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De novo, eu volto para os teus braços, me cubro com suas asas, me deito em seu corpo angelical. Se não fosse isso, pra que?
De novo, eu encontro caminho em teus lábios, eu encontro sentido em suas curvas, eu encontro motivo em sua vinda. Se não fosse isso, pra que?
De novo, eu me perco na escuridão vasta e profunda de seus olhos, procurando uma luz que existe e, a cada encontro, é mais prazeroso, eu me perco nas suas frases calculadas e belas que surgem dentre os finos lábios, correndo pelas cordas vocais e chegando em meus ouvidos como algodões e peças de veludo, eu me perco em seus cabelos, ondas negras de fim de tarde, refletidas no por do Sol, se desfazendo na areia. Se não fosse isso, pra que?

De novo
De novo
De novo

Mas, sem você, pra que?

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