Paciência.

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Eu já dirigia à alguns minutos por dentro da preserve, estava meio desconfortável com aquele homem totalmente nu ao meu lado, somente coberto com meu cobertor em seu corpo, ele se recusava a colocar o cinto de segurança, pois alegava que o "monstro de aço" queria o prender ali, mesmo vendo que eu usava, ele se recusava. Juro que estou à ponto de matá-lo e jogá-lo para fora do carro por continuar à chamar meu bebê daquele jeito.

Bruxo abusado de uma figa, eu o ajudo depois dele praticamente se jogar na frente do meu carro, me empurra, me trata com grosseria, e ainda chama meu bebê de monstro. Então sim, estou a ponto de matá-lo.

— Para onde está me levando? — Quis saber.

— Para uma cabana. — Respondi simples.

— E por que eu deveria confiar em você? — Questionou-me me fazendo bufar.

— Eu é quem deveria fazer essa pergunta, por que eu deveria confiar na sua palavra de que é realmente Geralt? — Questionei parando o carro para seguir à pé, pois dali em diante não dava para passar de carro.

— E como eu deveria confiar se sabes realmente onde está quem eu procuro? — Retrucou me fazendo o olhar por um tempo, era um bom ponto.

— Bom, eu sou humano, se você quisesse já teria me matado. — Argumento e ele arqueia uma sobrancelha na minha direção. — E além do mais..

— Exato, se eu quisesse já estaria morto. — Retrucou me interrompendo. — Então, sugiro que não tentes nada contra mim, humano. — Ameaçou e eu só limitei-me à um revirar de olhos.

— Desce logo do carro. — Mandei abrindo a porta do banco do motorista e desci olhando em volta com desconfiança.

Sentia que tinha algo nos observando, vi que ele demorava para descer, ao olhar para trás, vi ele tentando empurrar a porta sem puxar à trava do carro, revirei os olhos e caminhei até o lado do carona abrindo a porta para ele de um jeito irônico.

— Vamos donzela, desça logo da minha humilde carruagem. — Pedi irônico e ele rosnou para mim me fazendo abrir um sorriso ácido em sua direção.

Ignorei seu olhar mortal em minha direção e dei à volta no carro abrindo o porta-malas pegando minha mochila e uma mala, passei por ele ignorando sua presença e caminhei na frente olhando atentamente em todas as direções. Ainda me sentia sendo observando ao longe, e isso era estranho. Era uma sensação ruim, não era como sentir seus amigos lhe encarando, era mais como se algo muito perigoso se espreitasse em meio as árvores e nos observasse.

Um pouco mais à frente, já se podia ver a cabana, só tínhamos que passar pela ponte para avançar a barreira de proteção feitas pelas pedras de com runas antigas gravadas nelas e estaríamos em segurança, algo gritava em meu mais profundo âmago que o quê quer que seja à espreita era algo muito ruim.

Era como se eu já tivesse sentindo antes em algum ponto da minha vida, mas ao mesmo tempo era como se eu não soubesse de fato o que era.

Era uma sensação estranha.

Assim que pisamos na ponte, me senti mais seguro, poderia estar armado, mas ainda sim eu não tinha certeza se estávamos de fato seguros. Caminhei na frente para destrancar a porta, e sentia o olhar do homem queimar em minhas costas, quando olhei para trás, vi que ele ainda estava parado na ponte me olhando de uma maneira fixa.

— O que você não está me contando? — O homem questionou e eu o fitei de maneira desconfiada, aquela barreira ao redor da casa e do lago, repelia pessoas de má índole, não deixava nenhuma pessoa com más intenções passar por ali, então, se aquele homem fosse mesmo Geralt, ele vai passar sem nenhum problema.

O lobo Solitário. - Steralt.Onde histórias criam vida. Descubra agora