Capítulo 4 - A revelação

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Enquanto o som dos estalos causados pelo beijo de Kuster e Flávio Kotava ecoavam pela casa vazia, alguém interrompeu abruptamente o momento romântico.

- ..... .... .... - Uma voz que não pertencia a nenhum dos dois apaixonados falou em tom de decepção.

Kuster e Kotaka olharam simultaneamente em direção a porta principal atrás deles e Kuster avistou aquele que alguns meses atrás chamava de "namorado".

- Vagner com V? O que você tá fazendo aqui? - Kuster disse um tanto apavorado.

- Quem é você? Quem é ele Maicon? - Kotaka perguntava confuso, enquanto via Vagner com V segurando um buquê de flores em suas mãos.

- ... .... ..... ...... .... - Disse Vagner com V aos prantos.

- Eu não te troquei pelo Flá, eu só senti que não amava você o suficiente, não estamos mais juntos, então não é traição, não ouse dizer que eu te traí. - Kuster já exibia raiva em seu tom de voz.

- Maicon, você estava namorando enquanto me beijava? - Agora era a vez de Kotaka falar. - Eu sou um otário mesmo, como acreditei que depois de tantos anos você seria a mesma pessoa?

- .... ..... .... ...... ....... ...... - Vagner completou a fala de Kotaka.

- Ele tem toda razão Maicon, você é um babaca traidor, eu vou embora dessa casa.

- Não Kotaka, espera. Por favor, eu amo você. - Kuster segurava o pulso de Kokata implorando.

- Resolva o que você não terminou ainda, depois conversamos, se é que haverá depois.

Kotaka andou em direção ao quarto de Kuster e fechou a porta com toda força causando um barulho estrondoso seguido por um silêncio ensurdecedor.

- Como você conseguiu entrar na minha casa? - A indignação na voz de Kuster era evidente.

- .... .... .... ..... ..... .... ..... ..... ...... - Disse Vagner com V constangido com a situação. - .... .... ..... ...... ........

- É claro que devo me preocupar com isso, como Lilly teve coragem de entregar a chave da nossa casa para você? A GENTE TERMINOU Vagner com V, você não tem esse direito.

- .... ........ ......

- EU TAMBÉM TE ODEIO.

O buquê de rosas antes nas mãos de Vagner com V agora se encontravam no chão junto a a chave da casa de Kuster, enquanto Vagner com V virava as costas, caminhando em direção à saída, causando novamente um estrondo de porta batento.
Agora Kuster se encontrava sozinho na sala de casa, sem esperanças de reconquistar o amor de Flávio Kotaka, ao menos naquele dia.

- Eu odeio a Lilly. - Kuster falou baixinho para si mesmo.

Ele deitou no sofá, abraçado com o travesseiro e tentou dormir por algumas horas, apenas tentou, pois a vontade de bater na porta do seu próprio quarto, onde Kotaka estava e dá-lhe novamente aquele beijo que não saía de sua cabeça era maior que qualquer coisa. Até que ele adormeceu, pois acreditava de que ao amanhecer as coisas podiam se resolver entre ele e o amor de sua vida.

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