Meeting Myself

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- RENMIN –
- PLOT -

O garoto fechou a cara, com uma expressão de raiva, enquanto a angustia crescia em seu peito, seus olhos se estreitaram, imperceptível aos olhos alheios. Seus pulmões prenderam o ar, em questão de segundos, o soltando furiosamente, criando um suspiro negativo, junto a seus joelhos que intercalavam o peso de seu corpo. Ele estava se sentindo desconfortável.

O olhar do progenitor rodeou seu corpo.

Era para seu bem, tinha que ser.

Seus dedos batiam insistentemente em seu braço esquerdo - por estarem cruzados -, recebendo um olhar de reprovação vindo do pai.

As janelas abertas estavam sendo fechadas, enquanto muitas pessoas se moviam no cômodo que antes pertencia a si – talvez alguns em segundos deixaria de ser seu, então poderia todavia chamar de seu.

A adrenalina corria por suas veias, o sangue borbulhando e a mente nublosa em pensamento negativos sobre a decisão de seu pai.

Enquanto seus olhos evitavam contato visual com qualquer um dentro do quarto, sentia raiva, vontade de dizer que não faria como o combinado e que preferia ficar em casa trancado pelo resto de sua miserável vida, até que morresse. Quem sabe, algum dia isso se passasse em sua cabeça.

Mas seus pensamentos não se centravam em sua saída, se não no trato para que saísse de casa.

O cômodo agora era frio, neutro e vazio, enquanto três ou quatro malas estavam na porta, as prateleiras que antes portavam fotos e objetos decorativos, agora era uma simples madeira reta e branca, não levando nada por cima, ao menos pó. Estava limpa.

A cama que antes tinham lençóis escuros agora exibia um branco simples, e o travesseiro meio desarrumado, torto na cabeceira, deixando o menor se sentindo um relaxado. Os tapetes, as cortinas, até mesmo seus armários já não estavam no quarto. E ele apenas levaria suas quatro malas.

Ele viajou seus olhos pelo pé da cama, querendo saber de onde vinham os pequenos e míseros arranhões nos mesmos, inclinando sua cabeça para baixo, realmente interessado.
O som da chuva chicoteava o vidro da janela, e estava muito nublado afora, as nuvens faziam questão de cobrir todo o céu limpo, o deixando acinzentado e sem vida, junto aos ventos desgovernados e fortes que batiam contra as árvores e suas folhas, provocando um atrito constante da planta contra suas próprias folhagens, em direções completamente diferentes.

Relâmpagos eram ouvidos, claramente, a chuva engrossava gradualmente, de acordo com o som mais estridente e grosso, fazendo ele encolher os ombros a cada som.

Renjun, sempre foi protegido, sempre. Sua vida foi rodeada de segurança e portas. Era para seu bem. Sempre era – de acordo com seu pai –, e por isso ele não reclamava. Até mesmo não pensava muito nisso, ele não tinha colegas ou ao menos namorados, apenas ficava lendo ou assistindo televisão, até chegar a hora dos estudos particulares – que haviam se encerrado a exatamente trinta e oito dias – ou de comer.

Era normal para si.

Ele nunca escolheu aquela vida, ele não escolheu porque não lhe pertencia, a seu pai sim, mas à ele não.

Os Huang’s eram de uma família perigosa, envolvida em política e alguns outros fatores que influenciavam em sua riqueza e poder. Contra a corrupção e a favor de políticos que a maioria discorda.
Era como se fossem ao contrário da maioria, mas sempre acabavam influenciando outras grandes famílias, que influenciavam outras e outras, era como uma cadeira alimentar. E eles estavam no topo.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2020 ⏰

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