A investigação

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O PWG se responsabiliza por suas próprias ações, assumimos nossas consequências. Não queremos ofender qualquer pessoa mencionada nesta narrativa, principalmente JonBenét Ramsey, deixamos nossos pêsames a família Ramsey desde o começo. 

Recriamos nossa historia baseada em um caso real, nada do que mencionamos esta correto, apenas utilizamos da nossa criatividade para colocarmos um ponto final no caso que criamos!

[...]

O caso de Emy Martinez Carter
     Olá, sou o oficial Copper, Investigador Criminal de Homicídios do Departamento Policial de Chicago a quase 15 anos. Uma certa noite meu filho Henry me pediu para que lhe contasse uma história de uma de minhas investigações pois estava curioso já que queria seguir a mesma profissão, me lembrei de um caso que durou quase 5 anos para que fosse resolvido, então comecei...
     Em 26 de dezembro de 1996, a polícia foi chamada pelo desaparecimento de uma menina de 6 anos. Emy Martinez Carter, uma ex rainha miss, desapareceu em sua própria moradia.
     Segundo a Mãe não havia ninguém em casa além dela e sua filha, após notar que a menina estava muito "quieta" e fora de sua vista a algum tempo, resolveu procurá-la. Ao invés de achar a garota, encontrou uma carta no degrau da escada, um pedido de resgate de aproximadamente 118.000 dólares, logo se desesperou ao ver que ela realmente não estava em casa e já chamou pela polícia.
     A polícia ao chegar, estranhou ao não ver nenhum sinal de arrombamento, nem de invasão o que os fez concluir que a pessoa que sequestrou a menina tinha acesso a casa ou que a mesma ainda se encontrava lá, então envolveram os investigadores policiais para averiguar corretamente a residência.
     Quando eu e minha equipe chegamos fizemos o processo de investigação padrão e pela casa não achamos nada de mais, descemos para o porão e encontramos rastros de pó que levavam até um canto do local, quando olhamos mais de perto vimos uma manta, que segundo a mãe era a preferida da criança e a mesma aparentava envolver uma pequena silhueta.
     Desenrolamos a manta e nela vimos Emy com sinais de violência em seu corpo e um ferimento em sua cabeça, com os equipamentos corretos checamos sua pulsação porém já se encontrava morta, concluímos que havia sido um homicídio já que não teria como uma menina de 6 anos se ferir tão gravemente e ainda se enrolar no canto do porão, além do fato de que foi encontrada uma carta que obviamente não poderia ter sido escrito por ela.
     Logo chamamos os especialistas que levaram o corpo e realizaram a autópsia. Os resultado mostravam que ela tinha sido morta asfixiada, e logo após sua parada respiratória, foi abusada e violentada.
     Tínhamos a princípio 1 suspeito, seu vizinho, que era extremamente obcecado pela miss, além de que tinha acesso a porta dos fundos que se encontrava no quintal da casa onde não havia cerca (nos EUA não é muito comum muros altos e cercas fortes para proteção já que não tem tantos riscos). Por  coincidência sua esposa havia escrito uma peça de teatro em que uma menina era encontrada morta no porão de sua casa o que nos fez acreditar que a mulher do indivíduo era cúmplice, mas a suspeita foi descartada pois seu DNA e suas digitais não coincidiam com as que foram encontradas no corpo.
     Um tempo depois tivemos suspeita de dentro da família por uma prova encontrada por meu parceiro de investigações oficial Benson, pois havia sido encontrado uns fios de cabelo cacheados escuros. Benson levou o fio de cabelo para o laboratório e me entregou dois dias depois os resultados do  teste de DNA apontando que o fio de cabelo era do padrasto da vítima, a prova parecia bem válida já que o mesmo teria acesso a casa por morar na mesma.
     Segundo o mesmo ele havia acabado de sair do trabalho e estava no mercado comprando a comida para o jantar, por isso, checamos as imagens da câmera de segurança do local onde alegou ter ido e as gravações mostravam o homem no mercado realizando compras durante o homicídio, além disso, ele tinha em seu paletó a nota fiscal da compra, após a comprovação de seu álibi a suspeita foi descartada. Infelizmente o caso foi fechado por falta de provas e suspeitos.
     Um ano depois o caso foi reaberto com uma confissão de um detento do presídio de Limon, no Colorado, ele teria confessado o crime a um policial, ele disse nunca ter amado ninguém como amou Emy Martinez e que a menina era especial. Não foi encontrada nenhuma ligação entre a criança e o detento porém após alguns interrogatórios, ouvimos do mesmo os mínimos detalhes do homicídio o que naquele momento foi muito válido e poderíamos ter fechado o caso, mas depois de checarmos os registros vimos que ele havia sido preso 3 dias antes do crime, e uma coisa me chamou atenção.
     Um dia antes de sua pronunciação havia sido feita uma transferência de aproximadamente 13 mil dólares para sua conta do banco, pensamos ser uma compra de palavra para o real culpado sair impune do homicídio.
     Fomos mais a fundo e descobrimos que tinha uma conta anônima por trás da transferência, a conta estava no nome de Anthony Brown porém o nome foi encontrado em uma lápide e para ter certeza checamos os dados policiais e vimos que o homem realmente havia falecido a algum tempo, chegamos a conclusão que alguém estaria usando o nome de Anthony e seus dados para não ser descoberto, Benson achava que poderia ter sido qualquer um pois não é difícil roubar dados para conseguir tais documentos, ainda mais de um falecido.
     Mas então uma lembrança subiu em minha cabeça, lembro-me de ter visitado essa mesma lápide com meu parceiro Benson quando estávamos na faculdade, ele havia me contado na época que aquele era o local em que seu avô foi enterrado, me lembro até hoje dele em frente ao túmulo de seu falecido avô Anthony Brown.
     Na época fique confuso já que o sobrenome dele era Benson então decidi checar seus dados no departamento e descobri que seu segundo sobrenome era Brown, porém não podia simplesmente acusá-lo, afinal como ele mesmo disse, qualquer um poderia ter pegado aqueles documentos, mas fiquei com uma grande suspeita em minha cabeça já que ele ao ver o nome da conta responsável pela transferência não apontou o fato de conhecê-lo.
     Fui falar com a Filha de Anthony, mãe de Benson, para saber o que ela havia feito com os documentos do falecido, ela me disse que havia guardado em seu sótão, então pedi para ela que os pegassem para eu inspecionar, quando chegamos no sótão e abrimos a caixa vimos que não tinha mais nada lá, então perguntei se além dela mais alguém tinha acesso ao sótão, ela me respondeu que somente ela e seu filho.
     Minha suspeita aumentou, então resolvi passar as minhas investigações ao meu superior e ele achou estranho mas não via motivos para meu parceiro ter feto tal ato, derrepente me veio uma lembrança que ele tem uma filha que também é miss e concorria na mesma categoria que Emy, no ultimo concurso ele havia até pegado folga para poder comparecer e ver sua filha competir, também me lembrei que ele sempre reclamava de seu salario e que os trabalhos de sua filha eram a salvação, o que me fez concluir que ele poderia ter cometido o assassinato por vingança ao ver sua filha perder o concurso.
     Mas ainda precisávamos de provas então fui ao laboratório e pedi os exames de DNA dos fios de cabelo, me disseram que haviam dado a Benson no dia que os exames saíram, pedi a eles que refizessem os exames, e que dessem os resultados diretamente para mim, dois dias depois os resultados saíram mostrando que não eram compatíveis com nenhum de nossos suspeitos descartados, e que os resultados foram alterados.
     Peguei a jaqueta de meu colega emprestada e levei para o laboratório onde encontraram na gola um pequeno fio de cabelo e fizeram uma comparação de DNA com o fio encontrado na cena do crime, o resultado deu positivo, o fio de cabelo encontrado na cena do crime era compatível com o de Benson, levei as provas para meu superior que logo se assustou, não imaginava que uma pessoa de seu departamento cometeria um crime, pois o Departamento Policial de Chicago era um local muito rígido e profissional, e seus funcionários foram muitos leais e fizeram o voto de juramento para seguir o regulamento, nunca imaginei que alguém que conhecia a tanto tempo e que considerava um irmão, mataria a sangue frio.
     Com todas as provas conseguimos uma confissão de Benson que foi preso, fechando assim o caso com sucesso.
     Após terminar de contar o caso percebi que meu filho havia adormecido em meu colo, não o culpo porque depois de uma história tão longa eu estava morrendo de sono. O coloquei na cama dando um beijo no mesmo e terminando assim minha noite.

(BASEADO EM FATO REAIS
Personagens, provas e final fictícios, queríamos dar um final para um caso sem solução
em memórias de: JonBenét Ramsey)

O caso de Emy Martinez CarterOnde histórias criam vida. Descubra agora