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No dia seguinte, tanto Adrien, como Marinette não conseguiam se concentrar em suas aulas, pois aguardavam a noite cair para se encontrarem na varanda da casa de Marinette.

— Amiga? Tá tudo bem? No que sua cabecinha esteve pensando... ou em quem? — Alya disse com o sorriso sugestivo no rosto enquanto fazia a última pergunta.

— Oi? O que você disse? Tô com a cabeça em outro lugar no momento...

— Eu percebi — disse rindo da cara confusa de sua amiga. — Mas o que tá acontecendo com essa sua cabecinha em?

— N-NADA! Não é nada de importante — ela não queria que Alya soubesse sobre Chat. Já que isso poderia trazer muitos problemas devido ao fato de que nem a própria Marinette devia estar encontrando Chat. — Bom, vou indo pra casa. Até mais! — disse querendo se livrar das perguntas de sua melhor amiga.

— Até...?

•quebra de tempo•

Marinette já não aquentava mais a espera e estava em sua varanda observando a noite, procurando atentamente por seu gato preto.

— Olá, princesa... — disse chegado por trás dela e girando-a por meio de sua cintura.

— AH! VOCÊ QUER ME MATAR DE SUSTO?! — ela disse pulando de suas garras.

— Desculpa — disse Chat rindo da reação da garota. — Não sabia que iria te assustar desse jeito.

— Tudo bem. Dessa vez passa... agora vê se da próxima vez você não me mata de susto, princeso!

— Sério mesmo que você vai me chamar assim princesa?

— Uhum! E nem adianta discutir!

— Tudo bem... — disse pondo as mãos para cima como se estivesse se rendendo. — Mas eu vim aqui por um motivo certo? — Marinete concordou com a cabeça. — Temos que decidir como eu vou saber se posso te procurar ou não.

— Mas o que podemos usar? Alguma ideia?

— Podíamos usar alguma coisa como uma faixa ou algo assim...

— Uma "bandeirinha"?

— Isso! Mas onde por? Na minha janela?

— Por mim pode ser. Mas como vai ser essa "bandeirinha"?

— Não faço a menor ideia. Quer entrar pra pensarmos? — disse ela apontando para escotilha que tava para seu quarto.

— Posso?

Marinette assentiu com a cabeça, mas então lembrou das fotos de Adrien na parede de seu quarto e saiu correndo antes que Chat noir pudesse ao menos perguntar o que houve. Ele caminhou até a escotilha mais confuso do que as EAD's. Ele estava prestes a entrar mas achou melhor bater, não sabia o porquê do desespero de Marinete então preferiu saber se ainda estava tudo bem ele entrar:

— Marinette...? Posso entrar?

— Só um instante! — gritou enquanto guardava a última foto de Adrien dentro de uma de suas gavetas. — Pode sim!!

Então ele entrou. Ele já havia entrado naquele quarto algumas vezes a um tempo atrás, tanto quanto Adrien, para preparar-se para o campeonato de vídeo game com sua parceira de equipe, tanto como Chat Noir, quando precisou salvá-la de alguns akumatizados. Mas estar ali como Chat Noir e sendo convidado a entrar pela própria Marinette era diferente. Não entendia como e o porquê, só sabia que sim.

— Olha, eu tenho vários tecidos aqui já que admiro muito o mundo da moda e da costura e já até fiz algumas roupas... eu poderia, talvez, tentar fazer algo, o que acha?

— Hum? Claro! — o garoto estava distraído observando o quarto de Marinette. Ele era totalmente diferente do seu: menor, com coisas menos chiques e consequentemente, mais aconchegante.

— Você escutou o que eu disse?

— Na verdade... não. Mas o seu quarto é muito bonito sabia?

— Obrigada...? Mas voltado ao que você veio fazer aqui, como será a bandeira?

— Olha, eu não faço a menor ideia. Não tenho criatividade para isso. Vou deixar esse cargo com você.

— Ok então né.

Ela sentou-se na cadeira de sua escrivaninha e abriu uma maleta com vários tecidos e de dentro tirou um preto e um verde. Então, após alguns segundos, cortou pedaços do tecido verde e custara os mesmos no preto.

 Então, após alguns segundos, cortou pedaços do tecido verde e custara os mesmos no preto

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— Tharam! — a garota disse estendendo a bandeira.

— Uau. Ficou muito bom princesa. Você realmente tem talento pra esse tipo de coisa, ao contrário do gatinho aqui - disse apontando para si mesmo.

— Kkkkkkkkk. Se você quiser um dia posso tentar te ajudar.

— Não tem problema...

E eles passaram o resto da noite conversando, e sem que percebessem, já eram 2:00 da manhã.

— MEU DEUS! — gritou Mari, mas pos a mão na boca para abafar o barulho já que seus pais estavam dormindo. — Já são 2:00 da manhã?! Eu tenho aula daqui a 5 horas!

— Me desculpa princesa... — disse o gato se sentindo culpado. — eu vou indo pra casa então, não quero te atrapalhar mais...

— Espera! Não é só culpa sua. Eu também gostei muito de conversar com você que acabei perdendo a hora. E... eu espero que nos encontremos mais vezes daqui pra frente...

Ela disse com a cabeça baixa e Chat deu um sorrisinho:

— Mais é claro! Sempre que você quiser conversar é só por a bandeira na janela.

— Tudo bem.

— Thauzinho, princesa!

— Thau, princeso!

— Você não vai se esquecer desse apelido tão facilmente né?

— Pode apostar que não.

Então os dois riram e o gato desapareceu sobre a noite escura após sair pelo terraço.

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