Capítulo 2 - Tempo - Parte 3

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Parte final do capítulo 2. Sinto que esse capítulo vai ficar inferior em relação ao 1, e principalmente, em relação ao 3, mas no final, é mais pela a qualidade desses capítulos mesmo. Sério, o capítulo 3 vai ser épico, do ínicio ao fim.


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Ash já havia assistido a sua cota de filmes de ficção que envolve viagens no tempo. Na maioria das vezes, isso acontecia nas férias de sua jornada pokémon, sempre passando alguns meses em casa, após passar por uma região, ou mais recentemente, assistindo com seus pokémons, nas folgas de seus treinamentos. Nos filmes, viagem no tempo parecia ser algo simples. Você volta no tempo, e se lembra de tudo que aconteceu no presente, que no tempo que está é o futuro, mas no final, aquilo era apenas ficção.

O que acontecia de fato, era que durante horas, Ash teve uma tremenda enxaqueca, tanto ele quanto Greninja, pois seus cérebros tinham lembranças de um tempo que não existia. Era meio bizarro, e com certeza se Ash falasse para qualquer cientista sobre o caso, seria material de estudo, mas era como se sua cabeça não quisesse registrar as suas memórias da luta, pois inconscientemente, elas não existiam. Mas ela aconteceu, com Greninja e Ash derrotando Dialga, e o pokémon ninja herdando o domínio sobre o tempo. Assim, pelas próximas horas, Ash teve que lidar com sua dor de cabeça, e ao mesmo tempo, tentar explicar para Pikachu que tudo tinha dado certo.

Ele pensou em contar a mesma coisa para May e Max, que após alguns minutos assistindo Ash e seus pokémons conversando, acreditaram que não haveria luta alguma, e decidiram ir falar com o velho amigo, mas o próprio Ash viu como seria complicado e desgastante tentar explicar que ele e Greninja haviam conseguido outro feito impossível, mas que o próprio tempo foi retrocedido e nenhum deles assistiram a luta. Com tudo isso em mente, Ash fez a decisão mais lógica, afirmando que ele apenas queria visitar Celebi para uma breve conversa, buscando pistas sobre Dialga.

Já era noite quando Ash, May e Max retornaram a Arboville. O pequeno vilarejo são dezenas de casas de madeiras, no topo de árvores, interligadas por plataformas e pontes também de madeira, próximo a umas da entradas principais da floresta. A população consistia em sua maioria de idosos, com os mais jovens optando por partir da vila e construir a vida nas cidades, quando chegavam a maioridade.

Os habitantes de Arboville sobreviviam a partir da própria floresta, mas após várias décadas de visitas constantes de forasteiros, depois que o Lago da Vida foi ganhando fama, os habitantes optaram em adotar o turismo como forma de ganhar dinheiro, onde os nativos hospedavam os turistas em suas casas.

Towa é uma das pessoas mais velhas de Arboville, servindo como uma líder não oficial, e cuidava dos visitantes que quisessem adentrar na floresta. Não havia muito espaço para Ash dormir, com a as casas já hospedando a equipe de Todd e outros visitantes, com o treinador se oferecendo para ir embora, não querendo causar incômodo.

Quem resolveu tudo foi May, que havia conseguido a simpatia de Towa, fazendo amizade com Diana, sua neta, uma grande fã dela, e conseguindo convencer a anciã a permitir que Ash dormisse no quarto de hóspede da casa. Diana também a ajudou, apoiando o pedido de May, sobre o leve franzir de sobrancelhas de Towa, não gostando da ideia de uma mulher e um homem compartilhando um quarto, mas acabando por ceder.

O quarto era pequeno, tendo uma cama de solteiro encostado na parede esquerda, uma escrivaninha com uma cadeira em outro canto, e tendo espaço suficiente para colocar uma rede, com os suportes para isso. Já sendo tarde da noite, May e Ash conversavam no quarto, com a coordenadora sentada na cadeira e o treinador em um banco, enquanto bebiam uma garrafa de vinho que May arranjou com o vizinho de Towa.

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