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As ruas escuras acomodavam meu corpo perdido, o sangue ainda escorria, se espalhando com voracidade sobre meu corpo. Do pescoço ao pé de meu estômago.
Meus olhos caminharam por mim, olhando as luminosas através da avenida sem saída. Seria...o inferno? Novamente?

— Se matar não adiantará de nada pequeno gafanhoto.

Rodei sobre os pés, não avistei nada.
Com certeza eu estaria no inferno pagando por algo que nem eu mesma tinha noção de ter feito, era tão recompensador.
Meus olhos brilharam e eu pulei de alegria, enfim sozinha.

Não me importaria com o simples feitio de me machucar, torturar, sofrer, ou outros substantivos proveniente a essas lindas palavras. Eu estava em paz. Não do jeito que muitos imaginam, mas era a minha paz, a morte era a maneira com que eu via de aproveitar.

— Se continuar amando o inferno, não te tirarei nunca daqui! — Uma risada escândalos surgiu junto da fala.

— Eu morri. Não tô nem aí para você. — me deitei na rua vazia.

— Você não morreu, e não vai. Você tem seu destino com os pecados e um dever comigo. Pode querer morrer agora mas, vai chegar a hora que irá adorar as consequências de ter sofrido, e então, agradecerá. — O silêncio se estabeleceu, eu não dava ouvidos a voz consequente, podia ser meu subconsciente, quem sabe?

— Já disse que não tô nemmmm aí. — Cruzei as pernas.

— Me agradeça depois.

Fechei os olhos para aproveitar o máximo esse silêncio, eu não tinha pensamentos, eu não tinha preocupações, eu estava livre.
Havia esperado tanto tempo por tal ocasião que meu corpo tremia em reação a felicidade presente.

— Eu juro que se ela não acordar eu mato o Jungkook! — O som veio de longe dessa vez, um nome conhecido.

— Eu não podia fazer nada, o que você queria? Eu ainda dei a alma para ela ficar mais forte mas — faz uma breve pausa — não adiantou.

Abri os olhos.

— Cat! — os garotos ao redor da minha cama gritaram e suspiraram aliviados.

— Eu...não morri? — Estava inconformada.

— Me desculpe te deixar sozinha, eu matei o homem e dei a alma para você, deve se sentir melhor agora. — Jungkook disse em euforia.

— Você tá brincando né? — ninguém entendeu — Porra, eu me matei! — bato com força na cama.

— Você o que? — todos estavam de boca aberta, era um simples suicídio.

— Eu — aponto para mim — peguei a faca e — fiz a encenação do corte no meu pescoço.

Bati outra vez com força na cama, a felicidade que antes sentira veio duplicada em forma de ódio.
Aquela voz, aquela maldita voz estava certa.

— Você tá doida? — Jin exclamou.

— Vocês podem sair? — antes que pudesse falar mais alguma coisa Namjoon me interrompeu.

— Jungkook vai ficar com você, se esse foi o caso não podemos te deixar sozinha de novo. O senhor das trevas a ofereceu como um teste e temos que mantê-la viva até a segunda ordem, — pausa e suspira, passando os dedos entre os fios — ela era sua obrigação então vai tomar conta dela de agora em diante.

— Era só o que faltava, vou ter que cuidar da cadela? — Jungkook estava furioso, assim como eu — Por que você não fez o trabalho direito e morreu logo então? — sorri e balancei os ombros.

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⏰ Última atualização: Aug 02, 2021 ⏰

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