See no evil, Hear no evil, Speak no evil

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Olá! Olá! Estou empolgada para vocês verem esse capítulo! Espero que gostem!

...

O grupo entrou na casa dos Cervero. Ivete e Brúlio estavam no sofá, o homem de pele caramelo, alto e de ombros largos normalmente ocupa quase o sofá inteiro, mas agora, parecia tão pequeno, encolhido no abraço da irmã, uma mulher também idosa de cabelos grisalhos longos ao seu lado. Gregório, um homem baixinho, idoso e cabelos curtos, grisalhos, um dos olhos cobertos por um tapa olho, que foi quem abriu a porta, os guiou até a triste cena.

— Meus pêsames, Seu Brúlio e Dona Ivete... — Cesar foi o primeiro a se pronunciar — Eu sei como é isso e pode contar comigo com qualquer coisa.

— Obrigado, garoto. — Brúlio se esforçava para sorrir um pouco.

— Espero que peguem quem fez isso com o meu Arthur. — Ivete falou, seus olhos estavam vermelhos de ter chorado tanto, mas agora via-se com raiva na voz e no olhar.

— Também esperamos. — Dizia Alex, docemente.

— Quem faria isso com o Arthur-San?

— Eu não sei, Joui...- Dizia Brúlio, com os olhos lacrimejando novamente — Quem faria isso com o meu menino, Ivete? — Falava, desabando em lágrimas.

— Alguém bem filho da puta. — Ela respondeu, com ainda mais raiva.

Todos de lá viveram juntos, apenas Daniel e Alex tinham se mudado ainda crianças, então conheciam Ivete e sabiam o quão assustadora ela podia ser, mas não como eles a viam agora.

O grupo ficou lá por um tempo, buscando dar apoio aos dois e tentando lidar cada um de sua forma, o seu próprio luto.

Já devia ser umas 21 horas, o jovem Alexander estava em seu quarto conversando sobre as coisas do dia, como sentiriam falta de Arthur e outras coisas no seu grupo com todos e principalmente com Daniel, que tinha a mania de irritá-lo, ou melhor, tentar já que apenas dava risada das tentativas de pirraça do outro.

Tinha acabado de conversar privadamente com Joui sobre a ideia de usarem as imagens do show para fazer uma surpresa de homenagem ao falecido amigo, após isso, deixou o celular no carregador para poder usá-lo no dia seguinte. Ouviu alguém vindo em direção ao seu quarto, coisa que ignorou, uma vez que não era o único cômodo naquela direção e mesmo que seus pais não estivessem em casa, poderiam ter voltado para buscar algo.

O rapaz prepara suas coisas para dormir e quando ia dá uma última olhada no celular antes de dormir ele vê uma figura encapuzada, completamente de preto, com uma máscara cinza com marcas pretas, na porta.

Ele passa alguns segundos em choque mas antes de poder reagir ele é empurrado com força e acaba caindo na cama. Alex nota algo na mão da figura e antes de poder dizer qualquer coisa a mão da pessoa se ergue mostrando uma arma a qual ele reconhecia ser de seu pai.

- Me desculpa... — Ele tentou reconhecer a voz, porém antes disso um tiro afundou uma bala na sua testa.

A delegacia estava quase vazia, nessa hora haviam vários dos policiais em ronda, por causa do incidente da noite anterior a atenção foi redobrada.

Alguém se esgueirava pela escuridão entrando por areas mais escondidas do local indo direto a sala de provas, tentando se afastar de olhares, porem ignorando as presença de cameras, quase como esperasse que alguém fosse atras dele. Fazendo uma busca pelos arquivos do caso do assassinato de Arthur encontrou as fotos e vídeos que buscava, analizando e apagando todas em seguida.

Quando se preparava para sair, viu um policial, baixinho, de cabelos escuros entrando na sala, o policial se prepara para sacar a arma enquanto a pessoa mascarada sorri satisfeita com a presença do policial na sala.

Um tiro é disparado e o encapuzado se esconde dentre os armários do local, ambos sabem que o tiro chamou a atenção porém ambos sabiam também que haviam poucos policiais naquela noite.

O encapuzado se esconde esperando o policial se aproximar em sua busca e quando a distância é suficiente o de máscara puxa o policial para mais para perto, cortando a garganta do mesmo, que cai para frente com as mãos na garganta enquanto se afogava no próprio sangue. Por baixo da máscara, a pessoa sorria satisfeita e como parte final de sua "obra" furava os olhos e rasgava a boca terminando de desfigura-lo agora vendo em seu uniforme uma identificação com o nome de Gonzalez Medina.

A pessoa balanças suas mãos pingando o sangue do Medina e sai da sala de evidências como se nada tivesse acontecido vendo apenas um policial baixinho, de pele escura e cabelos escuros cacheados correndo do local em que tudo havia acontecido.

— O QUE ACONTECEU AQUI? - perguntava confuso olhando para o corpo na sala e para a direção de onde ele achou ter visto um vulto passar — O QUE ACONTECEU COM VOCÊ, GONZALES?!

Na manhã seguinte, Thiago, Daniel e Liz estavam na aula de literatura do professor Jouki, pai de Joui.

A aula girava sobre lendas locais, os alunos conversavam sobre as que conheciam até o celular de Daniel tocar.

— Sem celular na aula, Daniel! — O professor repreendeu o ruivo.

— Posso atender? É o pai do Alex e acho que ele não veio hoje.

-—Certo, certo.

Daniel saia da sala de aula, atendendo no corredor.

- Oi, tio!

— Daniel... — Ele ouvia a voz chorosa do outro lado da linha.

— O que houve, Senhor Kothe? — Ele pergunta, tenso.

— Ele morreu...

— O QUE? COMO? — Ele gritou chamando, a atenção do professor.

— Daniel? O que aconteceu? — O professor perguntou saindo da sala, encontrando Daniel pálido.

— Acham que foi suicidio... — Disse a voz da linha, com melancolia.

— Impossível!

— Daniel? — Thiago sai da sala com Elizabeth.

— O Alex... Ele...

Não eram necessárias muitas palavras para se entender o que tinha acontecido. Thiago e Elizabeth ficam simplesmente atônitos, descrentes.

O professor olha para os alunos entendendo o que aconteceu e apenas os libera, comunicando ao diretor para que liberasse seu filho e Cesar.

Daniel saiu antes mesmo de falar com os outros, foi direto para casa dos pais de Alex com os seus que já o esperava na escola. O professor pediu para que ou Elizabeth ou Thiago e Cesar ficassem com Joui enquanto ele estivesse em aula, então Elizabeth disse que ficaria com ele por um tempo. Depois apenas se despediram pesarosos e foram para suas respectivas casas.


...

Vejo vocês na próxima atualização!

Under The MaskOnde histórias criam vida. Descubra agora