DECLARETIONS OF LOVE

Louis

POV MILLIE:

Faz um mês que saí do hospital, caramba eu perdi um ano da minha vida, as coisas estão normais por assim dizer, eu não consigo me lembrar de nada até uma parte de Maldivas o médico disse que com o impacto meu cérebro se mexeu pra frente e pra trás o que me fez perder a memória, parece que eu e Finn namorávamos e que éramos felizes, mas eu não consigo me lembrar, toda vez que o vejo sinto dentro de mim algo querendo me empurrar prós seus braços e quando estou longe me sinto vazia.

Depois de pegar meu pedido na cafeteria pego meu celular e vejo uma mensagem de Sadie, concentrada na tela acabo esbarrando em alguém e derramando café

M - aí minha nossa me desculpa - digo desesperada tentando limpar a camisa do menino ainda não tinha olhado seu rosto
L - tudo bem - ele diz rindo e eu finalmente olho em seus olhos ele era lindo ele também parece me encarar - sou Louis prazer - ele diz estendendo a mão e eu aperto
M - Millie, muito prazer Louis, e olha se quiser eu pago seu pedido eu sinto muito de verdade
L - não não, tá tudo bem mesmo, mas pode se desculpar tomando um café comigo que tal - ele propõe risonho
M - claro porque não - eu digo e vamos em direção a mesa

Passamos a tarde conversando ele é super engraçado fofo e divertido acho que tenho um novo amigo.

Depois de um tempo na cafeteria vou pra casa, meus pais me deram um carro novo igualzinho ao antigo mesmo depois de ter levado semanas pra me deixarem dirigir de novo.

Ao chegar cumprimento minha família e vou pro quarto e tomo um banho, depois de um jantar cheio de risadas subo pro meu quarto a lua estava maravilhosa está noite então saio e vou pra minha varanda a luz da lua abraça meu corpo quente me fazendo sorrir

Encaro aquele brilho que está a milhões de quilômetros de distância mas me parece tão perto é um sentimento tão familiar

(...)

Na boca da mata mal Millie sabia que Finn a observava como a várias noites tem feito, principalmente em luas cheias, aquele era o mais perto que ele conseguia sentir de sua garota, eles faziam parte do mesmo grupo de amigos é claro, mas parece que quanto mais perto mais distante, ele desvia seu olhar de Millie e encara a lua que iluminava a noite, eu sempre quis te ver de novo Mills, te pedir desculpas e dizer que te amava, ele pensa como se estivesse dizendo a sua garota.

Após Millie entrar em seu quarto ele segue o mesmo caminho de volta pra casa.

POV MILLIE:

Já faz quatro meses que estou saindo com Louis, e dois meses que estamos namorando, ele é super fofo, faz tudo pra me ver feliz com certeza o namorado que sempre sonhei, mas porque ainda me sinto tão vazia mesmo estando ao lado dele, parece que não importa o quanto eu tente algo sempre me impede de dizer que o amo e que ele me completa.

O pessoal ainda não sabe que estamos juntos, apenas Sadie e Noah que são meus melhores amigos, vou falar pro resto do grupo hoje na cafeteria.

Quando dá quatro horas em ponto ouço a buzina de Louis soa a frente de minha casa, eu saio correndo sorridente e ele já me esperava fora do carro

M - oi amor
L - oi linda - nós cumprimentamos com um celinho

Fomos em direção a cafeteria cantando música as alturas no rádio, ao chegar estavam todos lá inclusive Finn ele parecia tão abatido suas olheiras eram profundas o que entregavam suas noites mal dormidas, eu e Louis nos aproximamos chamando a atenção de todos

M - oi gente - os comprimento com aceno de mão
L - oi pessoal - ele diz tímido se sentando ao meu

Noto o olhar de todos para nossas mãos e digo

M - pessoal esse é o Louis meu namorado - ao dizer isso todos riem surpresos e olham discretamente pra Finn que estava com seus olhos cheios de água me deixando confusa.

Depois de todos nos darem os parabéns menos Finn ele só ficou lá sentado com as costas no sofá da mesa olhando para um ponto fixo na parede do lugar completamente aéreo a qualquer coisa

C - o que acha cara - ele pergunta chamando a atenção de Finn
F - me desculpa o quê - ele pergunta
C - topa fazer uma festinha lá em casa meus pais vão viajar
F - a claro claro eu eu - uma lágrima solitária escorre e ele rapidamente a seca - eu vou adorar - ele diz forçando um sorriso - me desculpem eu tenho que ir

Ele diz e se levanta rapidamente indo a porta do estacionamento enquanto todos se entreolhavam tristonhos, ninguém tocou mais no assunto do Finn apenas ignoravam e faziam de tudo pra evitar esse tópico.

(...)

Eu andava lentamente pela areia da primeira praia que encontrei não muito longe da cafeteria, a barra de minha calça levantada o vento balançando minha camisa larga e um cigarro dançava em meus lábios enquanto aquelas palavras ecoavam por minha cabeça.

Eu sou passado tudo que vivemos foi passado cada momento de amor, cada segundo de carinho, são apenas vestígios de um passado vivido, agora eu não sou nada além de nada, pra ela eu sou apenas o cara babaca mais uma vez, e ele ocupou meu lugar, mas ela sorria, sorria ao lado dele como sorria ao meu, as pessoas sempre diziam que se você ama uma coisa deve aprender a abrir mão, eu achava uma bobagem, até vê-la sorrindo ao lado de outro alguém, eu vi que tenho que deixá-la ir, ir para longe de mim, e talvez encontrar outro alguém que preencha esse vazio, o que eu tô pensando é óbvio que não terá outro alguém, porque dentre sete bilhões de pessoas no mundo ela foi a única a me tirar da escuridão, e nada pode me fazer amar outro alguém além dela, ela é minha vida, minha felicidade, e eu preciso deixá-la ir, ser feliz pra que eu talvez possa ser feliz.

Eu apago meu cigarro e o jogo no balde de lixo da praia encaro o sol mais uma vez

Observo aquelas pessoas pais com seus filhos correndo pela areia e casais apaixonados.

Eu saio da praia e volto pra calçada, e lá estava ela rindo de algo que ele lhe disse enquanto o braço dele abraçava seus ombros, eu observo ciente de que um dia fui eu ali ela me nota e me encara sem deixar de andar, nossos olhos se encontram e eu dei um meio sorriso seguido de uma lágrima, logo desviando o olhar e continuando a andar, coloco as mãos no bolso e continuo a encarar o sol.