqui mesmo.
Passar o Natal sozinha em Salt Lake City, que ótimo.
Comecei a procurar locais que estariam abertos hoje, não queria passar o Natal sozinha e em casa. Seria deprimente demais.
Um restaurante me chamou atenção, na verdade em cada página que eu entrava ele aparecia, dava a impressão que eu precisava mesmo ir até ele. O local aparentava ter algo de mágico nele — além do nome —, parecia ser bem aconchegante e encantador.
Peguei meu carro e usando o GPS do celular consegui chegar ao destino que queria, Magic In Air, talvez eu precise mesmo de um pouco de magia para que essa noite não se torne a pior da minha vida.
