A chegada

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-Não, não, não, ainda falta pelo menos um mês...- Harvey disse nervoso andando de um lado par ao outro.

-Acho que o bebê não concorda com isso! - Donna falou tendo outra contração.

-Eu vou ligar para ambulância...- Harvey disse. - Merda, estou sem sinal... - Ele disse olhando a tempestade que caia do lado de fora. –Mas ainda falta muito...  não pode nascer agora! – Ele estava apavorado.

-Harvey, respira.... - Donna falou. - Vamos para o hospital.....

-Certo, hospital! - Harvey estava em modo automático, ele andou até ela e ajudou ficar de pé, vendo a poça se formar onde ela estava sentada, definitivamente a bolsa dela tinha estourado.

Com dificuldade eles chegaram até o carro, as crianças estavam aflitas percebendo que tinha alguma coisa errada.

-Está tudo bem crianças, está tudo...uuuuhhh...- Donna falou quando outra contração atingiu ela.

-Papai, por que o carro não ta andando? - Alice perguntou.

-Eu acho que temos um problema. - Harvey disse vendo que o carro não ligava. Nesse momento um raio coloriu o céu e então eles viram a casa ficar escura.

-Mãe, acabou a luz...- Jack perguntou.

-Harvey.... - Donna falou.

- Vamos voltar para casa.... - Harvey disse.

-Papai, mamãe tem que ir para o hospital! - Alice disse falando o obvio.

-Isso, o bebe vai nascer.... - Jack falou.

-Harvey...o bebê.... - Donna nem precisou falar, Harvey leu ela.

-Ok crianças, vamos levar a mamãe para dentro, enquanto eu ajudo ela, Alice com a lanterna do celular procura vela e fosforo, Jack você pega toalha, lençol limpos  e leva para o nosso quarto... - Harvey falou saindo do carro.

-Ok pai! - As duas crianças fizeram o mesmo e correram para dentro da casa.

–Eu acho que... – Ela não conseguiu terminar a frase, outra contração a atingiu. Ele imediatamente correu para o lado dela e segurou em sua mão até passar. Quando se recuperou, ela disse cansada. – Você vai ter que fazer o parto....

Ela começou a chorar enquanto ele a ajudava subir as escadas. – Foi uma péssima ideia ter vindo para cá, você tinha razão... – Ele a abraçou. – E agora a vida do nosso bebe esta em risco por minha culpa... - Ele a ajudou deitar na cama.

–Não chora... – Ao vê-la chorando e se culpando não melhorou em nada a situação, na verdade só o deixou ainda mais aflito. - Olhe para mim, vai ficar tudo bem ok? Vamos fazer isso junto! – Disse ele segurando firme na mão dela.

Ela ia respondê-lo, mas outra contração veio e ela teve que esperar passar. - Juntos! – Falou ela ofegante.

–Always! –Respondeu ele beijando a testa dela e ajudando ela a se apoiar na cama mais confortavelmente. Harvey respirou fundo e disse.

As crianças corriam de um lado para o outro pegando as coisa que Harvey pedia, enquanto ele tentava arrumar tudo. Na hora do parto cada criança ficou ao lado de Donna, enquanto Harvey ficou de joelho na cama. Duas horas depois, Donna finalmente o informou que se sentia pronta pra empurrar, então ele ficou no meio das pernas dela para poder segurar o bebe assim que nascesse.

–Força Donna, eu já estou vendo a cabeça! – Falou ele com uma emoção em sua voz e as crianças vibravam animadas ao lado.

Ela estava empurrando o máximo que podia. E empurrou, empurrou, empurrou, até que ele gritou. – Donna saiu a cabeça... – Ele estava apoiando a cabeça da filha com as mãos.

Ela empurrou mais um pouco e então pode ouvir o alto e forte choro do bebe, isso a fez chorar junto, parte por alivio, e outra por alegria de seu bebe estar "bem". – Harvey  esta tudo bem? – Perguntou ela ainda aflita.

–Eu.. eu.. acho que sim! – Falou ele com lagrimas em seus olhos.

Ele limpou a criança, enrolou ela em duas cobertas e a entregou para Donna, as crianças estavam sentadas ao lado de Donna.

-Muito bem, conheçam a nova integrante da nossa familia! - Harvey disse entregando o bebê para Donna. - É uma menina!

Donna a colocou em seu seio e a menina começou a mamar preguiçosamente. – Ela é linda..- Disse ela beijando a pequena mãozinha do bebe.

–Sim ela é! – Ele a beijou delicadamente nos lábios.

-Ela é tão pequenininha... - Jack falou acariciando a cabeça da irmã.

-Eu sabia que era menina! - Alice disse eufórica.

Após certificar-se que as duas estavam bem, ele foi se limpar, depois que a bebe se alimentou, ele deixou as  "olhando" o bebe enquanto ajudava Donna a se limpar, depois ele trocou o lençol da cama deles e então Donna a bebê e as crianças se aconchegaram nela. - Hey, nós conseguimos! – Disse ele alisando a cabeça da filha, vendo Alice e Jack dormindo ao lado de Donna.

–Ela.. ela é tão.. pequena.... – Ela ainda estava preocupada. – Ela deveria ir para uma incubadora ou algo assim.... – Ela voltou a chorar.

– Amor, ela esta bem, ela vai ficar bem... amanhã assim que amanhecer vamos para o hospital! – Nesse momento a menina soltou um pequeno espirro e eles riram.- Viu, ela vai ficar bem!- Ele estava tentando transmitir calma para ela, mas a verdade era que ele estava desesperado, ter um parto nessas condições certamente não era saudável, mas ele tinha que se manter forte para suas meninas.

-Ela precisa de um nome...- Harvey disse. 

- Eu tenho um nome... - Donna falou baixo para não acordar os outros filhos. - Ela se parece com Lilly... 

-Lilly James Paulsen Specter! - Harvey disse emocionado.

-Eu amo você! - Donna falou.

-Eu te amo mais...- Eles se beijaram.

Dias Depois....

Lilly já estava com três meses, ela tinha nascido tão saudável que nem precisou ficar na incubadora, então eles voltaram para a casa deles e estavam tentam se organizar nessa nova rotina com um bebê em casa e estava sendo bem difícil para todos.  Naquela manhã seria o primeiro dia que Harvey voltaria para o trabalho e as crianças para a escola.

-Bom dia! - Donna falo com a mesa pronta com tudo que os três mais gostavam. - Eu sei que temos passado dias difíceis desde que Lilly nasceu, mas hoje esse é uma forma da gente dizer bom dia, que vocês são incríveis e que amamos vocês! - Donna afalou chorosa, ela ainda estava tendo alto e baixos com hormônios mas nada muito grave.

-Nós também amamos vocês, certo crianças! - Harvey disse indo abraçar ela.

-Sim! - As crianças falaram então eles se abraçaram.

 Depois do café, as crianças saíram e Donna foi arrumar as coisas, porém ela percebeu que Harvey tinha esquecido uns papeis, então ela teve a ideia de ir visita-lo no escritório.

Então ela tomou um rápido banho aproveitando que Lilly ainda estava dormindo, depois amentou, banhou e arrumou a criança, pegou a bolsa e o carrinho e se preparou para sair, mas nesse momento tocaram a campainha.

Trapaças do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora