03. Luzes verdes em néon brilhavam entrando em contraste com a noite escura.

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Um cartaz grande decorava o muro da cidade. Nos telões, prévias passavam e inclinou a cabeça para o lado, observando o cartaz de um novo filme. Lançaria daqui há um mês, era o que dizia. Colocou as mãos dentro do bolso da calça e girou os calcanhares, indo em outra direção. Segurou o celular com força, olhando para o GPS com a localização do lugar. Nunca havia ido nesse restaurante, por isso, precisou pedir a localização para Namjoon hoje de manhã antes de sair de casa.

Percebendo que estava muito longe do lugar ainda, foi até o ponto mais próximo, pegando um táxi. Os faróis reluzentes do carro iluminavam o caminho, junto aos postes e luzes por toda a cidade. O coração batia rápido, estava ansioso. Apesar de não ter querido ir a princípio, estava engolindo a ideia com mais facilidade do que antes. Poderia conhecer uma pessoa muito legal e quem sabe fazer uma amizade?

Ajeitou as costas no banco, sentido a jaqueta de couro se juntar com a blusa de gola alta preta que usava. A corrente ainda estava lá, com o "J" sendo o chama atenção pelo contraste grotesco do prata ao preto. Os anéis habituais não tinham saído de seus dedos, continuavam lá, onde era seu lugar. A dificuldade mesmo foi seu cabelo. Depois de passar longos minutos se encarando no espelho, pensando qual tipo de penteado era o melhor para si. No final, optou por jogar o cabelo para trás, colocando um pouco de gel para sustentar, deixando sua testa a mostra.

O táxi parou exatamente em frente ao lugar, e Jimin encarou o nome do local, brilhando em letras verdes néon e escritos em letras bonitas. Pelas janelas de vidro, podia ver a fumaça emovimentação dentro do lugar. Pagou o táxi, — não esquecendo dessa vez. — e entro no lugar sendo acolhido pelo cheiro de especiarias. Pegou o celular entrando na conversa que tinha dito com Namjoon hoje mais cedo. As mesas já estavam reservadas e caminhou olhando para tudo com curiosidade. Informou para a atendente que já tinha mesa reservada e disse o nome, fazendo com que a mulher olhasse em sua lista e depois o levasse até o lugar.

Ela não tinha chegado. A mesa estava vazia e já tinha se passado dez meninos do tempo marcado. Mordeu a parte interna na bochecha, se sentando meio receoso. A atendendo perguntou se ele iria pedir algo, mas Jimin disse que estava esperando uma pessoa para começar a pedir.

Para ser bem realista, o loiro estava com medo de levar um bolo.

Respirou fundo, olhando para o celular repousado em cima da mesa. Tinham marcado as sete horas, e já eram sete e quinze. Como um ato involuntário, Jimin começou a bater o pé no chão, tediado pela demora.

Sete e vinte e nada da garota chegar. O garçom vinha mais um vez com seu bloquinho, perguntando se o garoto queria algo, pelo menos uma água. Negou com a cabeça agradecendo e apoiou o queixo na palma da mão, cansado. Não queria ser chato, mas Jimin sempre foi bem pontual e gostava quando as pessoas também eram assim. Mas bem, vai que ela estava ocupada? Era o que pensava.

Sete e meia, Jimin já havia desistido de ficar procurando pela garota na loja. Desistiu de olhar para a porta toda vez que fosse aberta e pegou seu celular entrando em qualquer rede social. Estava irritado. Poderia estar desfrutando do seu dia de folga, mas não, estava esperando uma garota que nunca iria aparecer. Revirou os olhos quando viu o horário, estava prestes a desistir e ir para casa. Nunca deveria ter aceitado essa proposta estúpida.

— Eu juro que mato o Namjoon.. — murmurou baixinho, desistindo de mexer no celular e encarando as mãos juntas na mesa. — Eu nunca deveria ter aceitado isso. Nunca, nunca nunc-

— Boa noite, você é Park Jimin?

Jimin ergueu a cabeça rápido, arregalando levemente seu olhos. A garota inclinou a cabeça para exerga-lo melhor e ergueu as sobrancelhas confusa.

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