Capítulo 12

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Agora ele vestia uma calça jeans e uma blusa branca, uma que eu tinha dado a ele de presente. Uma que eu costumava usar para dormir.

- O que faz aqui sozinha? - retrucou ele um pouco seco - Cadê seu namorado?

- Ele me largou.

- Ele é doido? - seu tom de voz se alterou. - Não podia te deixar sozinha aqui!

- Ele me largou há um ano, Beuchamp. Me deixou malditamente sozinha apenas com uma gravação na merda de uma fita cassete e uma toca-fitas antigo.

- Any...

- Por que você voltou? Você largou sua família? Seu curso? Você virou cozinheiro e abriu um restaurante! Você me largou por causa de todas essas coisas e agora está aí! Sem família, sem formação - desabafei sem conseguir impedir as lágrimas de escorrer pelo meu rosto.

- Por Você Any - respondeu colocando as mãos em meu rosto. - Eu voltei por você.

Seu toque.

Por que tinha que ser tão bom?

Por que tinha que me fazer sentir tão bem?

- Eu pensei que podia fazer isso. Pensei que podia ficar sem você. Mas meu coração não estava mais no Canadá, estava aqui nessa cidade barulhenta, com você - explicou e percibir que ele também chorava.

- Então por que não me procurou? Você está aqui há meses e...

Ele seu um risinho me interrompendo.

- Você sabe quantas Any Gabrielly existem?

Balancei minha cabeça.

- 4320 e você não era nenhuma das que eu fui atrás. Eu na verdade te olhando agora tenho certeza de ter te visto em um Instagram, mas era bloqueado e a foto só mostrava um cabelo cacheado curto. Não sabia que estava assim então pensei que não era. Fui um burro, deveria ter mandando uma solicitação - bateu a mão em sua cara.

Aquele sotaque, aquela voz, eu amava tanto.

Deixei meu rosto escapar identificando, por fim, o sentimento que estava dentro de mim desde quando o vi no restaurante.

Não era saudade, tristeza, amor ou raiva.

Era alegria.

Eu estava me sentindo alegre pela a primeira vez em um ano.

Realmente alegre.

Queria me deitar naquele banco e rir.

Eu estava feliz.

Me sentia como dançarinos que dançavam para uma multidão e eram aplaudidos de pé.

Me sentia como uma autora que acabou de lançar um livro e recebia comentários bons.

Eu estava alegre.

Por que, em algum lugar dentro de mim, eu sabia que se Josh estava ali, naquele restaurante, era porque ele tinha voltado para mim.

Podia me chamar de besta por perdoa-ló rápido assim, mas eu não era orgulhosa e tudo que importava era que ele estava ali.

Que ele tinha voltado.

Por mim.

Próximo capítulo será o último. 😥😥

One-Shot "My Moany" Adaptação Beuany (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora