Suzana

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Billie

- Ah... Entre, por favor. - dou espaço para a moça entrar.

- Amor a Zoe... - Angeline entra na sala e para de falar quando vê a mulher. - oi tudo bom?

- Olá, eu sou a mãe da Beatriz. Voce é a....

- Angeline. - diz sorrindo.

- Muito bonito o nome. - a mulher se senta no sofá.

- Obrigada. Bom... eu devo ficar ou devo ir para a cozinha fazer aqueles salgadinhos horríveis que a Zoe gosta? - pergunta para mim.

- Fica. Como nós duas queremos adotar a Beatriz eu acho melhor você ficar. - me sento. - você aceita algo? Temos água, chá, café, suco de limão e de morango, alguns biscoitos e muitos salgadinhos horriveis que minha melhor amiga come. - digo sorrindo para a moça.

- Aceito um copo de água. - diz amigável e Angeline se levanta rapidamente indo buscar o copo de água. - São... namoradas? - a mulher pergunta e eu assinto.

- Espero que não tenha nenhum problema com isso. - digo e Angeline volta, entrega o copo de agua para a moça e se senta. - vamos lá, pode falar.

- Vim saber um pouco mais das pessoas que querem adotar a minha filha. Bom, vejo que você é famosa e é rodeada de pessoas.

- Sim. Beatriz terá o amor de todos da minha família e amigos.

- Não acho tão confiável. Você viaja para todos os cantos, nao seria bom ela ficar tao longe assim de você.

- Você ficou quase 1 ano em belo horizonte e literalmente abandonou a sua filha aqui, sozinha com um tio que também está sumido, quem não acha confiável aqui sou eu, não acho você confiável. - Angeline me olha como se estivesse dizendo "vai com calma caralho".

- Você nem sabe o que eu vivi, acha que eu vou deixar minha filha na mão de duas garotas novas que ainda não sabem nem o que é cuidar e uma criança? Por favor Billie.

- Você não quer que sua filha fique com pessoas boas mas quer que ela vá para um orfanato horrível? Uau. - ela suspira e fica em silêncio.

Ela está usando um perfume extremamente forte e horrível.

- Me desculpe se fui muito indelicada, mas não quero de jeito nenhum que Beatriz vá para um orfanato. - digo.

A moça parece pensar, talvez esteja sem o que dizer.

Tenho medo de ser muito ignorante, mas esses dias estou nervosa, estou sobrecarregada e nem tenho dormido direito, está sendo difícil pois eu só queria deixar tudo para depois e ir dormir com 3 ursinhos enormes que Finneas me deu de presente.

- Quando eu era casada, o meu marido me batia. - começa. - depois que engravidei ele falava que se eu tivesse a criança ele iria matar ela. Não teve um dia que eu não me sentia preocupada e frustrada, eu não queria abortar, meu sonho era ser mãe. Assim que tive a Beatriz, o meu ex marido me ameaçava de morte, falava coisas horríveis mas eu não entendia, pois ele tratava Beatriz como um anjo.

- Por que você não se separou dele antes de engravidar? - Angeline pergunta.

- Eu não tinha para onde ir, nao tinha amigos e minha família morava em outro lugar muito longe de mim. Leandro dizia que ia mudar e eu acreditava. Assim que beatriz fez 5 anos eu fugi com ela para a casa da minha mãe, eu tinha mais condições do que antes então foi até fácil, mas Leandro achou a casa da minha mãe e ameaçou matar toda a minha família.

- Sinto muito por tudo isso. - Angel diz.

- Tem mais. Eu decidi deixar Beatriz aqui com o meu irmão e ir morar com Leandro, ou ele matava Beatriz. Eu ainda moro com ele mas ele fica fora de casa uns 4 dias e depois volta. Vai fazer 3 dias que ele não voltou, eu recebi as suas ligações mas não podia atender, pois ele sempre perguntava com quem eu estava falando.

- Como veio para cá? - pergunto.

- Eu conversei escondido com a moça do hospital e ela me informou sobre tudo, tentei vim antes mas não consegui. Entende agora por que estou frustrada por Beatriz querer ficar com vocês? - assinto.

- Me desculpe por tudo o que eu falei mas... é muito perigoso você voltar para a sua casa, e é ainda mais perigoso se você ficar com a Beatriz.

- Não Billie. Ele pode vim atrás de você, todos vão saber que você adotou ela. - olho para Angeline.

- O que fazemos? - pergunto.

- Olha dona Suzana se você quiser eu mato o seu ex marido e ninguém fica sabendo. Esse pode ser o nosso plano C. - Angeline diz.

- Não vai matar ninguém Angeline. - digo.

- Não quero que resolva na discussão. - olho para suzana. - eu queria te pedir uma coisa que talvez seja impossível de pagar. 

- Pode pedir.

- 25 mil reais. - arregalo os olhos. - é uma das decisões péssimas que me apareceu, dar o dinheiro para leandro ficar longe da gente. Esse pode ser um... "plano b". - ela realmente gostou da ideia da Angeline matar o Leandro? - O plano A é tentar mandar ele para a cadeia. - relaxo no sofá.

Por que eu sento comportada no sofá e acabo sentada de qualquer jeito?

- Olha suzana... eu dou o dinheiro, mas você sabe que ele pode voltar.

- Eu acho difícil. Conheço o meu ex marido. Mas eu queria colocar ele na cadeira, porém não tenho provas nenhuma contra ele.

- Mas seria errado eu dar o dinheiro pois sabemos que ele pode voltar, mesmo que você conheça ele melhor que nós. - sorrio amigável. - Angeline tem amigos policiais, se você tiver pelo menos algumas testemunhas a gente pode resolver isso, mesmo que seja difícil, a gente nao descansa até colocar ele na cadeia.

- Você tem certe-

- Sim. E bom, você poderia recomeçar a sua vida aqui. Eu te ajudo se quiser, tenho tantos amigos que estão precisando de alguém para trabalhar. - ela sorri.

- Obrigada Billie, mas por enquanto, vou pensar melhor. Decidi nao ir ver minha filha agora, pois vou embora hoje a noite. Estou com tanta saudade... - diz e bebe um pouco da água que estava no copo.

- Bom... espero que fique bem. - Angeline diz. - Você tem faca? Posso te emprestar as que eu levo na bolsa quando saio para alguma festa e-

- Angel ela vai se assustar. - digo baixo e suzana ri.

- Vocês são engraçadas. E sim, eu tenho faca, levo na bolsa sempre, nao se preocupe. - diz e se levanta bebendo o resto da água. - eu volto essa semana para conversar mais com vocês.

Ela vai embora mas eu não estou confiante com isso, estou confusa e alguma coisa me diz que é melhor ela não ir.

- Suzana... eu não estou com um pressentimento bom... - me levanto e ela me olha deixando o copo na mesinha ao lado.

- Vai ficar tudo bem Billie, prometo isso. - sorri. - eu tenho que ir, de qualquer jeito preciso ir. - explica. - me desculpe se fui indelicada e obrigada pela sua paciência. - sorrio.

Percebo Angeline ir correndo na cozinha e voltar depois com um pote pequeno.

- Leve essas uvas e come elas no caminho. Descanse e volte logo para resolver tudo isso. - sorri e entrega o pote para a moça.

É o tipo de coisa que Claudia faria.

As vezes eu me sinto o Finneas. Como se ele estivesse no meu lugar agora e eu no dele.

- Bom. Eu ja vou, tchau meninas. - ela vai até a porta e sai nos dando um tchau.

Observo a mulher ir embora e sinto um aperto no coração ao deixar isso acontecer.

- Está tudo bem amor. Essa sensação vai passar. - Angel me abraça e eu fecho a porta.

Retribuo o abraço e beijo o topo da cabeça de minha namorada.

Eu espero que fique tudo bem mesmo.

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sentiram minha falta? Eu sei q não.

Espero q estejam bem, amo vcs.

Crazy Girl, I Love You MadlyOnde histórias criam vida. Descubra agora