Decorrente de uma paixão

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Eu não sei o que é me apaixonar, muito menos o que é gostar de alguém. Porque todas as pessoas que gostei, nunca tive retorno ou alguma esperança de um amor recíproco. Mas não me considero sozinha, tenho meus amigos e eles são a base do meu viver. Até que eu precisei ver um dos meus melhores Amigos dentro de um caixão. Aí sim percebi que eu já me apaixonei, que eu já gostei, que age assim tinha um amor e foi recíproco. E eu nunca irei esquecer o quanto essa pessoa especial pra mim. E foi na hora que eu beijei essa pessoa eu descobri que era a pessoa certa pra mim, Mal sabia eu que todas as minhas expectativas criadas e desenvolvidas com cada detalhe especial que seriam feitas especialmente para mim e para aquela pessoa nunca iriam acontecer, nunca iria chegar nessa vida, por que essa pessoa morreu nos meus braços. Assim eu me despeço do meu amigo, meu companheiro. Mas agora, com ódio e sede de justiça, irei contar o que aconteceu. Acordamos Normalmente como todo dia, sempre perto do meio dia. Eu e Nicolas conversamos a madrugada toda, e só lembrei disso de manhã. Eu não sei explicar o que eu estou sentindo agora mas naquele momento eu só queria fugir com ele para longe, conversei e perguntei, rimos, choramos, e dormimos. Quando eu acordei ele já não estava mais lá, aí sim fiquei sabendo que talvez eu estivesse com louca, talvez nunca rimos, conversamos ou chorando juntos. Desci as escadas e pra minha sorte ele ainda estava lá, assim como todos os outros me olhavam com uma cara de reprovação imediata e medo.
- Ah meu Deus, o que eu fiz? - perguntei.
- Nada, só atirou com uma ARMA em toda a vidraça da rua - disse Otavio sério.
Comecei a rir e olhar pra cara de cada um estava falando sério. Me desesperei.
- Como eu arranjei essa arma?
- Se nem você sabe, como a gente vai saber? - Disse Gustavo querendo rir de mim.
Estavam divididos em dois grupos claros. Tom, Nicolas e Gaby em um e os demais no outro. Olhei fixo para o Nicolas e pensei muitas coisas que poderiam ter acontecido e que eu poderia ter evitado, e ele riu leve me olhando. Mas não parou por aí...
- Encontraram um corpo na cachoeira ontem... Baleado, Jo - disse Gustavo.
- Mas vimos que não é você, e não falamos mais nesse assunto, já demos um jeito em tudo, não é pra tocar nisso. - disse Tom.
Eu senti ódio naquela hora porque eu não me lembrava, mas ele claramente sabia o que eu tinha feito. Eu vi tudo escurecendo e cai. Desmaiei, nem sei porque. Mas foi bom, durante meu desmaio infinito lembrei de quem era a arma, e eu imaginei. Nicolas me emprestou porque vi ele mexendo e fiquei em choque quando lembrei. Lembrei de tudo o que conversei, como fui idiota, ele nem gostava de mim, e eu ali, entregando minha vida pra ele. Fui falar com ele e como de costume me ignorou e ficou me esquivando.
- Nicolas, eu lembrei!
- Jo! Fica quieta!
- Porque? Essa arma é de quem?
- Não sei, eu juro. Eu achei depois que você saiu, pensei que fosse sua!
- Minha? Ah tenha dó! Eu pensei que fosse sua!
- Ta, mas se não é sua, nem minha, é de quem?
- E você acha que eu sei?
- Desculpa ter desconfiado de você.
Ficamos conversando e eu resolvi ir na piscina. Tudo perfeito, relaxei, me resolvi com ele, e beijei ele... Mas em quanto isso...
Gaby e Joy também foram dar uma limpeza como o Gustavo, Netto e Nicolas (que mais olhou do que fez). Mas também não sou eu quem vai contar essa história...

[gaby p.o.v]
Ela começa a subir com a sua mão sobre a minha perna, tirou meu short e começou a me beijar me deixando com mais tesão. Gemi baixinho, e queria que ela viesse mais, puxei ela até ela chegar lá, me tocou uma e eu gozei, aaah foi muito bom. Saímos como se nada tivesse acontecido, mas eu devia uma pra ela né...
[gaby end]

Depois dessa história que Gaby contou, vou contar a minha parte. Vi de novo Tom, Nicolas e Gaby conversando, mas nem liguei. Se eles tivessem armando algo, o Nicolas me contaria... não? Mas não somos próximos? Enfim, nem liguei... Tava tudo perfeito. Sai da piscina. Só que quando fui subir pro quarto vi a maioria  do pessoal lá em baixo, na varanda, pensei "vou subir, me banhar e depois fico lá embaixo com eles." Mas foi bem diferente o desfecho do meu banho.
Ouvi um barulho altíssimo, e depois... Deram um grito, tinha acabado de me vestir e desci correndo. Desci tão rápido, minha vida passou pelos meus olhos, era gritos, era o tempo passando, era eu tentando entender, era eu lidando com tudo. Assim que eu desci, eu vi... Vi o Nicolas espumando, espumando por causa de veneno fajuto. Gritei e levantei ele até minha perna gritando por ajuda, ali meu mundo parou. Ninguém fazendo nada, ele ali, morrendo SOZINHO, sem ninguém ajudando. Eu não me culpo, mas a dor que eu sinto não consigo explicar. Assim voltamos ao início desse capítulo. Ali eu tive certeza, que eu nunca mais confiaria em nenhum daqueles ali. Daqueles que se diziam meus amigos, mas mataram o nosso amigo, eu vou até o fim. Eu não vou parar agora. Menos um espaço na van, o próximo pode ser o seu... ou o meu.

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