Cheguei no Covil me sentindo diferente. Acho que aquilo se chamava... felicidade... ah, fala sério! Até parece que só porque eu sou um vilão eu não sei o que é felicidade! Eu não sou um ser de pedra, eu sou um ser semi-de-pedra. A verdade é que nós vilões raramente sentimos felicidade, porque nós estamos, a maioria das vezes, entretidos tentando dominar o mundo com a nossa ira. É uma realidade triste? Sim, mas eu tive a "sorte" de nascer assim. Bem, como eu estava falando, eu estava muito feliz porque a Penny não tinha sumido pra sempre! É meio estranho eu ficar feliz porque eu fui derrotado novamente pela minha inimiga, mas eu estava feliz por isso. Afinal, desde o dia em que a Penny sumiu, as coisas pioraram pro meu lado. Então agora eu tenho um plano diferente: ao invés de querer eliminá-la, eu quero trazê-la pro lado do mal. Todo mundo tem um lado mau, e eu aposto que o da Penny está beeeeem escondido.
Bem, é óbvio que o meu tio ficou muito zangado porque o Bugiganga havia sobrevivido, mas que culpa eu tenho se eles caíram de paraquedas numa ilha perdida? Desta vez, eu "brinquei" no aquário de piranhas dele. Mas desta vez era por uma boa causa: a Penny tinha sobrevivido e estava de volta. *Confesso que passo um bom tempo pensando nela... o que é muito chato! Eu tento tirar ela da minha cabeça, mas eu não consigo! E isso me atrapalha muito nos meus planos do mal (até hoje)*.
Eu estava tentando dominar o mundo (de novo), e é claro que daí surgiram a Penny, o Crânio e o Bugiganga, afinal, onde há fumaça, há fogo; e o fogo era eu, e a fumaça que vinha logo atrás eram eles. Eu estava contente por estar lutando novamente com a Penny e não com aqueles dois chatos, até que a Penny me jogou no chão dizendo:
- Há! Sentiu falta de ser derrotado por mim?
- Pra falar verdade, sim. Aliás, você tá amassando o meu rosto perfeito!
Ela fez um trocadilho ruim e me algemou.
- Pra sua informação, não adianta me prender, já que você não sabe onde está a máquina da Louco. - eu disse .
- Então você vai me levar até lá. - disse Penny confiante.
*Mas é claro que eu tinha um truque na manga... e na manga da minha segunda camisa também*. Eu fingi levar ela até a máquina, e fui dando voltas e voltas pra enrrolar ela. Inclusive iniciei uma conversa pra distraí-la ainda mais.
- Aí, Penny... quando você sente um frio na barriga por uma pessoa e não para de pensar nela... o que é esse sentimento?
- Esse sentimento é paixão, seu idiota! Você não sabe reconhecer isso?
- E... você ja se apaixonou por alguem? - eu disse cínico.
- Bem... eu... já. Por que está me perguntando essas coisas?
- Ah, é que, assim, talvez, eu esteja apaixonado.
- Jura? Você? Ah tá! Sei! Quem é a coitada?
- É sério, Penny. Eu realmente estou apaixonado... pela Dayana.
Foi hilário ver a cara dela naquele momento! Ela tinha desmoronado! Normalmente são as garotas que identificam quando um cara tá afim delas, mas a Penny era lerda demais! Ela deixava na cara que gostava de mim!
- Aé, mesmo? Pois eu também estou apaixonada! Sabe o Charles? Então, ele é tão lindo!
"Ah, então resolveu apelar pro Charles seboso?" pensei. Então resolvi entrar na brincadeira:
- Sabe, Penny, a Dayana é incrivelmente linda. Eu sempre preferi as morenas. Ela é incrível e super feminina, diferente de você.
- Aé? Pois eu sempre tive uma queda por vampiros! E eu também sou muito feminina!
- O Chales seboso não é um vampiro!
- Mas ele se parece com o Edward Cullen. Inclusive, ele já se declarou pra mim uma vez!
Ah, não! Aquela mentira já era demais!
- Pois a Dayana e eu já nos beijamos! - eu rebati.
- Aé? E eu...
- O que foi, Penny? Ficou sem argumento?
- Argh, eu tenho certeza que isso é mentira! - ela disse sendo totalmente imatura.
- Então você não aguenta o fato de eu ter tido o primeiro beijo antes de você?
- Não, é claro que não! É porque eu tenho certeza que a Dayna nunca beijaria um feioso com um cabelo ridículo desse!
- Cabelo ridículo??! Olha aqui, loirinha, pra sua informação, meu cabelo é lindo! E-e você que age como se fosse um moleque largado?
- Moleque largado??! Eu sou muito feminina! Eu até lavei o cabelo hoje! - ela disse me encurralando contra a parede.
De repente, meu coração começou a bater descontrolado. Seu rosto estava muito perto do meu (mesmo que ela estivesse com uma careta horrível). Nós ficamos parados um tempo nos olhando, já estava ficando constrangedor! Confesso que eu fiquei com vontade de beijá-la, mas isso seria humilhante demais! Felismente ela se afastou e disse:
- Bem, eu não tô nem aí pra você! Vamos andando, precisamos achar a máquina... que você demorou DEMAIS PRA ME LEVAR ATÉ ELA!
Ih, babou! Ela tinha percebido!
- Tchau! - eu disse e saí correndo.
Mas o Bugiganga e o Crânio vieram correndo na direção oposta. O Bugiganga estava com um míssel quase sendo ativado, então eu e a Penny saímos correndo na outra direção. Bem, houve toda uma correria e confusão, mas no fim, *acabamos na sala onde estava a máquina da Louco*. Penny e eu lutamos, até que ela conseguiu distruir a máquina.
Então é aquilo, né? Fui derrotado e daí eu fugi e blá, blá, blá. Acabou como sempre acaba.1* Perceba que nesse trecho, os verbos estão no presente, ao invés de estarem no passado. Você também pode notar outros trechos com o verbo no presente em outro capítulos da fanfic. Isso tem uma explicação, mas aí eu estaria te dando um spoiller.
2* Isso é uma referencia à uma cena que acontece no episódio 11 da 2° temporada "O esquema da pirâmide", onde numa luta, Talon revela usar duas camisas, então a Penny diz: "eu sei que você tem alguma coisa na manga, e provavelmente na manga da sua segunda camisa também!".
3* A história deste capítulo se passa em um prédio.
Música deste capítulo: Closer - The Chainsmokers feat. Halsey.
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Talenny: ame seus inimigos
ФанфикEsta é uma fanfic de um desenho não muito conhecido: Inspetor Bugiganga 2.0 Ela conta o desenvolver de um romance entre Talon (sobrinho do chefe vilão da Louco, o Dr. Garra) e Penny (sobrinha do Inspetor Bugiganga, um agente da Sede que combate os c...