A árvore

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Dias depois

Pov Sadie

Estávamos correndo, na verdade Finn estava correndo eu fico me perperguntando como alguém que só veste tecidos tão pesados consegue correr daquela forma. Sinceramente ele tinha muita energia, talvez por isso se desse tão bem nas brigas.

•>Dá pra andar mais rápido Sink?- ele pergunta e eu nego ofegante, fazendo uma pausa para apoiar minhas mãos em meus joelhos. Minha respiração ofegante me impedia de falar algo em resposta. E como resposta ao meu silêncio ele retornou e bufou ao se aproximar, virou de costas e olhou por cima dos ombros me alcançando com olhar.

•>Tem como subir aí? Não temos a tarde toda, ainda temos que estudar pro teste de literatura,- ele disse e eu neguei.

•>Eu vou te machucar se subir,- eu disse e ele negou.

•>Claro que não você teve ter um peso de uma pena, sobe logo.

•>Nem fudendo Finn, eu ainda tô com a mochila, vai pesar mais ainda.

•>Sadie, não vai, anda logo,- ele falou e se aproximou, com cuidado coloquei as mãos em seus ombros e peguei impulso ali, e assim que obtive ele me auxiliou e segurou minhas pernas, me mantendo firme ali, e voltou a sua árdua caminhada.

E só quando estávamos bem mais adentro da pequena  floresta que havia ali eu desci e subimos na árvore robusta e enorme na nossa frente. Finn se sentou em um dos galhos e eu fiz o mesmo porém em um galho que ficava em frente ao seu. Ele tentava arrumar seus cachos mas como sempre não adiantava de nada enquanto eu estava com as costas apoiadas abrindo a mochila e pegando o livro que havíamos  começado  juntos.

•> Você vai realmente ler um romance barato aqui?- ele perguntou e eu assenti.

•>Algum problema?- pergunto ao cacheado.

•>Claro que sim, eu muito ruim esse livro,- ele disse e eu ri.

•>Considere como estudo pro teste de literatura.- eu digo e ele bufa fazendo uma careta.

•>Qual é? Poderia ser pior.

•>Não, não tem como isso é tortura!- ele disse e eu revirei os olhos e então começei a ler apenas pra mim mesma, da forma mais silenciosa possível.

•>Ué? Não vai ler?

•>Você não disse que era tortura? - pergunto com sarcasmo.

•>Mas achei que fosse ler,- ele disse.

•>Achei que não queria que eu lesse. - eu falei e ele olhou para um pequeno galho que estava ao seu lado e começou a cutucar o mesmo.

•> É que eu gosto...

•>Gosta de? Pergunto franzindo a testa.

•>Dá sua voz, ela me deixa calmo... eu gosto dela.- ele falou ainda sem olhar pra mim, e eu não soube oque responder, e meus olhos se voltaram ao livro e minha mente procurava respostas incansavelmente.

•>Fala alguma coisa, ao contrário desses personagens vazios desse seu livro; eu não acho que o seu silêncio seja reconfortante, ele sim é uma tortura,- ele disse e eu congelei nunca havia escutado algo parecido. E tão pouco sabia oque dizer.- eu gosto quando você está falante parece que tudo o que você fala é útil e que un dia eu vou precisar usa cada palavra que sai da sua boca.

E então eu levantei o meu olhar para ele e ele levantou o seu no mesmo instante, fazendo com que seus olhos escuros se encontrassem com os meus olhos azuis e então eu sorrir.

•>É difícil falar quando você me deixa sem palavras. Espere que eu te diga oque? Você é um idiota Finn Wolfhart
- falei e sorri da forma mais terna que poderia sorrir. Minha vontade naquele momento era de beijar os lábios do garoto a minha frente, mas uma distância me impedia de fazer isso.

E como se lesse minha mente ele ficou de pé no galho forte e caminhou como quem caminha na corda bamba e só parou quando estava na minha frente e então olhou em meus olhos, ele estava tão próximo a mim que eu podia sentir sua respiração.

•>Abra na página 346 e leia o terceiro parágrafo. - ele falou e eu não demorei a fazer, abrir na página que ele havia dito então logo o terceiro parágrafo foi encontrado.

Eu o olhei e umedeci os lábios e comecei a ler.

•>" Meus fios de cabelos foram afastados pela suas gélidas mãos, e pelo nossos corpos um calor sem igual percorria, e de forma suave ele se proximou. Seus lábios tocaram os meus e o calor já não era mas algo que emabava de dois diferentes corpos. Agora o calor vinha de um todo." Nós  éramos esse todo"

Eu terminei então, nós estávamos imersos ao livro. Suas mãos geladas afastaram meus fios ruivos, e nossos corpos realmente estavam quentes e eu tenho pra mim que era pelo misto de sensações que ele me trazia. Seus lábios de forma sutil e delicada se envolveram nos meus, minhas mãos con pressa soltaram o livro em meu colo. Eu o trazia para mas perto. Como se toda aproximidade fosse o torna pra perto de mim.

E as línguas faziam um trabalho intenso e gracioso, como quem sabia exatamente que ritmo tocar aquela música que apenas nós dois sabíamos tocar. Sua mão esquerda estava em meu rosto e sua mão direita na minha cintura, por baixo de todo o tecido, queimando quando entrava em contato com a minha pele. E eu juro por tudo que era mais sagrado que eu não queria parar. No momento em que você se afastou tudo ficou cinza, e a sua testa ali junto a minha, me tornava completa de um modo que nunca havia sentido antes.

•> Você estava lendo,- o cacheado disse sorrindo fraco.

•>Pensei que não gostasse de romances bobos.- disse.

Seus olhos estavam fechados e eu sabia que era por medo desse contato tão forte que mantínhamos.

•>Coisas novas sempre nós dão medo, mas se não arriscamos, não vivemos,- eu falei e ele abriu os olhos e me encarou, se esquivando de todo medo que o impedia de fazer isso, e com minha mão ainda em sua nuca, entre seus cachos negros eu acariciei ali e sorri.

•>Tá tudo bem ter medo de certas coisas, eu por exemplo sinto medo de muita coisa, mas as vezes se trabalharmos juntos conseguimos superalos.

Sua mãe encontrou a minha e ele assentiu e então eu sorrir minimamente antes de selar meus lábios aos seus.

Mas tarde naquele dia eu voltei para casa, Dona Clarice a moça que cozinha fez meu prato favorito Parmentier de canard, é um prato francês que minha mãe sempre fazia, esse prato me lembra ela, talvez por isso seja a minha comida favorita. Logo depois eu e meu pai preparamos, e comemos pipoca enquanto assistiámos Dançarina Imperfeita, sim, você não leu errado, meu pai tá fazendo o possível pra se aproximar de mim, ele se arrependeu de ter perdido 16 anos da minha vida, eu acho que ele quer recuperar o tempo perdido, e eu não vou ficar bancando a adolescente revoltada, eu perdoei ele e quero realmente que nós dois possamos ter uma relação de pai e filha. Depois que o filme acabou,o mais velho acabou dormindo na sala de costume, eu o cobrir com uma manta e subir para o meu quarto e me atirei na cama, respondi algumas mensagens da Millie, eu e ela estamos bem distantes esses últimos dias por eu acho que é porque estamos passando muito tempo com os nossos namorados, se é que eu posso chamar o Finn de "namorado", logo depois depois tomei um banho rápido vestir meu pijama e dormi.

E dá mesma forma rápida eu adormecia, eu corria para os seus braços. Eai, Wolfhart, eu esquecia que uma criança ao dar seus primeiros passos cai a todo momento. E na corrida que eu percorria até você eu acabei me machucando mas do que o esperado.








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