Redescobrir - ZeyGur

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-Emine, vamos, por favor!
Realmente preciso sair! - falei a puxando da minha cama pela mão.

-Zeynep, só irei aceitar porque gosto muito de você!
Hoje é quarta feira ainda, por allah!

-Ano novo, vida nova, eu falei para você que seria esse clichê!

Emine parou com as mãos na cintura, me encarando.

-Você está bem mesmo?

-Se eu ficar dentro desse apartamento, não! - falei revirando os olhos.

Ela confirmou e pulei batendo palmas feito uma criança.

Saí do banho, parei em frente ao guarda roupa e comecei a provar vários looks.

-Você está realmente animada...

Me virei, alisando o vestido que enfim tinha escolhido.
-Digamos que sim! Estou sentindo que vai dar muito bom!

Cabelo ok, make ok.
Era hora de começar a enterrar uma fase ruim.

*

La Gabbia estava diferente.
Da última vez que estive aqui, era apenas um restaurante e agora olha todas essas pessoas...

A hostess tinha um mau humor aparente e não queria nos deixar entrar.
Ela insistia que era uma noite temática e apenas pessoas que tinham reservas poderiam entrar.

Emine tentou argumentar, mas ela estava imbatível.

De repente, ouvi uma voz.
-Gimze, deixa as meninas passarem...

-Mas Ozgur, o Sr. mesmo deu ordem de não deixar passar.

-Isso mesmo, porém agora eu estou excepcionalmente retirando a ordem e mandando você deixar as senhoritas passarem!

Me virei na direção da voz e congelei.

Que homem lindo!

Ficamos nos encarando, até que Emine me beliscou e saí do transe.

-Muito obrigada!

-Sem problemas, desculpe por isso. - ele falou apontando a mão na direção da mau humorada.
A princípio, sou Ozgur Atasoy.
Se vocês não se importarem, passem no bar, falem com Emre e escolham um drink por conta da casa.

Ele saiu e dei um sorriso debochado para a tal da Gimze.

Caminhando em direção a uma mesa, Emine antes de sentar, brincou comigo.
-Eu vi a troca de olhares, dona Zeynep!

***

Ozan balançou a cabeça e levantou as sobrancelhas.
-O que foi, Ozan?
Eu tenho que ficar adivinhando sinais agora?

-Cara, que mau humor é esse?
É para você olhar ali na entrada, sua funcionária está arrumando confusão, certeza.

Gimze testava minha paciência todo santo dia.

Caminhei na direção do burburinho e a silhueta da mulher de vestido azul marinho me chamou atenção.

-Gimze, deixa as meninas passarem... falei passando a mão pelos cabelos e perigosamente próximo da morena.
Seu cheiro era fantástico.

-Mas Ozgur, o Sr. mesmo deu ordem de não deixar passar.

Revirei os olhos.
Gimze era muito boa no que fazia, mas Allah é testemunha de que ela me fazia perder a paciência.
-Isso mesmo, porém agora eu estou excepcionalmente retirando a ordem e mandando você deixar as senhoritas passarem!

As duas mulheres se viraram e meu olhar encontrou o da morena que eu olhei a princípio de costas.
Caralho!
Que mulher linda!
Seu cabelo era longo, brilhante. Seus olhos amendoados, grandes.
E a boca?
Que mulher linda!
Eu já falei isso, mas preciso repetir.