Parte 2

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Eles estão juntos no escritório. Literalmente.

Ele foi malandro. Puxou uma cadeira para que ela sentasse ao seu lado na ponta da mesa. Pertinho dele.

Então... Eles deveriam estar trabalhando no projeto agora... juntos.

Mas Eda está trabalhando sozinha.

Não é culpa dele. É complicado pensar em outra coisa. Quem pode julgar Serkan Bolat, quando Eda Yildiz - que ele pensou nunca mais olhar na sua cara - não só olhou, como o encarou - afrontosa, lhe fez assinar um contrato sem ler e está aqui ao seu lado trabalhando pleníssima?!

Ah.. Ele estava extasiado!

Ela, bem ali, a centímetros dele. A centímetros de seu toque.

Como ela consegue estar mais linda a cada dia?

Ele a encarava perdido em pensamentos. O fato de Eda estar tão perto atiçava todos os seus sentidos. O perfume dela preenche todo o seu pulmão e depois abraça seu coração. Em seguida atinge o cérebro e lhe dá uma dose extra de coragem.

Em que pé estamos? Será que ainda tenho chance? Hm. Vejamos...

- O que acontece se eu quebrar alguma cláusula de propósito? - ele sussurra.

Ela vira o rosto e depois o tronco, daquele jeito... Sexy. Poderosa. Ele nem sabe pra onde olhar.

Para seus olhos? Para sua boca? Para a covinha que aparece em uma das bochechas quando ela morde a parte interna, naquela mania que faz quando está concentrada?
O que ela vai dizer?

Ele nem tem chance de levantar hipóteses porque agora ela fita seus olhos, troca o foco para seus lábios e retorna aos olhos novamente.

Talvez ele não sobreviva a esse dia.

Talvez ele esteja perto do céu.

Talvez ainda haja alguma chance.

- Por que você não tenta? Então veremos o que acontece.

Ela encara seus lábios de novo.

Ela definitivamente deu o aval, Serkan. Mova-se!

Pena que Erdem resolve çal kapımı* justamente agora. ARGH!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ela desmaia.
Ele a carrega em seus braços.

Ela vai ao encontro do empreiteiro.
Ele a leva até lá.

Ele a vê desmoronar.
Ela permite que ele veja.

Ele quer consolá-la, tomá-la em seu abraço.
Mas não sabe se pode.

Ela quer ser consolada, tomada em seus braços.
Mas não sabe se deve.

Eles ficam em silêncio. Juntos.
Isso ainda podem.

Ele não quer ir embora.
Ela não quer que ele vá.

Ele quer derramar seu coração a seus pés.
Ela quer dizer todo seu amor guardado, trancafiado desde o término.

Mas ele se vai.
E ela deixa.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ela o convence a participar do evento de sua mãe com um sorriso e uma inclinada leve de cabeça.

Ah... Que chacota eu me tornei...

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