One-Shot: Que Doença é Essa? (The Promissed Neverland)

Que doença é essa?

Atenção: História de capitulo único!

(Essa história contém spoilers da história The Promissed No Neverland do mangá e um pouco do mangá também, estejam cientes!)

Eles tinham 4 anos. 4 anos quando isso começou, de inicio achou que estava doente, até por que era sensível para resfriados e doenças afim. Já tinha inclusive pedido a Mama para checar sua temperatura e fazer exames, mas sempre estava completamente normal.

O primeiro sintoma foi quando estava doente, era inverno e nevava bastante, estava com resfriado e proibido de entrar em contato com as outras crianças, já que poderia passar sua doença para elas.

- Não quero que ninguém entre na enfermaria, tudo bem?

- Sim, Mama! - Era escutado do lado de fora da enfermaria onde Norman estava deitado em uma das camas. 

Norman se virou em direção da janela e observou como a neve caia do céu que estava meio acinzentado devido a época, e que mesmo estando com febre, sentia a brisa gelada que passeava pela casa.

Ouviu a porta ser aberta mas não se virou para ver quem era e inclusive se encolheu mais na cama por pensar que era a Mama que estava trazendo aquele remédio horrível de novo.

- NORMAN!! - Ele ouviu e logo em seguida sentiu um peso cair bruscamente sobre o seu corpo.

-E-EMMA! - A garota de olhos verdes com aquele brilho típico no olhar o encaravam com alegria

-Vim aqui para ficar com você! 

- V-você não pode! - Ele tosse evitando ao máximo ter contato físico com a garota que estava a sua frente - Vai pegar o meu resfriado.

- Não se preocupe, eu não posso adoecer, e também não quero deixar você sozinho! 

E aí começou, por algum motivo seu coração acelerou, sentiu sua pele arrepiar e seu rosto queimar, ao perceber isso ele se desesperou internamente por pensar que sua doença teria piorado. E que além de ter que ficar mais tempo na enfermaria, ele acabaria passando sua doença para a garota que estava  na sua frente. Mas oque o intrigou foi o fato que mesmo depois de seu resfriado passar esses sintomas persistiam sempre que encontrava a garota de cabelos alaranjados.

11 anos. Estava sozinho sentado em baixo de uma árvore, o céu naquela tarde intercalava entre tons de laranja e rosa, como se alguém pintasse um belo quadro e o céu seria sua tela. Mas Norman não conseguia focar na beleza do céu daquele dia, estava bastante pensativo durante o dia inteiro.

"- Eu quero pilotar um trem - Phill dizia bastante animado

- Que legal Phill, não esqueça de me dar uma carona, tudo bem?

- Sim, Emma!

- E você Norman? - Emma olhava para ele curiosa - Oque pretende fazer quando se tornar um adulto?"

Essa pergunta rondava sua cabeça, parou de encarar o céu e passou a olhar para suas mãos, Oque queria ser no futuro né?, Nunca havia parado para pensar nisso, sempre teria se interessado pelas diferentes culturas e lugares no mundo que lia nos livros da biblioteca, desejava conhecer cada um deles. Mas nunca havia parado para pensar sobre a profissão que gostaria de assumir, Onde gostaria de morar?, Qual seria sua  profissão? Pretenderia ter filhos? Se casar?

Ao fazer essa pergunta a imagem de uma certa garota de cabelos alaranjados de lindos olhos esmeraldas, sorrindo apareceu na sua mente, novamente sentiu seu rosto queimar e seu coração bater mais rápido, balançou a cabeça afastando esses pensamentos, enquanto aperta sua camisa na região do peito, onde seu coração batia rapidamente, nunca conseguiu saber oque era isso, a ideia de ser uma doença ainda lhe vinha a cabeça, mesmo depois de ter pesquisado nos livros da biblioteca e não ter encontrado nada. Conseguiu aprender a controlar a vermelhidão do rosto depois de um bom tempo, mesmo que fosse bem complicado, principalmente quando Emma decidia lhe abraçar ou beijar sua bochecha, ou simplesmente quando lhe dedicava um sorriso que para ele fazia o mundo estranhamente parecer mais brilhante, mas ele gostava daquilo, mesmo que o deixasse bastante nervoso ou envergonhado. E ele sempre fazia de tudo para vê-la feliz, para vê-la sorrindo, sempre sendo gentil e carinhoso com todos e especialmente com ela, isso já havia virado habito.