Como Se Faz Justiça

Justice's Casino

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Bem vindo, leitor!
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Izuku chorou por mais vinte minutos, suas lágrimas aos poucos foram diminuindo e seus soluços se tornaram baixos. Suzui o consolou durante todo o tempo, enquanto acariciava suavemente seu cabelo e sussurrava palavras de conforto. O homem sabia que seu relacionamento com o filho não se tornaria algo agradável da noite para o dia, mas estava disposto a tentar.

Quando Izuku finalmente se acalmou, ele ofereceu seu lenço ao garoto para se enxugar. — Quer que eu fique mais tempo com você? Se sim, tudo bem. — Ele acaricia as costas do garoto que terminava de enxugar suas lágrimas. — Não... Está tudo bem, quero ficar um pouco sozinho agora, por favor. — Izuku responde, desviando o olhar.

Suzui acena com a cabeça, compreensivo e se levanta. — Bom... Estarei aqui para quando estiver pronto para conversar comigo. Voltarei mais tarde, pedirei aos enfermeiros para que te tragam comida. — Ele sai do quarto, ao fechar a porta solta um suspiro pesado. — Como foi? — Suzui fica surpreso ao ouvir a pergunta, olha para a parede a sua frente e se depara com Yuma o observando. — Foi... Pior do que esperei. — Yuma sorri irônico em resposta.

— Você realmente achou que lidar com um adolescente seria fácil? Olhe só pra você, alguns momentos com o garoto e já está todo acabado. — O homem olha para si mesmo e nota sua camisa levemente bagunçada e encharcada de lágrimas. — Bom... Isso— Yuma o interrompe. — Vamos para um tópico mais importante. Você conseguiu falar com ele sobre nosso acordo? — Suzui enrijece sua expressão.

— Sobre isso... Não pude falar a ele ainda, estávamos tendo uma conversa séria e ele acabou desmoronando em lágrimas, se eu o interrompesse num momento como esse... — Yuma suspira pesadamente. — Ok, já entendi, ele ainda está muito fragilizado sobre certas coisas, temos que ter certa calma, não é? — O homem acena positivamente. — O problema é que não temos muito tempo a perder. Você tem até amanhã para contar isso a ele e acima de tudo, o convença. — Suzui o olhou com uma expressão séria agora.

— Trate isso como um teste para aprimorar sua futura relação de pai e filho. — Yuma diz em tom sarcástico dando uma piscadela para ele, que solta um único riso baixo. — Sim, farei isso o quanto antes. Agora preciso me retirar, com sua licença. — O homem acena com a mão e caminha pelo corredor deixando o outro para trás. Yuma solta um suspiro pesado enquanto pensa nas coisas que ainda lhe restam pra fazer durante o dia, nunca se sentiu tão cansado quanto agora. — Talvez eu tenha trilhado um caminho difícil... — Ele diz, pensando consigo, saindo dali logo em seguida enquanto observa a luz pela janela do corredor.

[...]

Izuku
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Nesse momento meus braços pinicam e sinto leves dores em alguns locais, vendo como estão fico impressionado pelo trabalho de Yuui, sua individualidade deve ser mesmo única, pensei que os perderia. Além da leve dor nos braços, sinto minha coluna rígida, estar em uma maca é realmente muito desconfortável, todo meu corpo parece cansado e me sinto inútil, mal posso me mover direito porque ainda estou sob efeito de muitos analgésicos. Já se passou uma semana e ainda não fiz nada a não ser dormir, tenho que sair dessa situação logo.

Enquanto estava perdido em meio a meus pensamentos, uma enfermeira entra no quarto, ela pede licença com um sorriso e vem até meu leito me entregar uma bandeja com frutas, iogurte e alguns sanduíches. — O senhor Suzui te desejou melhoras. — Ela diz enquanto me entrega a comida, sorrio para ela em agradecimento e logo ela sai do quarto. Solto um suspiro ao olhar para a comida, as cenas da minha conversa com Suzui passam pela minha mente, como pude fazer uma cena tão vergonhosa na frente dele? Ele é meu pai, mas é como se tivesse acabado de conhecê-lo... Me sinto tão envergonhado, chorei como uma criança na frente de um homem adulto, e estou prestes a fazer dezessete.