Choice !!

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Tavira entrou na camioneta e não conseguia parar de pensar naquele beijo na testa doce e suave. Como e que não o vira mais cedo. Chegando a casa, a sua felicidade desaparecera.

“ Como e que agora te deu na cabeça para faltares as aulas, e desrespeitares as minhas ordens”
“pois…”

“ Pois, Tavira eu não te ensinei nada, és igual aos teus pais verdadeiros.

Ouvir magoava imenso, mais do que qualquer outra coisa. Não quis saber demais nada foi E trancou-se no quarto.Como e que por um lado a sua vida pudera estar a correr tão bem e por o outro não. Só queria ligar ao seu pai para desabafar. Nos tempos de crise, tanto quanto se lembrava, Tavira sempre virara para uma pessoa.

O amor e a confiança que tinha pelo seu pai tinham sido a única coisa que a manterá alegre. Ele estava sempre presente quando era preciso, não tanto como um porto numa tempestade, mas mais como uma mão que podia agarrar ate a tempestade passar. As suas primeiras memórias eram dele, do seu rosto belo e serio, das suas mãos ásperas, da sua voz calma, infinitamente paciente. Lembrava-se que lhe a penteava e lhe fazia tranças todas as manhas antes de ir para a escola. Fora ele que beijava as nódoas negras de quando se magoava na sua infância, que a ensinara a ler, a andar de bicicleta, que lhe enxugava as lágrimas, que tinha sempre o jeito de carinho para a fazer acalmar.

Passei a noite toda a chorar, ate que adormeci de tanto cansaço de chorar. Acordei na manha seguinte com os olhos vermelhos, levantei-me, vesti umas calças de cinta subida uma camisola bege, e tentei disfarçar os olhos mas nada resultou.

Chegando a escola toda a gente ficava a olhar para ela.

“Esta tudo bem “

“ Sim porque “

“ Parece que estiveste a chorar”

“ Ah, não e só uma alergia que ganhei.

“ Ta bem então, pensava que tinha sido de outra coisa “

“ Não este todo bem, obrigado “

Não conhecia a rapariga de lado nenhum, mas agradeci-lhe, por outro lado nunca conseguia esconder nada da erica.

“ Eu sei que se passa alguma coisa, que aconteceu?”

“ Nada”

“ Eu conheço te, anda lá contas-me todo, podes me contar agora também “

“Ok, foi a história da minha mãe outra vez”

“ Oh princesa não vale a pena”
“ eu sei que não, mas e difícil”

Ela abraçou-me e eu a ela, fechei os olhos, senti alguém a tocar-me no ombro. Abri os olhos e quando reparei já estava a ser puxada para os braços do Diogo.

Abraçou-me como se fosse a última vez. Ficamos ali ainda durante alguns minutos, toda a gente a nossa volta desaparecera. Ele conseguia sempre me fazer sentir melhor. Olhamos um para o outro sorrindo deu-me a mão e fomos fumar. Nem dissemos nada foi como se lesse mos os pensamentos um do outro…

The bad boyWhere stories live. Discover now